Countdown para o Mundial Futsal 2021: 6 equipas a ter debaixo de olho

Fair PlaySetembro 5, 20216min0

Countdown para o Mundial Futsal 2021: 6 equipas a ter debaixo de olho

Fair PlaySetembro 5, 20216min0
Uma meia dúzia de possíveis candidatos ao título do Mundial de Futsal, com Portugal à mistura. Quem vai sair campeão na Lituânia?

Artigo de Maria Pinto Jorge sobre seis candidatos ao Mundial de Futsal 2021.

Quem são os favoritos a levantar o caneco neste Mundial de Futsal ? Aqui, enumeramos seis seleções com total confiança e qualidade para chegar às medalhas e continuar a escrever história no futsal. Chegou o mês mais esperado por todos os amantes de futsal. Estamos a tão pouco do início do Campeonato do Mundo, que decorre na Lituânia, entre 12 de setembro e 3 de outubro, que as nossas ‘antenas’ despertam cada vez mais.

Já a uma distância tão pequena – muito menor que os 3.617 km entre Portugal e o país anfitrião – estamos mais que a tempo de uma antevisão, na qual relembramos os países com maiores possibilidades de subir ao trono mundial da modalidade.

Assim, a opção passou por destacar meia dúzia de seleções. Entre elas, encontramos as nossas quinas, os atuais detentores do título (Argentina), os nossos irmãos que revolucionaram o futsal (Brasil), os nossos vizinhos (Espanha) e duas nações que podem criar aqui algumas surpresas (Rússia e Cazaquistão).

Portugal: Depois da Europa, o Mundo?

Respondendo à pergunta: fácil não será, entre os principais favoritos não está, mas claro que não existem impossíveis. Depois da convocatória de Jorge Braz, que já aqui comentámos (LINK), os jogos de preparação têm colocado algumas dúvidas.

A falta de opções no ataque e, ainda, a falta de intrusão dos quatro jogadores de campo que o míster das quinas vai experimentando não têm sido o esperado para uma seleção com a qualidade de talento individual que se encontra em Portugal. Tanto na defesa do 5 para 4 como no seu ataque, têm sido dos pontos mais discutidos, inevitavelmente, fazendo com que as questões e preocupações se adensem.

No entanto, todos sabemos que estes jogos em nada se assemelham à elevada motivação de uma competição como a que aí vem. Não desfazendo, relembramos que falamos dos campeões da europa em título (2018). Esta é a sexta presença portuguesa na disputa pela consagração mundial, tendo o seu melhor registo sido em 2000, com um terceiro lugar.

Grupo C: Tailândia, Portugal, Marrocos, Ilhas Salomão

Brasil: Em busca da reconquista do trono

Todos sabemos das ambições dos comandados de Marquinhos Xavier (e do próprio). Sair, por si só, sem uma medalha da Lituânia, não é opção, mas a hipótese da conquista do título pode muito bem estar em cima da mesa. Juntamente com Argentina e Espanha, a seleção canarinha é das favoritas para esta competição.

Depois de, em 2016, a seleção brasileira ter sofrido um verdadeiro revés na história que vinha a escrever, a revigorada formação atual passou por muito. Por sua vez, desde o mundial de 2016, na Colômbia, além de Marquinhos Xavier ter assumido o leme brasileiro, também as escolhas de jogadores mudaram muito: dos 16 jogadores que agora estarão na Lituânia, apenas quatro (Guitta, Rodrigo, Dyego e Dieguinho), estiveram presentes no último mundial.

Aqui, o talento individual não é, de todo, uma questão. Teremos dos melhores jogadores do mundo em quadra e das maiores promessas. Olhamos, como é de esperar, para Ferrão no ataque, Guitta na baliza e Leozinho como aquele que poderá ser uma das maiores pérolas brasileiras para o que aí vem.

Grupo D: Panamá, República Checa, Vietname, Brasil

Argentina: O continuar de um trabalho bem feito

O eterno rival dos nossos irmãos brasileiros, como todos sabemos, é a Argentina. Argentina esta que tem surpreendido nas últimas competições, não fosse ela a atual seleção detentora do título.

Uma equipa coesa, bem trabalhada taticamente, mas que pode já ter ultrapassado o fator ‘surpresa’ das recentes conquistas. Por posto – e competência – os comandados de Matías Lucuix são inevitavelmente candidatos à revalidação do título.

Encontramos, então, em Alan Brandi uma das maiores figuras. Conhecedor do futsal europeu, pode vir a ser um dos elementos fulcrais no desenrolar da competição como referência no ataque argentino, juntando-se à inteligência em quadra de Matías Eldestein, que poderá muito bem vir a ser o cérebro dos campeões em contexto de jogo.

Grupo F: Argentina (campeão), Estados Unidos, Sérvia, Irão

Espanha: Os ‘matadores’ que precisam de voltar aos títulos

A seleção espanhola é, provavelmente, das mais consistentes a nível histórico, mas também de qualidade. No entanto, ultimamente, jogos de preparação deixaram os ‘nuestros hermanos’ um pouco reticentes no que toca às possibilidades da conquista de uma medalha neste mundial – à semelhança do que se vê em Portugal. Ainda assim, o próprio cinco inicial espanhol apresentado por Fede Vidal é bem capaz de assustar qualquer adversário.

Juanjo, Carlos Ortiz, Borja Díaz, Sérgio Gonzaléz e Raúl Campos. Para mim, das equipas mais fortes e entrosadas que, em situações normais, poderemos ver neste mundial. O selecionador espanhol tem, nas suas mãos, dos melhores jogadores que alguma vez passaram em conjunto por esta equipa.

Além dos nomes já referidos, nos quais devemos realçar a experiência de Ortiz, ainda conseguimos juntar outros, como Adri e Chino, pela irreverência que podem trazer às partidas. É fácil perceber, assim, o porquê de considerar esta a seleção mais homogénea de todas as presentes. Recorde-se que Espanha não vence um título mundial desde 2004, continuando à procura dessa ‘validação’ de talento e trabalho praticado.

Grupo E: Angola, Japão, Paraguai, ESPANHA

Rússia e Cazaquistão: Nunca deixar de lado quem pode surpreender

Como em qualquer competição, as surpresas existem e este mundial não será, de todo, exceção. Por isso mesmo, além das principais favoritas à conquista e até às medalhas, surgiu a necessidade de destacar dois países que têm mais que condições para se destacarem na Lituânia.

Curiosamente, tanto Rússia como Cazaquistão são formações conhecidas pelos brasileiros naturalizados que podemos encontrar. No que toca à seleção cazaque, teremos sempre o destaque do máximo do jogo jogado com um guarda-redes mais subido, encontrando em Higuita uma das suas maiores opções para desbloquear um encontro.

Por sua vez, do lado dos russos, torna-se inevitável ressalvar os nomes de Robinho, Chishkala, Rômulo e o incontornável Éder Lima – arrisco mesmo em dizer que os russos podem ser dos mais duros ossos de roer por parte das restantes seleções, batendo de frente sem problemas com Espanha e Brasil, países que são mais apontados à conquista.

Grupo A: Lituânia, Venezuela, CAZAQUISTÃO, Costa Rica

Grupo B: Uzbequistão, Guatemala, UNIÃO DE FUTEBOL RUSSA, Egipto

Recorde-se que o Mundial da Lituânia começa já no próximo dia 12 de setembro, com Portugal a estrear-se no segundo dia da competição, diante da Tailândia, pelas 18h00.


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