Crossfit: Open 18.1 – Get a Grip

Cláudia Espirito-SantoFevereiro 23, 20184min0

Crossfit: Open 18.1 – Get a Grip

Cláudia Espirito-SantoFevereiro 23, 20184min0
Já saiu o 18.1 e o mundo do CrossFit está todo pronto para ficar sem “grip"! E tu sabes o que é o Open 18.1? Fica a saber neste artigo!

A semana começou com as tradicionais primeiras dicas relativamente ao primeiro WOD do Open lançadas por Dave Castro no Instagram.

Começou com uma fotografia da capa do livro “Death in the Afternoon” de Ernest Hemingway dedicado ao tema da arte da tourada, a sua história, técnica e filosofia. 14 horas depois, publicou uma fotografia da Estátua Padre Antonio de la Ascension no Museum of Man em Balboa Park, San Diego iniciando as especulações ansiosas dos CrossFitters pelo mundo fora.

O que seria o primeiro WOD e o que significavam este toureiro espanhol e a escultura do Padre de Sevilha?

As teorias começaram com referências ao título da capa de Hemingway com presságios fatalistas “vamos todos morrer”, contudo a fotografia posteriormente colocada do Padre António foi bastante mais elucidativa.

Um WOD com repetições em número ascendente parecia ser algo mais ou menos evidente mas tudo o resto eram especulações que passavam desde uma Fran (houve quem identificasse a estátua como São Francisco) a uma repetição do 17.1. A verdade é que após a divulgação do WOD de repente o “teaser” da estátua de Castro torna tudo óbvio… só que não 🙂

– A teoria das repetições ascendentes verifica-se já que temos um “triplet” (WOD com 3 exercícios) com 8 – 10 – 12/14 repetições

– Na estátua do Padre António temos um braço descoberto e efectivamente temos um exercício utilizando um braço de cada vez

– Finalmente é curioso conhecer um pouco a história do Padre António e perceber a ligação que Castro criou ao WOD apresentado hoje de madrugada. O Padre António de la Ascensión acompanhou o explorador Sebastian Vizcaino no seu navio e escreveu um diário das suas aventuras. Foi responsável pelo mapeamento da costa da Califórnia do Sul – e temos remo no 18.1.

Com esta análise aos contornos maquiavélicos da mente de Castro, seguimos para o que mais interessa a todos os CrossFitters inscritos no Open. Exactamente o que é o WOD:

AMRAP 20 minutos (máximo numero de repetições possível em 20 minutos) de:

8 toes to bar

10 dumbbell hang clean and jerks (22,5kg / 15kg) – são 5 repetições a cada braço
14 cal. row para homens e 12 cal. row para mulheres

Um triplet simples e mortal para o “grip” de qualquer atleta.

A versão scaled é muito semelhante, substituindo apenas os toes-to bar por knees up e diminuindo o peso dos halteres.

Os standards de movimento são claramente explicados no descritivo do WOD:

Toes to bar:

Dumbbell Hang Clean and Jerk:

Remo:

E para a categoria “Scaled” em que existe uma adaptação do WOD para qualquer pessoa poder de facto participar no Open, em vez de toes-to-bar temos Hanging Knee Raises:

Agora como podemos garantir que fazemos uma gestão EFICAZ do nosso WOD dando o nosso melhor em 20 minutos de trabalho?

Há pequenos cuidados que podemos ter que podem fazer a diferença no resultado final:

  • Manter um ritmo elevado, mas sempre abaixo da capacidade máxima de modo a permitir que exista consistência nos 20 minutos de WOD permitindo a maximização dos Vossos resultados
  • Quando estão a remar foquem em utilizar as pernas como fonte de energia e relaxem ao máximo a parte superior do Vosso corpo.  A transição no remo vai ser o momento em que o grip vai poder relaxar minimamente
  • A não ser que os toes to bar sejam um movimento que seja de extrema facilidade para vocês, é importante ser inteligente e poupar ao máximo o “grip” que vai fazer falta em todos os exercícios. Ou seja partam as repetições optimizando o Vosso output.

Para ver o live announcement do 18.1 e perceber a estratégia dos atletas que o apresentaram é só ir a:

Boa sorte para todos e… GET A GRIP


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