Os 5 melhores reforços da Ledman LigaPro 2018/2019
TIAGO DIAS (SC BRAGA “B”)
O extremo de 20 anos, que esteve por Itália na última temporada ao serviço da equipa de Primavera do AC Milan, agarrou a sua primeira oportunidade no escalão sénior com toda a inteligência e jeito ao seu dispor, confirmando-se como um excelente reforço da equipa secundária do SC Braga.
Wender, uma das antigas lendas dos bracarenses, assumiu a formação “B” e tem conseguido garantir pontos importantes nos primeiros oito jogos. A chegada de alguns reforços de qualidade, como Tiago Dias ou Danilo Boza, e o “crescer” de Trincão, Bruno Wilson ou Pedro Amador têm garantido outra acalmia a uma equipa que esteve muito perto da descida em 2017/2018.
Tiago Dias, que alinhou em três encontros (foi o último reforço a chegar ao clube) em cinco possíveis, entrou bem no SC Braga não só com golos (já vai com três) mas sobretudo com detalhes técnicos de ponta e uma visão de jogo bem equilibrada para uma idade tão jovem. A forma como ataca o corredor direito é um dos principais destaques, onde a passada rápida cria sérias dificuldades a quem o defende com uma abordagem pouco paciente.
O sentido que dá às suas acções no ataque são de qualidade, com um bom sentido de faro de golo ou de criação de oportunidades claras para a sua equipa. Falta-lhe mais paciência no trabalho de passe e comunicação, mas como primeira experiência a nível de campeonatos séniores está a atingir bons níveis de qualidade de jogo.
Produto da academia do Seixal, Tiago Dias pode e deve conseguir a titularidade nesta formação “B” do SC Braga, com um talento que poderá valer-lhe outros voos se melhorar a sua capacidade de apoio e transição para outras zonas do terreno.
WALTERSON SILVA (FC FAMALICÃO)
O Famalicão desde que perdeu Rui Costa ficou sem um avançado que fizesse golos e desse outra dimensão à formação nortenha, que passou de um estável 3º/4º lugar na Ledman LigaPro do ano passado para um 9º. Nesta nova época, o treinador Sérgio Vieira recebeu alguns reforços de peso entre eles um “desconhecido” Walterson Silva.
Actuou sempre por formações secundárias no Brasil como o Figueirense ou São Bento, e em Julho de 2018 foi transferido para Portugal. Ao fim de sete jogos a titular, o cômputo geral é de que o útil juntou-se ao agradável, uma vez que Silva tem garantindo golos e uma frente de ataque dotada de velocidade e explosão e o Famalicão tem proporcionado um palanque importante para o avançado se mostrar ao público português.
Ao contrário de Rui Costa, o brasileiro gosta e joga nas alas, conferindo outra dimensão em termos de profundidade de jogo, aceleração e aproveitamento de oportunidades criadas pelo meio-campo genial onde habita Willian Dias (com menos golos e assistências que o ano anterior, mas com a mesma capacidade de dar “vida” ao meio-campo dos famalicenses).
O somar destes pormenores tem proporcionado uma excelente época ao Famalicão que ocupa o 3º lugar (e o 2º de subida, uma vez que o SL Benfica “B” está no 2º lugar) e Walterson Silva com cinco golos e uma assistência tem tido dedo nas vitórias da formação nortenha.
ROBERTO (GD ESTORIL-PRAIA)
O regresso de Roberto em 2017 aos campeonatos nacionais portugueses tem sido marcado com golos, contando-se já 17 tentos em 45 encontros disputados. Mudou de ares em Junho de 2018, transitando do FC Arouca para o GD Estoril e em apenas dois meses conseguiu tantos golos pelos carinhos quantos marcou pelos aroucenses. Já se contam 8 golos em 13 jogos pela equipa lisboeta, 6 dos quais na Ledman LigaPro.
Com 29 anos, está a viver uma das melhores alturas da sua carreira em termos físicos e de estabilidade na qualidade de jogo, lançando-se na frente-de-ataque com concretizações à frente da baliza, na manobra junto à grande área e na combinação com as alas na expansão do ataque canarinho.
O ponta-de-lança vai somando um registo impressionante, de quase 1 golo por jogo e de apontamentos geniais no desenvolvimento de uma frente ofensiva onde existem ainda Sandro Lima, Renat Dadashov (uma atenção especial a este avançado com dupla nacionalidade alemã-azerbeijã) e o “esquecido” Kléber (o brasileiro deverá rescindir o contrato em Janeiro), assumindo-se como o grande catalisador de golos no melhor ataque da Ledman LigaPro.
Conseguirá bater o seu recorde pessoal de 9 golos nos campeonatos portugueses?
HUGO ALMEIDA (ACADÉMICA DE COIMBRA)
O trintão desta lista tem sido o único reforço minimamente interessante e credível na Académica de Coimbra, tendo até já calçado as luvas de guarda-redes quando Peçanha foi expulso frente ao Paços de Ferreira.
Hugo Almeida aceitou o desafio de jogar na segunda liga, não virou a cara à luta e já contribuiu com 4 golos em 6 jogos, mas de pouco tem servido para uma equipa perdida no fim da tabela.
O internacional português nunca foi um avançado rápido, cingindo-se às movimentações dentro da área sempre na procura de criar factores de destabilização à defesa. A experiência que adquiriu em toda a sua carreira tem dado alguma “vida” à Briosa nas bolas paradas e nos contra-ataques rápidos, em que surge bem tanto para apostar num remate ou dar outra linha de passe de qualidade.
Contudo, a falta de bons parceiros no ataque ou a pouca expressão dos extremos dos conimbricenses tem prejudicado o seu desenvolvimento e mesmo o pendor ofensivo que podia estar a fazer mais diferença neste momento.
A quase mão-cheia de golos em poucos jogos provam que ainda existe qualidade na quina da bota e no poder de cabeceamento de um avançado que já viajou por toda a Europa e que tem quase 150 golos em toda a carreira. Será que vai concretizar os últimos 10 na Briosa?
RICARDO RIBEIRO (FC PAÇOS DE FERREIRA)
Só à 9ª jornda é que o guardião que saiu da Académica de Coimbra para o Paços de Ferreira de Vítor Oliveira sofreu o seu primeiro golo tendo sido espectacular entre os postes e tendo aguentado 741 minutos sem sofrer qualquer golo!
O guarda-redes tem melhorado de ano para ano, com um crescimento exponencial no que toca entre o equilíbrio entre os postes, sempre com paradas de enorme categoria e que vão dando os “castores” pontos importantes na luta pela subida de divisão. Mais importante, é a acção de Ribeiro no domínio das acções dentro da grande área em que o seu papel de líder e comunicador vão pondo termo a centros com selo de golo.
Com uma defesa dominadora e que apresenta níveis de “agressividade” bem trabalhada, para além de fazerem uma aproximação inteligente às frentes de ataque adversárias, os pacenses têm sido uma equipa difícil de vergar e derrotar.
Os segredos das subidas de Vítor Oliveira passam por uma defesa de raça, um meio-campo inteligente (que não inventa em demasia) e um ataque assertivo e rápido… com um guarda-redes que chegou a custo-zero ao clube e que só sabe defender, defender e defender será ainda mais simples a missão de garantir a subida de divisão.