A fênix de (Bota)fogo
Ressurgindo das cinzas, como uma fênix, buscando voltar a ter a importância de décadas atrás. O Botafogo dos tempos de Garrincha, Jairzinho. Época dourada do futebol brasileiro e carioca. Quando o Botafogo era, de fato, campeão como afirma o hino hoje cantado por milhões de alvinegros de orgulho recuperado.
A chegada de John Textor, que adquiriu os direitos da SAF (Sociedade Anônima do Futebol, equivalente à SAD em Portugal) do clube significa mais do que dinheiro. É a volta da esperança de um torcedor que, durante vidas, não soube o que é ser feliz. Não soube o que é brigar por grandes coisas – e conheceu sofrimentos e decepções que pareciam não ter fim.
O alento
Uma história rica contada por décadas pelos maiores nomes de uma ou duas gerações. Quase encerrada por gestões ruins e afundaram uma instituição centenária no quase esquecimento. Tornaram o clube num figurante entre os pequenos do Brasil.
Foram quedas para a segunda divisão, uma gangorra entre a elite e aquilo que não deveria ser vivido por times com tanta história. Uma quebra no orgulho dos adeptos que, apesar de tudo, continuavam vestindo as cores alvinegras nas ruas e no coração.
Agora, com uma nova gestão e investimentos, a brasa voltou ao Botafogo. Uma fênix ressurgindo das cinzas de um passado recente que não faz jus ao distante. No sentimento das arquibancadas aos nomes que representam a instituição em campo.
Os passos
Mercado bombástico, jogadores de qualidade e um bom treinador. Título? Não é para 2022. O importante é restaurar a imagem Gloriosa de outrora, perdida na mente de todos. Existente apenas nos livros e contos que, de pai para filho, passam a tradição botafoguense.
Patrick de Paula foi destaque e fundamental num Palmeiras bicampeão da América. Um nome estrelado, com troféus em mãos e bola no pé. Condições de ser aquele que os adeptos querem ver.
Tchê Tchê bicampeão brasileiro, o ídolo Gatito e o queridinho da galera Niko Hämäläinen. Um plantel formado com um objetivo muito nítido: fazer uma Série A de qualidade e, acima de tudo, se manter na elite.
O futuro
É irreal pensar que em 2022 ou até 2023 o Botafogo vai bater de frente com Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras por grandes coisas. Mas esse não é o objetivo. A visão vai além dos próximos dois anos, é por décadas de briga. Reviver o que foi nos anos 50, 60 e 70.
E isso está funcionando. Os adeptos voltaram a sorrir, cantar e se orgulhar. Vibrar no estádio e ver o time ganhar.
No clássico carioca, foi bem e deixou o Flamengo pelo caminho. O bom Fortaleza e modesto Ceilândia também sofreram. 3 a 1. 3 a 0. Festa no Nilton Santos cujo nome relembra um dos maiores.
Do lixo, ao luxo. Com um novo líder e um novo velho sentimento. O sabor da glória desconhecido pelos mais jovens. Do triunfo. De esperar algo bom, saber que a briga agora é outra.
Confira clicando aqui, em detalhes, no portal do Botafogo, o anúncio oficial da mundança para SAF.
Os objetivos mudaram, o clube é o mesmo. A fênix que, renascendo, cresce.
Botafogo.
Campeão desde 1910 (ou 07).