Rosier, o primeiro reforço do “novo” Leão
Frederico Varandas anunciou que 3 reforços estavam a caminho do Sporting nas próximas horas, e cumprindo com o prometido, a comunicação do clube não perdeu muito tempo depois da entrevista do presidente para anunciar o primeiro reforço: Rosier.
Quem acompanhou com atenção a época do Sporting reparou com certeza na grande debilidade existente no lado direito da defesa. Piccini acabou por sair para o Valencia e para o seu lugar já tinha sido contratado Bruno Gaspar num ato a antecipar a saída do italiano.
Piccini, ao contrário, do que se tentou fazer passar, realizou uma época extremamente positiva ao serviço do sporting tendo evoluído muitíssimo do ponto de vista defensivo com Jorge Jesus, pelo que o nível estava ligeiramente elevado para quem assumisse a titularidade no lado direito.
Com Ristovski e Bruno Gaspar a conclusão é simples: O lado direito do Sporting não existiu e foi sem dúvida o setor que mais comprometeu a época, com Bruno Gaspar em destaque pela enorme falta de qualidade demonstrada (pior jogador que vi com a verde e branca vestida) e Ristovski pela quase nula capacidade mental que fez com que fosse expulso diversas vezes. Era, portanto, urgente contratar.
A melhor escolha para o maior problema?
E o alvo parece estar encontrado em Rosier, um jovem jogador de 22 anos que é internacional pela seleção francesa pelas camadas jovens dos campeões do mundo.
Rosier veio do Dijon e, desse ponto de vista, a sua análise tem que ser vista à luz de um clube que lutou até ao fim pela manutenção, cenário muito diferente do que vai encontrar em Alvalade.
Defensivamente o jogador é bastante agressivo, apesar de não ter uma grande envergadura física e disputa todos os lances com elevada intensidade. É um jogador que parece ser evoluído tecnicamente e que joga bem com os dois pés, atributo muito importante quando tiver que subir no terreno e que pode ser decisivo, uma vez que pode cruzar com qualquer pé, confundindo o defensor.
Ofensivamente é mais difícil de avaliar Rosier, por uma simples razão: foram poucos os momentos em que o Dijon esteve em processo ofensivo. Ainda assim as notas que ficam é de um jogador que ainda falha na hora da decisão e terá que ser por aqui que Keizer terá que evoluir mais o jogador, apesar de tudo acabou com 4 assistências, mais do que Ristovski, jogando numa equipa com pouco caudal ofensivo e estando lesionado desde dezembro, pelo que nem tudo é negativo nesse ponto.
Lesões (não) serão um problema
As lesões são mesmo a maior dúvida em Rosier. O lateral esteve 18 meses lesionado devido a lesões em 3 anos, números demasiado elevados para um jogador de 22 anos. Estando ainda a recuperar da última lesão sofrida, Rosier pode partir atrasado na pré-época leonina, sendo necessário esperar pelos primeiros jogos para ver o nível do jogador.
Mas num clube tão preocupado com o nível físico dos jogadores, não tivesse a presidente o seu antigo diretor clínico, o Sporting já deixou bem patente que só entram jogadores a 100%, com os casos de Sturaro, Lucas Silva e Boateng a demonstrarem isto mesmo.
Olhando para o papel na equipa de Keizer, Rosier tem um atributo que pode contribuir para o 5x3x2 (ou 3x4x3 em momento ofensivo) que Keizer deixou no ar como tática chave na próxima época. Rosier é extremamente rápido e isso é um fator chave nos laterais desta tática. Com laterais que funcionam muitas vezes como laterais e extremos, é fundamental ter um lateral capaz de correr o campo todo durante 90 minutos e que tenha a velocidade para recuperar defensivamente no mínimo de tempo possível.
No futebol tudo é uma incógnita, e Rosier parece ter sido um negócio avoltado para o clube de Alvalade (5M + Mama Baldé – carece de confirmação oficial) algo que depois dos quase 5M gastos em Bruno Gaspar colocam acima dos 10M os gastos em laterais direitos no espaço de 1 ano. Um falhanço aqui significaria uma queda enorme nas finanças, e a continuidade dos problemas na próxima época.