3 treinadores que podem vir a treinar o Sporting CP

Francisco IsaacJunho 29, 20187min0

3 treinadores que podem vir a treinar o Sporting CP

Francisco IsaacJunho 29, 20187min0
Nomes, muitos nomes estão a circular na imprensa mas realmente quem são os candidatos a a treinar o Sporting CP na próxima temporada?

A saída de Siniša Mihajlović do Sporting CP passado só umas semanas de ter aterrado em Lisboa (bateu o recorde de treinador demitido mais rapidamente em Portugal) abre uma nova vaga de especulações em redor do banco de suplentes do clube de Alvalade. A Comissão de Gestão prometeu novidades para 2ª feira mas o Fair Play tenta avançar com propostas, uma ou duas de forma “descabida” mas talvez uma que seja mais real que as outras.

Uma atenção ao dado fornecido por José de Sousa Cintra, que afirmou que “o novo treinador ganhou uma Liga dos Campeões”. Não disse é em que condição é que esse indíviduo levantou a prova mais desejada a nível europeu. Um ex-treinador? Um jogador português que terá feito parte de alguma equipa lendária? Ou um treinador-adjunto?

Estas são as nossas propostas para o possível novo treinador do Sporting Clube de Portugal

PAULO SOUSA (TIANJIIN QUANJIAN)

Campeão europeu por duas vezes, uma pelo Borussia de Dortmund e outra pela Juventus, ambas durante os anos 90, isto tudo na condição de jogador. Paulo Sousa foi um dos jogadores mais conhecidos e reconhecidos da famosa Geração de Ouro, despontando como um dos melhores trincos de sempre do futebol português. A sua excelência a conduzir o meio-campo e aquela elegância no segurar do jogo, para além da sua inteligência em campo fizeram a diferença.

Um dado curioso vai para o facto de Paulo Sousa ter trocado o SL Benfica (clube que o formou) pelo Sporting CP em 1993, depois da direcção dos encarnados ter falhado no pagamentos dos salários em atraso. No único ano em que actuou pelos leões, Paulo Sousa foi um jogador imenso e que criou uma boa ligação com o público de Alvalade, saindo por um valor bem alto à época.

Passados 25 anos da sua chegada ao Sporting CP, Paulo Sousa é um treinador que procura a sua afirmação no banco de suplentes, tendo já guiado equipas como a Fiorentina, Swansea, Videoton ou Basileia, com alguns bons resultados em algumas dessas passagens (pelos Viola o futebol tinha personalidade e raça, mas a pressa de resultados da direcção ditou o fim da ligação ao técnico).

Está neste momento a treinar na China, mais precisamente no Tianjiin Quanjian, clube que ocupa o 10º lugar da geral. Não está a ser uma época fácil e já houve burburinho numa possível saída do português, sem que fosse revelado a fonte.

O que pode trazer Paulo Sousa ao Sporting CP? Identidade. O técnico português gosta de criar uma identidade por onde passa, construindo um projecto do “zero” com pés e cabeça. Futebol de posse, boa rotação de bola, estabilidade defensiva e um contra-ataque bem letal são alguns pormenores daquilo que o ex-campeão europeu gosta de impor nas suas equipas.

Bastante bom nas relações com o plantel, credível e plausível nas conferências de imprensa, pode ser a tal solução que Sousa Cintra fala. Mas será fácil deixar os milhões da China para vir para Portugal?

Foto: Getty Images

ROBERTO DI MATTEO (SEM CLUBE)

Campeão Europeu pelo FC Chelsea em 2012 (o último clube inglês a levantar este troféu), despedido pelo Aston Villa em 2016, o italiano pode ser um alvo minimamente credível para o mercado. O facto de estar sem clube há quase dois anos pode ser um factor de repudio, mas a verdade é que Di Matteo tem alguns créditos no futebol europeu.

O futebol do italiano nunca foi apaixonante, puxando muitas vezes pelo monocórdico, estagnado e sem sabor, sendo evidente que estes erros consumaram-lhe alguns momentos da carreira. Por outro lado, Di Matteo quando encontra uma equipa ao seu jeito consegue despoletar um futebol coeso, que tenta combinar com a mobilidade “agressiva” e a excelência na hora do passe.

Não é um líder fenomenal de homens, principalmente em plantéis com atletas mais experientes, um pormenor que lhe custou o lugar no Chelsea e Aston Villa. O que isto significa? Que se trabalhar com elencos mais jovens terá uma melhor percentagem de sucesso, sendo um bom professor para talentos que estejam a despontar.

Contudo, o italiano tem os seus créditos como jogador também, algo que pode fazer a diferença para os jogadores que procurem um treinador com confiança e “prata” em casa. Pelo Chelsea ganhou diversos títulos (uma Taça das Taças e uma Supertaça Europeia), ocupando a posição de médio-centro, emanando aqueles pormenores próprios dos trincos italianos pré-Andrea Pirlo.

Há a questão que a sua carreira como técnico principal tem estado parada e isso pode ser um pormenor importante até nas negociações com futuros clubes. Para o Sporting CP que está em busca de reconstruir a sua equipa, um treinador jovem e que tenha já um título principal europeu pode fazer a diferença.

Foto: Getty Images

COSTINHA (CD NACIONAL)

Hora aqui vai uma escolha estranha, mas que faz perfeito sentido. Francisco “Costinha” Costa, conquistou uma Liga dos Campeões como jogador do FC Porto, já esteve no Sporting CP como director de equipa (acabou bastante mal a relação devido ao facto do director ter criticado a direcção pela sua tamanha falta de profissionalismo), é português (rumores afirmavam que Sousa Cintra queria um técnico português) e é agenciado por Jorge Mendes.

Mas o que tem a ver Jorge Mendes com tudo isto? Pelo facto que houve uma reaproximação do empresário com o clube e isso é um elemento de tamanha curiosidade, especialmente nesta fase. Mas Costinha vale a pena?

O técnico conseguiu à sua 3ª experiência como treinador atingir o sucesso, levando o CD Nacional da Madeira à Liga NOS, sagrando-os campeões da Ledman Pro. Tem uma postura dura, séria e consciente, exige o máximo dos seus jogadores, procura sempre ter o plantel “vedado” de elementos externos, tentando desta forma formar um grupo forte e responsável.

O treinador dos alvinegros gosta de praticar um futebol de passo certo, de procura de linhas de apoio, em que a defesa se envolva na construção de jogo, copiando quase ao risco o futebol praticado pelo FC Porto de José Mourinho entre 2002 e 2004. O “miolo” de jogo é entre um misto de entrega física inteligente e lançamento rápido de ataque, com os avançados a terem uma missão muito decisiva na “maqueta” de jogo de Costinha.

Para além disto, o antigo internacional português é uma pessoa muito directa, sabe falar e responder à comunicação social, não gosta de alongar as intrigas e procura sempre proteger o plantel.

Já esteve no Sporting CP, defendeu com “unhas e dentes” o clube, apesar de nunca ter lá jogado, o que prova o seu excelente profissionalismo.

Mas será que ir buscar um treinador a um clube que acabou de subir à Liga NOS, não será um passo estranho para os leões?

Há ainda outros nomes a tomar em consideração como Frank de Boer (desempregado e já ganhou uma Liga dos Campeões como atleta), Paulo Ferreira (treinador no FC Chelsea de juvenis, também já ganhou essa prova), André Villas Boas (o Chelsea foi à final com Di Matteo, mas foi Villas Boas que os comandou em 3/4’s da competição) ou Luis Enrique (nome altamente descabido sim, mas entra em quase todos os parâmetros proferidos por Sousa Cintra).

Foto: Lusa

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