O sucesso das jogadoras de futebol portuguesas pelo mundo
O futebol feminino português tem crescido a olhos vistos, e as atletas portuguesas são cada vez mais reconhecidas fora de portas. Da Rússia à Espanha, da Itália à Républica Checa, as jogadoras lusas geram uma atenção a nível internacional como nunca antes. Espanha, uma das melhores ligas do mundo de futebol, é casa de cinco internacionais portuguesas, começando por Tatiana Pinto, do Levante, sendo a atleta que tem dado mais nas vistas; a viver, talvez, aquele que é o seu melhor momento da carreira, a média natural de Aveiro, é uma das jogadoras mais influentes do conjunto valenciano, e na sua segunda época de granotas ao peito conta com sete golos e uma assistência, e promete ser um dos destaques da Liga F.
O Levante é atual segundo classificado, e caminha para ser uma das equipas com lugar assegurado na Women’s Champions League, da próxima época. Andreia Jacinto é uma das grandes promessas do futebol feminino português e assinou este verão com a Real Sociedad, até 2025. A jovem de 20 anos deixou o Sporting, rumo ao país vizinho, à procura de novos desafios; e apesar da época não lhes estar a correr como planeado devido ao infortúnio das lesões, a jovem é muito apreciada pela treinadora Natalia Arroyo. Quem também aterrou em Espanha para novas aventuras foi a central Diana Gomes para jogar no Sevilha, e a média, de 27 anos, Fátima Pinto para jogar no Alavés. As internacionais por Portugal deixaram o Braga e o Sporting, respetivamente, para abraçarem projetos novos além-fronteiras. Matilde Fidalgo, que no último mercado de inverno trocou o Benfica pelo Real Bétis, fecha o lote de jogadoras portuguesas a brilhar na liga F.
Tatiana pintó un cuadro espectacular sobre el césped ?
Nadie para al @LUDfemenino ni a @11TatianaPinto ⚽#LigaFenDAZN ⚽ pic.twitter.com/ujSMeM7z79
— DAZN España (@DAZN_ES) January 24, 2023
De Espanha para a Suíça, o Servette é atualmente um verdadeiro contingente português nos Alpes Suíços, com três internacionais portuguesas. A guarda-redes Inês Pereira e a defesa central Mónica Mendes estão no clube desde o verão de 2021, altura em que deixaram o Sporting para assinar pelo clube suíço. No currículo tem já um campeonato e uma presença histórica na fase de grupos da UWC. No verão foi Ágata Filipa que aterrou ali vinda da Escócia; pelo meio houve passagens da avançada Francisca Cardoso e da jovem guarda-redes Inês Ribeiro. Da Liga BPI para a Serie A Italiana foi o caminho percorrido por Joana Marchão, no verão transato. A lateral de Abrantes aventurou-se pela primeira vez internacionalmente e assinou um contrato até 2024 com o Parma.
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Après 120’ de tensions et de folies, Inês Pereira repousse le dernier penalty bâlois pour le plus grand bonheur de la Fontenette ! ?♥️#NotreVilleNotreClub pic.twitter.com/ceyX8MlNdH
— Servette FCCF (@ServetteFCCF) May 28, 2022
A Ana Dias fez história ao trocar o Amora pelo Zenit em março de 2021, a avançada portuguesa foi a primeira jogadora portuguesa a jogar na Rússia. Desde aí já conquistou um título, e apontou mais de 25 golos; renovou por uma época recentemente e aos 25 anos é já uma certeza do futebol feminino português
Depois de uma época a brilhar na Turquia ao serviço do Fenerbahçe, Mariana Jaleca pegou nas bagagens e mudou-se para a República Checa para o histórico Sparta Praha. Assinou até 2024, e aos 25 anos apresenta já uma diversidade futebolística admirável ao ter jogado em seis países e em seis ligas diferentes.
Em França há também algumas jogadoras portuguesas a dar cartas como é o caso de Melissa Gomes, luso-francesa, e internacional em 20 ocasiões, e que aos 28 anos joga no Bordéus, depois de se ter destacado ao serviço do Stade de Reims. No Bordéus há ainda outra jovem a destacar-se, falo de Serena Queirós, que aos 18 anos é já uma presença constante na primeira equipa. Outro dos casos é a internacional jovem Nelly Rodrigues, a defesa trocou os escalões jovens do PSG pelo histórico Marselha, e tem brilhado no segundo escalão da D2 Féminine. Também em França há outras luso-francesas a destacar-se como é o caso da avançada Kelsey Araújo, no Le Havre ou de Clara Moreira, defesa central do Nantes.
??⚽️ Primeiro gol de Ana Dias com a camisa do Zenit!#ZenitFeminino #FutebolFeminino
— FC Zenit Brasil (@fczenit_br) March 14, 2021
Os Estados Unidos da América são reconhecidos por todos como um dos grandes países onde o futebol feminino é competitivo e forte desde as academias até ao futebol profissional, com a National Women’s Soccer League (NWSL) a ser o palco principal competitivo. E como tal algumas jovens jogadoras lusas partiram ao continente americano em volta desse sonho para jogar no futebol universitário: Maria Alagoa é talvez dos nomes mais sonantes, vista como uma das jogadoras portuguesas mais promissoras, a média cumpre a segunda época no Florida State Seminoles. Também em busca desse sonho, Leonor Alves deixou o Albergaria rumo ao Rider Broncs.
O futebol feminino ter crescido a olhos vistos, não só ao nível internacional, mas também ao nível nacional. Apesar disso, a liga portuguesa ainda é muito desnivelada e por isso muitas jogadoras partem à procura de contextos desportivos mais favoráveis.