Brasileirão chega à última rodada com os rebaixamentos definidos, será?

Renato SalgadoFevereiro 25, 20217min0

Brasileirão chega à última rodada com os rebaixamentos definidos, será?

Renato SalgadoFevereiro 25, 20217min0
Brasileirão 2020 já tem definidas três equipes rebaixadas para a Série B de 2021. Vasco tem situação praticamente impossível de evitar queda, e ser o último a confirmar o rebaixamento pela quarta vez em sua história. Clube ainda tenta virada de mesa!

Na útima rodada foi o Goiás, o Coritiba (na 37 rodada) e o Botafogo (na 34 rodada) já tinham também confirmado suas quedas. Agora resta apenas mais uma vaga entre os times que vão disputar a segunda divisão do futebol nacional em 2021 e o Vasco é o principal candidato. A Série B 2021 já tem 19 participantes confirmados: Avaí, Botafogo, Brasil, Brusque, Confiança, Coritiba, CRB, Cruzeiro, CSA, Goiás, Guarani, Londrina, Náutico, Operário, Ponte Preta, Remo, Sampaio Corrêa, Vila Nova e Vitória.

Botafogo

Para saber os motivos da queda do Botafogo, clique no link (https://fairplay.pt/futebol/botafogo-nega-passado-glorioso-e-projeta-futuro-tenebroso) e entenda como o time de General Severiano conseguiu ser rebaixado na 34 rodada do Brasileirão.

Foto: Matéria para o FairPlay, sobre a queda do Botafogo Brasileirão 2020

Coritiba

O Coxa teve seu pior campanha na história do Brasileirão: seis vitórias, dez empates e 19 derrotas. O aproveitamento foi de apenas 26,7%. A participação do Coritiba nessa edição da Série A foi de presença constante dentro do Z-4. Dos 35 jogos disputados até aqui, o Coxa só ficou de fora da zona de rebaixamento em três rodadas: 1, 6 e 7. A equipe alviverde ainda foi lanterna nas rodadas 3, 4, 5, 27, 28 e 29. A melhor posição foi a 14ª, na rodada inicial.
O Coxa seguiu a cartilha do rebaixamento com 23 contratações na temporada e quatro técnicos (Barroca, Jorginho, Rodrigo Santana e Gustavo Morínigo), além de três interino (Mozart, Pachequinho e Júlio Sérgio). O clube teve dois executivos de futebol (Rodrigo Pastana e Paulo Pelaipe). O Coritiba também teve que lidar com eleições no final do ano passado em meio à briga contra o rebaixamento. Renato Follador foi eleito para o triênio 2021/23 – o então presidente Samir Namur ficou em terceiro no leito. A nova diretoria até tentou reverter o cenário, mas pouco mudou com a chegada do treinador paraguaio Morínigo: uma vitória, quatro empates e duas derrotas.

Foto: MARLON COSTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO

O Coritiba amargou o sexto rebaixamento para a Série B em sua história e agora lidera, ao lado de América-MG e Vitória, o ingrato ranking dos clubes mais rebaixados do Brasileirão. Além da edição 2020, o Coritiba caiu para a Segundona em 1989, 1993, 2005, 2009 e 2017. Quem também deve chegar a seis quedas é o Goiás, que ainda tem esperanças de evitar o descenso. Outra marca negativa para o Coxa é que o clube também lidera o ranking dos mais rebaixados na era dos pontos corridos, ou seja, desde 2003. De lá para cá, já são quatro rebaixamentos (2005, 2009, 2017 e 2020), mesmo número de Vitória e Avaí.

Goías

Após um returno de retomada e de tentativa de salvação, o Goiás terminou a penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, neste domingo(21/02), com o status de clube rebaixado. Mesmo com somente uma derrota nos últimos seis jogos, o Esmeraldino não disputará a Série A na temporada 2021.O Goiás era último colocado do campeonato quando se iniciou a segunda metade da competição, o Alviverde tinha feito 12 pontos em 19 rodadas. No returno, a equipe chegou, até agora, aos 37 pontos, ou seja, mais que triplicou a pontuação. Mesmo assim, o Esmeraldino não se sustentou na Série A.

