Presentes de natal históricos aos adeptos brasileiros
Estamos em Dezembro e, comumente, tempos natalinos invadem o Fair Play! Para comemorar o fim de ano, trazemos aos adeptos legítimos presentes de Natal que suas equipas deram neste período, ao conquistar o que para muitos é o maior troféu que se pode ganhar: o Mundial de Clubes. Ser campeão mundial tem no Brasil um peso muito grande, certamente maior do que significa para os europeus, ainda mais de comparado à UEFA Champions League.
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Mas ainda assim, esta glória ficará eternizada para algumas equipas brasileiras, seja na chamada Copa Intercontinental (que hoje é reconhecida pela FIFA com um Mundial de Clubes) ou seja no Mundial organizado pela própria entidade (desde 2005). Pensando nisso, listamos abaixo as últimas três conquistas de equipas brasileiras na competição, relembrando estes presentes recebidos pelos adeptos de São Paulo (em 2005, contra o Liverpool), Internacional (em 2006, contra o Barcelona) e Corinthians (em 2012, contra o Chelsea), além dos lances que marcaram esta finalíssima.
2005 – São Paulo 1×0 Liverpool
Tanto a equipa brasileira quanto a europeia estrearam nas meias finais, o tricolor paulista em vitória contra o Al-Ittihad (3-2) e os reds contra o Saprissa (3-0). Isso porque cada equipa venceu sua competição continental, ou seja, o São Paulo venceu a Libertadores da América daquele ano contra o Athletico Paranaense (1-1 na primeira mão e 4-0 na segunda mão), enquanto o Liverpool passou de forma emocionante pelo Milan (3-3 no tempo normal, e 3-2 nos pênaltis).
O São Paulo adentrou ao relvado com o seguinte onze inicial: Rogério Ceni, Lugano, Fabão e Edcarlos. Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior. Aloísio e Amoroso (treinador: Paulo Autuori). Grafite entrou aos 75′ no lugar de Aloísio. Já o Livepool tinha seus titulares: Reina, Finnan, Hyypia, Carragher e Warnock. Sissoko, Gerrard e Xabi Alonso. Kewell, Luís Garcia e Morientes (treinador: Rafa Benitez). Riise, Sinama-Pongolle e Peter Crouch entraram nos lugares de Warnock, Sissoko e Morientes, aos 79′ e aos 85′.
O Liverpool foi uma equipa mais ofensiva, enquanto o São Paulo mais cirúrgico. Com um excelente esquema defensivo (no famoso 3-5-2), não deu chances ao ataque inglês, e ainda fez um golo no primeiro tempo, furando uma defesa que não tomava golos há 1041 minutos. Além disso, contou com uma das melhores partidas de Rogério Ceni (inclusive com uma defesa magistral em falta cobrada por Gerrard), e ainda teve três golos do Liverpool corretamente anulados por impedimento. O médio defensivo Mineiro fez o golo, e o guarda-redes são-paulino foi eleito Man of the Match e ganhou a Bola de Ouro como melhor jogador da competição.
2006 – Internacional 1×0 Barcelona
Em mais um resultado surpreendente, a equipa brasileira bateu uma das melhores equipas europeias da década. Para detalhar o contexto, o Internacional conquistou a Libertadores da América justamente sobre o São Paulo (primeira mão 2-1, e segunda mão 2-2). Já o Barcelona foi campeão da UCL contra o Arsenal (2-1). Para chegar a finalíssima da competição de Tóquio, o Internacional passou pelo Al-Ahly (2-1) enquanto o Barcelona venceu o América-MEX por 4-0.
A equipa colorada tinha os seguintes titulares: Clemer, Ceará, Índio, Fabiano Eller e Wellington Monteiro. Alex, Edinho e Iarley. Fernandão, Alexandre Pato e Rubens Cardoso (treinador: Abel Braga). Vargas, Luiz Adriano e Adriano Gabiru entraram nos lugares de Alex, Pato e Fernandão. O esquadrão catalão contava com: Victor Valdés, Thiago Motta, Rafa Marquez e Puyol. Zambrotta, Iniesta, Van Bronckhorst, Deco e Ronaldinho. Gudjohnsen e Giuly (treinador: Frank Rijkaard). Belletti, Xavi e Ezquerro entraram, Zambrotta, Thiago Motta e Gudjohnsen saíram.
O Modus Operandi da equipa brasileira é sempre parecida. Solidez defensiva e o aproveitamento de contra ataques. Foi assim que o Inter suportou Ronaldinho Gaúcho, além das posses de bola de Iniesta e Deco. Na segunda etapa, o espetáculo esperado dos catalães não veio, e mesmo com Deco conquistando o troféu de Man of The Match e a Bola de Ouro da competição, o resultado foi favorável ao Inter, e o placar de 1-0 com golo do reserva Gabiru deu o título aos brasileiros, pela segunda vez consecutiva no torneio organizado pela FIFA.
2012 – Corinthians 1×0 Chelsea
Para fechar a lista de presentes de Natal aos adeptos brasileiros, temos a última conquista brasileira no Mundial de Clubes. O Corinthians conquistou, pela primeira vez na história, a Libertadores da América (vencendo o Boca Juniors por 1-1 na primeira mão e 2-0 na segunda mão). Enquanto isso, na Europa, o Chelsea vencia a Champions League contra o Bayern, por 4-3 nos pênaltis, após empate em 1-1 no tempo normal. Para passar à final do Mundial, passaram nas meias finais por Al-Ahly (1-0) e por Monterrey (3-1) respectivamente.
A finalíssima contou com as seguintes escalações: na equipa do Corinthians, Cássio, Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos. Ralf, Paulinho e Danilo. Emerson Sheik, Jorge Henrique e Paolo Guerrero (treinador: Tite). Wallace e Martínez entraram nos lugares de Sheik e Guerrero. Já na equipa do Chelsea: Peter Cech, Ivanovic, David Luiz, Cahill e Ashley Cole. Lampard, Ramires, Hazard e Juan Mata. Victor Moses e Fernando Torres (treinador: Rafa Benitez novamente). Azpilicueta, Marko Marin e Oscar substituíram Ivanovic, Hazard e Moses.
No primeiro tempo, um jogo que favorecia o Chelsea não resultou em boas chances criadas. A falta de qualidade técnica corintiana foi superada por vontade e uma dose tática de Tite. Aos 68′, em lance de falha defensiva do Chelsea, o Corinthians soube aproveitar. Boa jogada de Paulinho, sobra de bola para Danilo (sim, o mesmo vencedor do Mundial com o São Paulo) que chuta, e no rebote, Guerrero livre faz o clássico 1-0 que dá o título aos brasileiros. Cássio iguala Rogério Ceni, e se torna vencedor do prémio de Man of The Match, e a Bola de Ouro de melhor jogador da competição.
E você adepto, como comemorou a vitória do seu time no Mundial de Clubes? Se lembra de onde estava e como viu o jogo? Além disso, acha que alguma equipa brasileira chegará novamente à final do Mundial de Clubes? Isso porque a FIFA planeja alterar o formato da competição, trazendo mais equipas tanto dos outros continentes quanto da América do Sul e Europa para aumentar o torneio. Mas com a pandemia, esses planos foram postergados e a FIFA poderá adotar o novo formato daqui há alguns anos. O que esperar até lá?