PSG e a Champions League – Existe alguma maldição nesta relação?
Esta história começa a ser repetitiva para o lado parisiense, mas o PSG volta a vacilar na Champions League, naquilo que começa já a parecer uma maldição sobre o clube.
Quando tudo parece estar a correr bem para a equipa do PSG, com a liderança na liga bem encaminhada, com as provas nas taças internas a corresponderem às expectativas, eis que chegam as eliminatórias da prova milionária, onde tinham legítimas aspirações.
Depois de conquistar o primeiro lugar no grupo e de ter derrotado o Manchester United na primeira mão da Champions League por 2-0, só uma catástrofe podia tirar o conjunto francês dos quartos-final.
Depois das quedas com Real Madrid e Barcelona, o Manchester United parecia ser um conjunto acessível e com claras, deficiências quando comparado com o PSG.
No entanto, ficou a ideia no ar que a vantagem da primeira mão e o factor casa deram uma tranquilidade e uma confiança exagerada ao PSG que subestimou claramente o seu adversário.
Começando na defesa a colocação de Marquinhos no meio campo para deixar Kimpembe no centro da defesa, é perder o seu melhor central para jogar com um jogador mediano.
A juntar a este erro na estratégia, o técnico alemão ainda colocou Keher na direita da defesa, em detrimento de Meunier ou de Daniel Alves, tendo o lateral alemão sido uma autêntica “passadeira” para os homens de Manchester.
Olhando para a frente de ataque, deixar Mbappé sozinho, tendo apenas Di Maria no apoio demonstra pouca vontade em marcar mais golos, dando preferência aos criativos em vez dos homens golo para selar a eliminatória.
Cavani, apesar de recuperar de lesão, tinha que ser lançado mais cedo, especialmente na altura em que a eliminatória estava a um golo de ser decidida para os ingleses.
Depois da “remontada” do Barcelona eis que surge agora a queda frente ao Manchester United e novamente no último minuto da partida. Cabe agora aos dirigentes do clube parisiense perceberem que o problema não se encontra nos jogadores, mas sim no homem que os lidera. Tuchel nunca pareceu o homem certo para liderar uma equipa com ambições de Champions League, tal como não o era Unay Emery na época transacta.
Outra situação que tem sido mal gerida nos homens da capital francesa é a questão Neymar. Numa altura em que a gestão de Cristiano Ronaldo é tão badalada nos media internacionais, seria interessante que os preparadores físicos do PSG começassem a preparar Neymar para os grandes confrontos. Com uma propensão enorme para se lesionar, Neymar não pode continuar a arriscar a sua forma física em jogos de dificuldade reduzida na Ligue 1, onde o PSG pode, e deve rodar os seus homens mais influentes de forma inteligente.
Já começam a ser muitos anos seguidos em que o braisleiro tem, pelo menos, uma lesão grave e sempre em alturas comprometedoras para os parisienses. Algo que nunca aconteceu tão frequentemente no Barcelona.
Com o título praticamente na mão, resta ao PSG lutar pelo quarteto este ano, juntando a Taça da Liga e a supertaça já conquistadas à Liga e à Taça de França. E por mais fantástico que isto possa parecer, esta será sempre uma época negativa para o PSG e o futuro do técnico alemão pode mesmo estar em risco.