As mudanças táticas de Paulo Fonseca na AS ROMA

Gonçalo FariaDezembro 6, 20195min0

As mudanças táticas de Paulo Fonseca na AS ROMA

Gonçalo FariaDezembro 6, 20195min0
As saídas de Manolas, El Shaarawy e Gerson obrigaram o recém-chegado técnico Paulo Fonseca a inúmeras e diversificadas transformações tanto no plantel, como no sistema tático dos Giallorossi. Mas que alternativas tem a AS Roma de Paulo Fonseca para esta temporada ?

O treinador Paulo Fonseca estreou-se na atual temporada em terreno Italiano, assumindo assim o comando técnico da AS Roma. O técnico de 46 anos, abandonou o Shakhtar Donetsk da primeira liga Ucraniana, clube onde disputou 139 jogos e obteve 104 vitórias. O atual líder da equipa Giallorossi teve passagem em terrenos luso, onde esteve ao comando técnico de clubes como CD Aves, Paços de Ferreira, FC Porto e SC Braga, encontra-se agora num palco de elevado nível e competitividade.

Mas se por um lado, a recém-chegada do técnico trouxe inúmeros reforços de grande qualidade e importância que aprimoram os setores, tal como Leonardo Spinazzola, proveniente da Juventus, e Bryan Cristante da Atalanta, por outro, o mesmo viu sair do seu clube peças determinantes tanto na defesa, como podemos verificar os nomes de Manolas e Luca Pellegrini, como no ataque com as ausências de El Shaarawy e Patrick Schick.

Subordinadamente á experiência e qualidade deste treinador, concilia-se algumas características que estão inerentes nos sistemas táticos por onde comanda, tais como: a pressão alta que impõe na perda da bola, o fecho do corredor central de modo a obrigar o adversário a jogar pelos flancos bem como, a consistência do núcleo no meio campo de forma a que os jogadores estejam o mais junto possível dentro das quatros linhas.

Foto: desporto.sapo.pt

Mas afinal, quais as opções que podem jogar na AS Roma?

De acordo com as ideias do Português, a formação Giallorossi atua preferencialmente num esquema tático de 4-2-3-1, e deste modo, as preferências necessárias que Paulo Fonseca impôs começou logo no elemento mais defensivo, o guarda-redes. A chegada de Pau Lopéz trouxe consigo quer habilidade no jogo com os pés, quer na distribuição de jogo e desta forma, o experiente guarda-redes é a primeira opção na baliza dos italianos.

De seguida, na linha defensiva composta por quatro defesas, tem grandes referências que podem ser utilizadas, tais como Mancini, Fazio, Smalling, Juan Jesus de maneira que Fazio será o elemento em desvantagem devido ao défice de velocidade, mas em contrapartida, Juan Jesus oferece grande intensidade e agilidade, e provavelmente será uma mais valia no centro da defesa.

Seguidamente, nos corredores laterais pode atuar com o recém-chegado da Juventus, Leonardo Spinazzola bem como Kolarov, e neste sentido está incutido a habilidade de drible especialmente atacante. Mas, a competência é numerosa e as opções não ficam por aqui, portanto quer Zappacosta quer Florenzi estão disponíveis para ir a jogo.

No setor intermédio, os atributos de Amadou Diawara estão em conformidade com as exigências requeridas, possuindo assim, não só mobilidade e intensidade como também, grande inteligência no passe, sendo este um papel fundamental para romper as linhas adversárias. Por consequente, os nomes de Bryan Cristante, Pellegrini, Jordan Veretout também criam competitividade no meio campo, sendo o setor mais forte.

No último terço do terreno, a escolha do treinador pode tornar-se difícil beneficiando de grandes nomes como Perroti, Kluivert, Zaniolo, Pastore, Cengiz Ünder e Edin Džeko transportando para a equipa uma simbiose de experiência com juventude de qualidade.

Ao comando técnico do AS Roma, o Português quer utilizar tanto o posicionamento defensivo, como o ofensivo de forma estruturada e organizada. Inerente, está por exemplo, o fecho do corredor central, isto é, o bloco defensivo tende a subir as linhas de modo a bloquear a passagem de jogadores adversários, e neste sentido, ocupar o espaço no meio campo. Seguidamente, e de acordo com os ideais táticos, a projeção dos laterais provoca assim a exploração da profundidade. Na zona mais ofensiva, o pontadelança move-se entre linhas dificultando a cobertura adversária. Além disso, com o intuito de explorar ainda mais o ataque, utiliza um futebol apoiado entre os avançados e o meio campo ofensivo, o que realça num fator determinante.

Em suma, as modificações táticas do novo técnico teve efeito imediato na equipa e progressão nos encontros realizados, e desta forma, o clube ocupa o quinto lugar com igualdade pontual do quarto na tabela classificativa da Serie A bem como, a passagem da fase de grupos da Europa League encontra-se cada vez mais próxima. Mas, será que a conexão entre o treinador e a equipa podem levar o Português a grandes êxitos e surpresas na Serie A e na Europa League?


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS