Os 4 Piores Reforços da Premier League 18/19

Gonçalo MeloNovembro 18, 20185min0
Se há reforços que chegam e conseguem afirmar-se rapidamente, existem também aqueles que não sentem as mesmas facilidades. O Fair Play disseca o inúcio de época de 4 elementos que não estão a ter vida fácil nas suas novas equipas.

No campeonato que mais dinheiro movimenta em transferências, publicidade e marketing, a responsabilidade de afirmação dos reforços é enorme. Se a maioria consegue essa afirmação, outros têm inícios mais titubeantes, sendo que alguns não conseguem nunca alcançar o nível que prometiam ou que outrora apresentaram.

Trazemos-te 4 jogadores que na época que corre ainda não conseguiram a sua total influência e não são neste momento titulares indiscutíveis das suas equipas.

Alireza Jahanbakhsh, Brighton

Aquele que é provavelmente o melhor jogador iraniano da atualidade tem sentido sérias dificuldades no inicio da sua aventura da Premier League. Outrora figura de destaque do AZ Alkmaar, onde foi melhor marcador na época passada, o extremo direito apenas foi titular pela primeira vez à oitava jornada, e apesar de daí para a frente ter merecido sempre a confiança de Chris Hughton. Ainda assim, o iraniano ainda não marcou ou assistiu nenhuma vez, algo que o seu concorrente direto Anthony Knockaert já conseguiu mais que uma vez.

Ainda assim, a capacidade de explosão, técnica, remate e finalização do extremo devem ser suficientes para a curto/médio prazo surgir a afirmação de Alireza, que custou aos Seagulls quase 20 milhões de euros.

A confiança do técnico parece não ser o problema, como comprovam as suas ultimas 4 titularidades, mas a qualidade técnica de Knockaert e o regresso de lesão do velocista colombiano José Izquierdo podem ser obstáculos duros para o extremo que defrontou Portugal no mundial da Rússia.

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Foto: Sky Sports

Fabinho, Liverpool

O brasileiro contratado ao Mónaco por 45 milhões tem sentido dificuldades na adaptação ao futebol rápido e intenso da Premier League, contrastando com a maior lentidão e previsibilidade da Ligue 1.

O internacional brasileiro tem sido preterido por Jurgen Klopp na maioria das partidas, que tem preferido a maior experiência e liderança dos internacionais ingleses Jordan Henderson e James Milner. São ao todo 8 partidas em todas as competições até agora, no entanto Fabinho foi apenas titular em 5, sendo que 1 desses 5 jogos foi para a taça de Inglaterra e outro foi contra o Estrela Vermelha para a Liga dos Campeões, sendo que nos 8 primeiros jogos da Premier League o brasileiro não foi sequer utilizado.

Será por isso uma época desafiante para o médio defensivo ex-Mónaco, que apesar da sua reduzida utilização, as suas qualidades táticas e capacidade no desarme têm permitido ao jogador de 25 anos merecer a confiança de Tite para representar a canarinha nos amigáveis recentes.

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Foto: Sky Sports

Lucas Pérez, West Ham

85 minutos. É este o tempo de jogo que o avançado espanhol tem na Premier League esta época, distribuídos por 4 partidas. A essas 4 partidas na liga o ex-Arsenal junta mais 3 na EFL Cup, onde já fez o gosto ao pé por duas vezes.

Ainda assim, são dados estatísticos francamente fracos para um elemento que veio de um equipa do top 6 inglês, e que devido ao mau momento de forma de Chicharito e à lesão de Andy Carroll ainda se torna mais preocupante. Este mau momento dos avançados dos Hammers levaram Pellegrini a apostar em Marko Arnautovic como referencia ofensiva.

Voltando a Lucas, o espanhol formado no Atlético de Madrid e no Rayo Vallecano ainda pode mudar o paradigma negativo que vive de momento, e provar que os cerca de 5 milhões pagos pelo West Ham foram justificados. Apesar de ser um valor acessível, a sua pouca utilização e ausência de golos e minutos decentes na Premier League colocam o espanhol no top de piores reforços.

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Foto: Sky Sports

Leander Dendoncker, Wolverhampton

O pior dos reforços da Premier League até agora. O médio defensivo/defesa central belga de 23 anos, um dos jogadores da nova geração belga em quem se deposita maior esperança, soma a módica quantia de 0 minutos disputados na Premier League.

Foi utilizado apenas nas duas partidas que os Wolves disputaram na EFL Cup, esperando ainda ansiosamente a estreia no campeonato. Se é certo que Nuno Espírito Santo tem mexido pouco ou nada no 11, também é certo que o esquema com 3 centrais tinha tudo para potenciar o belga, algo que até agora não aconteceu.

A velocidade, timing no corte, leitura de jogo, capacidade com bola e liderança que o jovem apresenta parecem não ser suficientes para o técnico luso, e nem o valor algo elevado (cerca de 14 milhões) pago pelo ex-Anderlecht tem sido razão para pelo menos vermos o internacional belga em ação na Premier League.

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Foto: Sky Sports

 


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