Análise à Supertaça de Futebol de Praia 2024
A época iniciou-se no passado dia 25 Abril, no dia em que se celebrava 50 anos da Revolução dos Cravos, assistimos a uma boa partida de futebol praia da Supertaça de Futebol de Praia 2024, que opôs o campeão SC Braga, ao finalista vencido da taça, AFD Torre. O SC Braga levou 14 jogadores a jogo, isto é possível pois nos regulamentos é possível levar mais dois jogadores para além dos 12, caso esses dois sejam sub21.
Eis os nomes que o SC Braga levou:
1 – Pedro Mano (Gr); 3 – André Lourenço; 5 – Filipe Silva; 7 – Rúben Brilhante; 8 – Thanger Alves; 10 – Bê Martins; 11 – Leo Martins; 12 – Luca Moca; 13 – Francisco Ferreira (Gr); 16 – Filipe Santos “Tim”; 17 – Thales Alves; 18 – Duarte Algarvio; 20 – Miguel Pintado; 22 – Claúdio Sousa (Gr)
A AFD Torre também aproveitou a regra que permite levar dois jogadores extra, desde que sejam sub21 e levou 14 jogadores a jogo.
Eis os nomes que a AFD Torre levou:
1 – Filipe Oliveira (Gr); 3 – Nuno Kikinz Martins; 4 – Luis Vaz; 5 – João Santos “Bambam”; 6 – Rodrigo Pinhal; 7 – Bernardo Saraiva; 8 – Nuno Carracha; 9 – Von; 10 – Ricardinho; 11 – Lucas Xavier; 14 – Lourenço Santos; 17 – David Mafra; 21 – Luan Silva; 99 – Bernardo Bonnuci (Gr)
Analisemos agora o jogo, o SC Braga entrou no jogo com o seu 5 inicial habitual, com Pedro Mano, Thanger, Bê, Leo e Filipe Silva, por sua vez José Miguel Mateus, timoneiro da AFD Torre, surpreendeu ao deixar Von e Ricardinho fora do 5 inicial, entrando com Filipe Silva, Vaz, Pinhal, Bernardo Saraiva e David Mafra.
A equipa de Bruno Torres, já se mantém há vários anos e talvez seja mais homogénea, conseguindo colocar duas quadras em campo só de internacionais pelos seus países, já a Torre talvez tenha sentido a necessidade de equilibrar as quadras e talvez por isso José Miguel Mateus tenha optado por preterir de Von e Ricardinho do 5 inicial. Sabendo nós de antemão que no futebol praia os 5 iniciais valem o que valem, pois as substituições são volantes e por vezes até os jogadores que iniciam no banco acabam por fazer mais minutos no jogo.
No 1º período, tivemos um Braga a entrar forte e sem deixar a Torre respirar, os Guerreiros do Minho entraram para mandar no jogo e aproveitar a sua experiência neste tipo de decisões visto que foi a terceira final consecutiva para os bracarenses e era a primeira para a Torre. A Torre por sua vez entrou no jogo muito ansiosa e só conseguiu acalmar o seu jogo já perto do fim do período.
O Braga iria pressionar e pressionar a defesa da Torre, que conseguiu mesmo ir aguentando as ofensivas do campeão nacional, mas a faltar 5min para terminar o período Thanger Alves inaugurava o marcador fazendo o 1-0. A 2’30min do fim após um passe de Bê Martins, Miguel Pintado iria aproveitar um ressalto na areia para fazer o 2-0, resultado que se iria manter até ao final do 1º período.
O 2º período vinha com uma história diferente, com a Torre a entrar mais tranquila e sem medo de jogar, conseguiu ter mais bola, o Braga também iria baixar a intensidade do seu jogo, com a Torre aos poucos a crescer no jogo e tentando criar perigo à baliza de Pedro Mano, que se revelou intransponível, fazendo boas defesas e evitando até que a Torre pudesse relançar o jogo.
Apesar da Torre ter crescido a falta do golo foi deixando o Braga tranquilo no jogo e a 3min do final do período, após livre de terceira linha (consideramos de primeira linha perto da zona da entrada da área ofensiva, segunda linha na zona do meio campo e terceira linha perto da entrada da área defensiva), cobrado por Thanger Alves a bola iria embater no poste e sobrar para Léo Martins que aproveitou a distração ou a tarde reação de Luan Silva, Filipe Oliveira, nada podia fazer, a bola embateu no poste e voltou mesmo para o centro da área e com o guardião português no chão, Leo só teve de encostar. A faltar 50s do fim, um péssimo timing de troca entre Ricardinho e Nuno Carracha, iria deixar Tim sozinho, em zona central e perto da entrada da área, que recebeu a bola vinda da mão de Pedro Mano, recebeu no peito e fez uma bicicleta forte e ao angulo superior, Filipe Oliveira ainda voou para tentar a defesa, mas era praticamente indefensável fechando assim o período com o placar em 4-0.
No 3º e último período, o Braga voltou a ter mais bola, controlou mais o jogo e foi tentando controlar o jogo com um ritmo baixo, já a Torre sempre que tinha bola tentava acelerar o jogo para tentar entrar novamente na disputa do resultado, mas para isso necessitava de golos.
O Braga acabou por ficar a 0 neste ultimo período, mas criando varias oportunidades e chances perigosas, no entanto seria a Torre a marcar, numa transição rápida de uma bola que ressalta da barra da baliza de Filipe Oliveira, Ricardinho endereçou a bola a Von que pelo meio do campo ultrapassou um jogador do Braga e com um passe rasteiro deixou Ricardinho na cara de Pedro Mano, que com uma frieza e uma calma característica dele, desviou com um passe de pé esquerdo para o fundo da baliza, fazendo o 4-1 a 6’40min do final.
O resultado iria manter-se inalterado até ao final do jogo, terminando mesmo 4-1, coroando o SC Braga tricampeão da Supertaça de futebol praia
O SC Braga continua a ser invicto e o único clube a vencer este trofeu, tendo derrotado a extinta CB Loures na primeira edição, o ACD Sótão na segunda edição e vencendo agora a AFD Torre.
Foi uma bela forma de inicial a temporada de 2024, os campeonatos da Divisão de Elite e da Divisão Nacional iniciam-se no fim de semana de 4 e 5 Maio, com jornada dupla em ambas as Divisões. Desejar a todas as equipas uma boa temporada.