A nova dose de “cafeteros” – Liga NOS
Com mais de 50 nacionalidades diferentes, o campeonato português está repleto de atletas dos mais variados países. Só da Colômbia surgem 9 jogadores a competir em equipas fora dos três grandes. Será esta fornada de cafeteros capaz de se afirmar como os compatriotas Falcão, Guarín, Jackson Martinez ou James Rodríguez?
Em alta rotação
Oscar Barreto
Provavelmente o jogador mais em foco neste momento, muito por culpa da qualidade de jogo e consequente bom momento de forma do Rio Ave. O extremo-direito, que também pode alinhar a médio ofensivo, está emprestado pelo Millonarios, clube colombiano que vai esfregando as mãos com a notável evolução do atleta. Com apenas 24 anos, Barreto alia a qualidade técnica à velocidade, bem como um conhecimento tático que faz dele uma das peças chave do sensacional Rio Ave de Miguel Cardoso.
Guillermo Celis
Chegado a Portugal na época passada para representar o Benfica, acabou por não vingar no clube da luz. A meio dessa mesma temporada seguiu por empréstimo para o Vitória de Guimarães, onde foi utilizado de forma cada vez mais regular, levando mesmo o clube a adquirir o seu passe aos encarnados. Na presente temporada, tem confirmado o investimento, revelando-se como um dos jogadores mais utilizados do plantel vitoriano. Em Guimarães, Celis fez jus à sua capacidade de desarme e agressividade, oferecendo o equilíbrio ao meio campo defensivo.
Cristián Arango
Dos até então falados, pelos desempenhos recentes e pela tenra idade, este será provavelmente o colombiano mais promissor a atuar em Portugal. Chegou para assinar pelo Benfica, participou na pré-época dos encarnados, mas fora emprestado ao Desportivo das Aves para ter mais minutos e adaptar-se ao futebol europeu. Numa equipa carregada de concorrência no ataque avense, Arango não começou desde logo a ser utilizado. Quando fora chamado a jogo, desde logo demonstrou ser um avançado “irrequieto”, com grande entrega e muito veloz. Com uma utilização cada vez maior, só falta a Arango encaixar com a baliza, pois conta apenas com um golo em dez jogos (pese embora o facto de jogar numa equipa recém-subida, com dificuldades no arranque da temporada).
À procura da melhor forma
Existem, para além dos três atletas acima focados, mais seis colombianos a tentarem a sua sorte no campeonato português. Uns há mais tempo que outros, mas todos eles sem grande destaque nesta primeira metade da época. O Vitória de Guimarães, o clube com maior representação colombiana, tem ainda Óscar Estupinán e Sebastian Rincón no plantel. Ambos pontas de lança, nenhum deles tem sido muito feliz, sendo que só Rincón conseguiu marcar e por uma vez. Com seis e quatro jogos respetivamente, é visivelmente escasso o contributo que têm dado à equipa.
Outra das particularidades, é que todos os colombianos estão a jogar em equipas do norte de Portugal. Em Santa Maria da Feira, mora outro ponta de lança, José Valencia, que aos 25 anos, chamado nove vezes a jogo, ainda não acertou com a baliza. No Bessa, mora um jovem avançado que já passou pela formação e equipa B do Porto, pertencendo agora aos quadros do Sporting. Leonardo Ruiz, aos 21 anos, soma apenas sete partidas ao serviço do Boavista, também sem qualquer golo.
Pior que a falta de golos, só mesmo a falta de minutos e neste aspeto há dois colombianos com ainda maior azar. Hector Quinones, que em 2012 custara cerca de dois milhões de euros ao FC Porto, regressou a Portugal para representar o Paços de Ferreira. Após duas épocas sem sucesso no Millonarios e no Junior FC, o lateral procura dar um retorno positivo à sua carreira, mas tem apenas três jogos nas pernas. A condição física também não tem ajudado, razão pela qual também alguns dos jogadores acima falados possam não conseguir a regularidade pretendida. Contudo, pior que a situação de Quinones, só mesmo o caso do ponta de lança Jordán, que no Chaves conta apenas com dois jogos efetuados. O atleta estava sem clube, depois de na época transata ter assinado pelo CSKA de Sófia, clube com o qual rescindira apenas dois meses depois.