Os 5 nomes do Tour 2023 até agora
Caminhamos a pedaladas largas e intensas para o final de mais uma apaixonante Volta a França, e num ano de muito espetaculo, deixamos os 5 elementos que mais se têm destacado nos últimos 15 dias.
Jasper Philipsen
O belga de 25 anos tem dominado a seu belo prazer todas as chegadas rápidas, somando já 4 vitorias ao sprint, sendo que provavelmente não ficará por aqui, uma vez que ainda terá mais duas oportunidades.
Exemplarmente acompanhado por Mathieu Van der Poel, Philipsen tem eclipsado a maioria dos homens rápidos presentes neste Tour, uma vez que pouco ouvimos falar de Dylan Groenewegen, Caleb Ewan ou Fabio Jakobsen (os dois últimos já abandonaram).
Ninguem parece ter pernas para o sprinter da Alpecin, sendo que apenas Mads Pedersen conseguiu vencê-lo numa chegada rápida, ainda que algo inclinada.
Carlos Rodriguez
É apenas o primeiro Tour deste jovem espanhol da INEOS, e depois das boas indicações dadas na Vuelta 2022, veio confirmar todo que lhe apregoavam.
Tem sido o melhor elemento à parte dos “ET´s” Pogacar e Vingegaard, destacando-se pela qualidade nas subidas, mas também pelo risco e irreverência nas descidas, algo que lhe valeu uma vitoria em etapa.
Está neste momento no último lugar do pódio, no entanto prevê-se uma luta dura com Adam Yates por este lugar, ele que, já se sabe, irá vestir as cores da Movistar a partir de 2024.
Sepp Kuss
Tinhamos de mencionar o norte americano da Jumbo Visma.
Os holandeses não trouxeram uma equipa com tantos escudeiros e trepadores como a UAE Emirates, pelo que Kuss tem sido espremido até ao limite já ajuda a Vingegaard. E, como já tinha feito no passado, Kuss tem correspondido.
É provavelmente o melhor gregário do mundo neste momento, e na ausência de um “capitão” na estrada como eram Tom Dumoulin ou Robert Gesing, Sepp tem sido um porto seguro para a Jumbo. Além de gregário, a sua forma brutal permite-lhe ainda estar a apenas um lugar do top 5. Um trepador intratável!
Tadej Pogacar
Chegou a França ainda à procura da melhor forma e com receio de não ter recuperado o seu punho a 100 por cento, mas depois de algumas etapas a aquecer, voltou à sua melhor versão.
Ataques e acelerações brutais e espetaculo para dar e vender, é este o estilo do esloveno, que tem atraído cada vez mais fãs para uma modalidade que muitos consideram monótona.
É segundo na geral, a apenas 10 segundos do líder Vingegaard, e espera-se que a luta titânica entre os dois continua até à etapa previa da chegada a Paris.
Jonas Vingegaard
Não é tão espetacular nem tão explosivo como o rival esloveno, mas tem uma capacidade de sofrer que o torna muito difícil de bater. É camisola amarela desde a sexta etapa, e tem sabido resistir aos vários ataques de Pogacar.
A ajuda de Kuss tem sido fundamental para o sucesso do dinamarquês, que se mantiver a camisola amarela até quarta-feira, dificilmente a perderá até Paris.
A Emirates vai tentar tudo para o quebrar, mas o dinamarquês parece ser difícil de vergar, mantendo a frieza e característica de um nórdico. Provavelmente o melhor voltista da atualidade.