MLB: primeiro mês da Liga tem recorde, muitas lesões e briga apertada!
O mês de abril está quase encerrado e muita coisa já aconteceu na Major League Baseball, a principal liga do beisebol em nível mundial. A época de 2022 iniciou após muita expectativa, tanto pelo retorno do esporte em si como por fatores da própria Liga – possibilidades de recorde, pouco preparo por conta de um período de treinos encurtado, entre outros.
Próximo dos 30 dias concluídos, a época da MLB já brindou os fãs com o que há de melhor do beisebol. E não deixem que digam que ‘o beisebol de abril’ é assim mesmo: começo de época tem seu valor! Confira em coluna de Felipe Martins como foi o primeiro mês da MLB em 2022 e qual o recorde batido!
Começo de época é chance de equilíbrio
Inícios de ano são espaços para equipas menos estruturadas se manterem na briga. Aliás, poucas equipas estão realmente mostrando que não farão nada em 2022, como é o caso do Cincinnati Reds – após perder força na corrida final em 2021, a franquia tomou o caminho da reconstrução e desmontou o elenco, mantendo praticamente apenas o calouro da época 2021, Jonathan India.
Mas outras equipas estão proporcionando aos torcedores um início mais promissor, como o Colorado Rockies. A franquia tradicionalmente briga pela parte de baixo, mas começou 2022 batendo de frente com os rivais San Francisco Giants, Los Angeles Dodgers e San Diego Padres. Resta apenas saber até quando vão manter o ritmo!
Por outro lado, algumas equipas precisam melhorar em campo para corresponderem ao investimento feito. O grande caso é o do Texas Rangers, franquia que investiu mais de meio bilhão de dólares em reforços antes da virada de 2021 para 2022. Até o momento, a equipa não deslanchou em campo, e já figura como uma provável frustração da atual época.
Pouco treinamento e preparo físico prejudicado
Uma das principais notícias em 2022 tem sido a performance de atletas neste começo de época, intensamente prejudicada pelo período de treinamento mais curto antes da época. O que chama a atenção em primeiro lugar é como os arremessadores titulares andam com dificuldade de imprimir ritmo, e poucos estão se destacando como em anos anteriores. Dois casos que se destacam (negativamente) são Gerrit Cole (New York Yankees) e Freddy Peralta (Milwaukee Brewers), que tiveram números muito melhores em 2021 comparados ao começo de 2022.
Além disso, praticamente todas as equipas contam com lesões mais simples, mas que afetam a montagem de elenco. Lance Lynn e Eloy Jimenez, ambos atletas do Chicago White Sox, e John Means, arremessador do Baltimore Orioles, elencam a lista de nomes que já estão na lista de contundidos, mesmo com menos de 1 mês de época. Há casos como o da estrela Jacob deGrom, arremessador do New York mets, que teve pouco tempo para recuperar de lesão sofrida em 2021, e que também estão deixando o atleta fora de atividade.
O alto número de lesões e falta de ritmo não surpreende nem fãs e nem especialistas, uma vez que, com o treinamento de primavera encurtado, já se esperava dificuldade dos atletas em recuperarem o ritmo de jogo. Tradicionalmente, o período antes do início da época serve principalmente para que os jogadores retomem a movimentação e preparo físico, visto que a época encerra em setembro. São praticamente seis meses completamente parados, em que atletas apenas contam com os quintais de casa para manter a forma.
Miguel Cabrera e a rebatida de número 3.000
Mal chegamos ao final do primeiro mês e um grande recorde já surgiu na época de 2022: Miguel Cabrera, rebatedor do Detroit Tigers, chegou ao histórico número de três mil rebatidas válidas na MLB. A marca é compartilhada entre 33 atletas durante a história da Major League Baseball, e é uma constante entre os maiores nomes da história. Antes de Cabrera, o último a bater a marca foi Albert Pujols, outro gigante do esporte, que alcançou o feito em maio de 2018.
He did it. What a moment for @MiguelCabrera.
(MLB x @budweiserusa) pic.twitter.com/mXkyJjFFxF
— MLB (@MLB) April 23, 2022
Cabrera é um colecionador de títulos e destaques individuais. Tendo atuado por apenas duas equipas – jogou pelo Florida Marlins entre 2003 e 2007 antes da transferência para o Detroit Tigers em 2008 -, já são 11 aparições no Jogo das Estrelas, 7 títulos de Silver Slugger (dado aos melhores rebatedores), dois títulos de MVP (jogador mais valioso da época) e um título da World Series, quando jogava pelo Marlins. Além disso, Cabrera é o jogador mais recente a alcançar a chamada Tríplice Coroa, quando um rebatedor lidera a liga em home runs (a rebatida máxima do esporte), corridas impulsionadas e média de rebatida.
Além da marca de Cabrera, outros recordes estão ‘no forno’. Entre os principais, o arremessador Clayton Kershaw, do Los Angeles Dodgers, está próximo de se consagrar como líder de strikeouts (eliminações de rebatedores por strike) na história da equipa de Los Angeles. E vale ficar de olho na equipa do St. Louis Cardinals: tanto o rebatedor Albert Pujols como a dupla de arremessador e receptor, Adam Wainwright e Yadier Molina, têm recordes em vista. A dupla Wainwright e Molina podem se tornar a chamada ‘bateria’ (dupla de arremessador e receptor) a começar o maior número de partidas na história.
No caso de Pujols, são três números de recorde possíveis: 9° na lista de maior número de rebatidas, 3º na lista de bases totais (uma estatística que dá 1 ponto para rebatidas simples, 2 para rebatidas duplas, 3 para rebatidas triplas e 4 para home runs). Por fim, Pujols está a apenas 19 home runs do clube dos 700 home runs, feito alcançado por apenas três atletas em toda a história – Barry Bonds, Hank Aaron e Babe Ruth.
Fique de olho e acompanhe o beisebol da MLB. A época começou no dia 07 de abril e já está com força total! Será que teremos outro recorde a ser batido? Acompanhe também o podcast sobre o Boston Red Sox, o Soxcast!