3 apostas a médio prazo para o Tour de France
Depois de uma semana em que vimos Richard Carapaz vencer na Volta à Suíça e Tadej Pogacar no Tour da Eslovénia, os ciclistas preparam-se agora para grande parte dos Campeonatos Nacionais antes do Tour de France, a prova das provas, este ano mais cedo devido aos Jogos Olímpicos de Tóquio. Assumimos aqui então três apostas que pensamos que irão acontecer durante o Tour. Nada muito descabido, apenas o constatar de alguns factos.
Um dos super eslovenos não fechará no pódio nesta edição
Começamos talvez com a mais ousada – assumir que um de Tadej Pogacar ou Primoz Roglic não estarão no pódio final da geral nos Campos Elísios. Tendo em conta a forma dos dois e a qualidade que todos nós sabemos que eles têm, será algo muito difícil de acontecer, mas possível. A concorrência, como sempre, é basta: Geraint Thomas, Richie Porte, Richard Carapaz e Tao Geoghegan Hart pela INEOS, Miguel Ángel López na Movistar, ou mesmo Simon Yates, Nairo Quintana, Bauke Mollema, Vincenzo Nibali, ou os franceses Julian Alaphillippe, David Gaudu ou Guillaume Martin. As surpresas costumam acontecer em França, e esta será uma delas.
Julian Alaphillippe irá vestir de amarelo durante pelo menos três etapas
Acaba por ser já expectável vermos Julian Alaphillippe lutar por vitórias em etapas, o que nos permite assumir que o francês campeão do mundo será líder da geral durante pelo menos três dias. Algo que já é normal em Alaphillippe – em 2019 foi líder durante 14 dias (!), para depois perder a liderança para Egan Bernal, e em 2020 envergou a camisola amarela em três ocasiões (consecutivas). O campeão do mundo é forte em meia-montanha, finaliza bem, desce bem, tem um excelente contrarrelógio, o que nos faz esperar uma boa prova por parte do ciclista da Deceunick-Quick Step – com talvez uma presença no top-10 final.
Não haverá nenhum francês no top-5 final
São muitos os franceses com ambição de classificação geral, encabeçados por David Gaudu, numa Groupama onde irá repartir a liderança com Arnaud Démare. No entanto, e apesar da quantidade, apenas Gaudu terá a qualidade de nos provar que estamos errados. O jovem de 24 anos mostrou-se em boa forma em provas anteriores: no Tour dos Alpes Marítimos ficou em sexto na geral, desistiu no Paris-Nice mas fechou quinto lugar na Volta ao País Basco, com vitória na última etapa em Eibar, ao bater ao sprint Primoz Roglic. Fecho em sétimo na Flèche Wallone e em terceiro na Liège-Bastogne-Liège, dois resultados extremamente interessantes, tendo em conta que o francês não é um classicómano de origem mas sim um puro trepador. Fechou a preparação para o Tour com o nono lugar no Critérium du Dauphiné. Um 2021 bastante interessante até ao momento para Gaudu, mas a falta de equipa poderá ser crucial para falhar o top-5 do Tour.