Competições do Futebol de Praia incluídas nas Provas oficiais da UEFA

O futebol praia ao nível mundial, desde a entrada para a FIFA, tem tido um crescimento e desenvolvimento estupendos, passamos a ter provas oficiais durante maior parte do ano ao nível das seleções, com diferentes competições, desde qualificações para mundiais e ligas continentais, até as provas em concreto e ainda jogos mundiais de praia, taça intercontinental etc.

No entanto, ao nível de clubes esse desenvolvimento está um pouco dependente da entidade BeachSoccer World Wide (BSWW), que gere o futebol praia ao nível de clubes.

Hoje vamos olhar para o paradigma do futebol praia europeu e as necessidades, ou as necessidades a meu ver, que o futebol praia precisa num futuro próximo. Dito isto, penso que tal como existiu um grande crescimento internacional ao nível de seleções com a entrada da modalidade para os quadros da FIFA, parece-me que ao nível de clubes na Europa, poderá existir esse mesmo crescimento caso a UEFA decida tomar conta das competições europeias e estruturar as mesmas.

Com isto não quer dizer que a BBSW seja afastada, mas poderia facilmente existir uma co-gestão ao nível europeu e à semelhança do futsal, tornar a EuroWinners Cup, numa real Liga dos Campeões Europeus, criar uma competição nova competição à semelhança da Liga Europa no futebol 11 e inclusivamente uma Supertaça Europeia.

Seria sempre competições que se assemelhariam à EuroWinners Cup, no aspeto do seu formato, devido à modalidade ainda não ser capaz de dar aos clubes o suporte necessário em termos monetários para realizar algo idêntico ao futebol 11 e jogar a competição ao longo do tempo, mas deveria ser selecionável para essas competições os clubes que se qualificassem nos seus campeonatos para as respetivas, tal e qual como no futebol 11 e futsal.
Parece ser algo complicado de se realizar à partida, mas com a UEFA a organizar estas competições certamente agilizaria tudo de forma fácil pela vasta experiencia com tais competições e formatos.

No meu ponto de vista, isto poderia ser um ponto de viragem para um maior investimento na modalidade e consequentemente um maior crescimento da mesma. Obviamente que isto teria de ser um processo cuidadoso para não comprometer as provas europeias de clubes, mas de certo que seria um avanço para o rumo certo.