Vasco

Situação do Vasco é muito delicada no Brasileirão. Apesar de ainda não estar confirmado como o último dos times rebaixados para a Série B do Brasileirão em 2021, o Vasco da Gama tem grande chances de ficar com a indesejada vaga. Para escapar, o time cruzmaltino terá que derrotar de qualquer maneira o Goiás na última rodada e o Fortaleza deverá perder contra o Fluminense. Além disso, nestes dois jogos, o Vasco terá que tirar uma diferença atual de 12 gols em saldo favorável ao time cearense. Ou seja, o time carioca teria de vencer por 7 x 0 e o Fortaleza ser derrotado por 6 x 0, por exemplo. Algo bastante improvável.

Virada de mesa

Vasco obtém áudios do VAR em jogo contra Inter e eleva tom de pedido de impugnação do jogo. Se partida for anulada no STJD, cruz-maltino terá mais uma oportunidade de somar 3 pontos.
A última rodada do Campeonato Brasileiro 2020 é nesta quinta-feira (25), mas dependendo do resultado, o Vasco promete ir além, fora das quatro linhas, para reverter um virtual rebaixamento a ser confirmado nesta noite. O clube ingressou no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para pedir impugnação da partida contra o Internacional, no último dia 14. A partida foi vencida pelo clube gaúcho por 2 a 0, mas quando o jogo estava em 0 a 0, Rodrigo Dourado marcou de cabeça para o Colorado em lance que gerou grande polêmica, já que foi informado que o VAR apresentou problemas técnicos e não pôde apontar se houve impedimento ou não. O gol foi validado.

Foto: Reprodução/Premiere

Nesta quinta-feira(25/02), justamente às vésperas da rodada final, o Vasco obteve acesso aos áudios e vídeos da conversa entre os árbitros de vídeo. As imagens e áudios mostram grande confusão entre os profissionais e, por fim, a definição para marcação de gol sem qualquer apontamento que o justificasse. Em uma suposta decisão favorável ao cruz-maltino, impugnando a partida, o time carioca poderia ter a chance de ultrapassar a equipe cearense, caso a diferença na rodada de hoje não se ampliasse para 4 pontos.

Áudios da partida divulgados

“Acho que está um ombro à frente, hein Zé” – 1’00”

“O jogador que você vai ter que pôr a linha é esse primeiro aqui, ó” – a partir de 1’26”

“Flávio [árbitro de campo], lance bem ajustado. Segura aí, por favor” – 1’28”

“Eu acho que não vai ter como a gente colocar a micro [câmera]…” / “Põe a micro! Põe a micro só pra gente
ver!” – 1’36”

“Não pega [microcâmera não pega o lance]” – 1’45”

“Põe acima do gol” / “Não pega também. Não pega” – 1’53”

“É o 36 de branco (Graça) e o 13 de vermelho (Dourado)” – 2’07”

“Flávio, estamos procurando uma câmera para pegar os jogadores” – 2’14”

“Coloca o próximo e pode subir no ombro do 36″ – 2’17”

“A linha não está boa…A linha não ficou boa por causa da sombra que atrapalhou”. – 2’25”

Outro indaga: “Mas eu preciso pôr a linha, velho”

Operador: “A gente não tem a linha” “Não tem como pôr a linha?”

Operador: “Não tem”

“Flavio, é o Tiago falando. Estamos com dificuldades técnicas no momento. Segura um pouquinho, por favor”
– 2’49”

“Põe a linha onde der! Põe onde der, Paulo!” – 2’53”

Operador: “A linha está pegando a sombra do campo, entendeu? Não tem como” – 2’57”

A partir de 3’30” eles começam a definir uma linha

“Flavio, é a linha que não estamos conseguindo colocar, mas agora achou o momento certo de colocar a linha, tá bom?” – 3’44”

“É a linha que tinha sumido, mas agora apareceu. Eles vão colocar. Já vai
sair a informação”. – 3’53”

“Acho que vai ter que pôr um para trás. Vai dar impedido isso daí” – 4’00”

“Deixa eu explicar: tecnicamente a linha não está boa” – 4’45”

“É muito difícil ajustar isso daqui”

“A decisão é do campo”

“Flávio, gol legal! Gol legal!” – 4’33”

Aos 4’35”, árbitro informa aos jogadores que gol foi legal

“Deixa eu só fazer um comentário: Eu alertei sobre esse jogador que ele estava em posição…Faz a preventiva” – 4’48”

“Ta bom, ta bom, Danilo”

“Que você evita (edita?) isso…”

 


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