Giro d’Italia 2022: Os principais rivais de João Almeida
Estará brevemente na estrada a centésima quinta edição do Giro d’Italia, com um especial atrativo, João Almeida como principal líder da Team Emirates.
O jovem luso gostaria certamente de ter mais alguns kms de Contra-Relógio (serão pouco mais de 26), no entanto, parte com boas perspetivas de lutar pela vitoria.
Quem serão os principais opositores?
Richard Carapaz, INEOS
O vencedor da edição de 2019 é provavelmente o alvo a abater para toda a concorrência. Em 2019, a luta de galos entre Roglic e Nibali permitiu a Carapaz passar entre os pingos da chuva e levar a Rosa, mas desde essa prova que todos olham com respeito para o equatoriano, que entretanto já somou mais três pódios em Grandes Voltas.
Um trepador de topo, que não tem medo de partir um pelotão, é ainda muito eficaz quando consegue ganhar vantagem em terreno menos inclinado, devido à sua cadência elevada. O facto de ter uma equipa de luxo a trabalhar para si, torna-o ainda mais perigoso.
Simon Yates, Bike-Exchange Jayco
O inglês da equipa australiana da Bike Exchange tem uma relação de amor-ódio com a prova italiana (quem se consegue esquecer da forma como perde em 2018 depois de quase 3 semanas a dominar), mas tem insistido na tentativa de conseguir a rosa, e o ano passado apenas um super Bernal e um surpreendente Damiano Caruso o impediram de o conseguir.
Fortíssimo quando o terreno inclina, altamente explosivo e perigoso em chegadas em alto, parece ainda estar cada vez melhor no Contra-Relógio, o que poderá permitir-lhe ganhar vantagem sobre alguns candidatos menos fortes neste esforço individual, como Carapaz, Romain Bardet ou Miguel Ángel López. Muito cuidado com o britânico.
Tom Dumoulin, Jumbo-Visma
Os fãs de ciclismo anseiam por ver de novo o Tom Dumoulin de 2017/2018, quando consegui vencer o Giro e amealhou mais dois segundos lugares em Grandes Voltas. Ainda assim, o velho Dumoulin tarda em regressar.
Um perigo para a concorrência no esforço individual, o neerlandês é um forte candidato a vestir a rosa na etapa 2 (o grande perigo para João Almeida nesta etapa), e com o apoio certo da sua equipa (Tobias Foss e Sam Oomen à cabeça) pode realmente sonhar, ele que adora as subidas longas de certas etapas italianas.
Mikel Landa, Bahrain Victorious
O Landismo continua vivo mesmo depois de várias desilusoes, e este ano o espanhol volta a sonhar com a vitória na prova italiana, a sua grande volta de eleição, onde foi 3º em 2015.
A pouca quantidade de kms de Contra-Relógio permitem a Mikel Landa dormir melhor, o seu ponto fraco. Sem Roglic, Bernal e Pogacar, Landa é um forte candidado a dominar nas etapas de montanha, a par de Carapaz e Simon Yates, não tendo medo de atacar de longe e arriscar. O seu problema é muitas vezes demorar a chegar à forma ideal, perdendo bastante tempo na primeira semana de competição.
Outros candidatos ao pódio são Romain Bardet, Miguel Ángel López (com o apoio do lendário Vincenzo Nibali), Giulio Ciccone, Hugh Carty, e o duo da Bora Hansgrohe composto por Wilco Kelderman e Jai Hindley (teremos nova rivalidade polémica entre ambos, como quando ainda estavam na antiga Sunweb?).
Bota Lume!