Uma nova albiceleste se avizinha

Fair PlayJulho 23, 20235min0

Uma nova albiceleste se avizinha

Fair PlayJulho 23, 20235min0
O que poderá mudar na campeão do Mundo, Argentina, no futuro próximo? Analisamos a situação da albiceleste neste artigo

Artigo de Diogo Lopes sobre o futuro que se segue para a Albiceleste masculina

No seguimento do meu último artigo, importa aprofundar os fundamentos que me levaram a expressar o porquê de ser maioritariamente contra o regresso de Angél Di Maria (já com 35 anos) à Luz, especialmente não sendo contrapartida com a saída, efectiva, de Rafa e João Mário, e referir, quais são os jogadores que considero que virão a ocupar o espaço vagado por alguns dos actuais campeões do mundo.

Como referi, além do “efeito tampão” – debatido recentemente com pertinência do interesse do Zenit em David Neres – e custo de oportunidade, a tal alternativa não explorada, existe uma inerente dimensão estratégica que pouquíssimos clubes deverão contemplar quando definem as suas prioridades nos respectivos mercados de transferências: a análise da composição habitual das selecções e a possibilidade do jogador-alvo – ou alternativas ao mesmo – vir a integrar esse lote, se já não o fizer (que vamos assumir como sendo o caso para o propósito deste artigo).

Olhemos então para a selecção Argentina como exemplo:

De entre o lote de 26 jogadores que se sagraram campeões do mundo, espera-se que, no mínimo, 20 a 30% (5 a 8 jogadores) não venham a representar mais a selecção em competições vindouras.

Analisando a lista mais extensa de jogadores selecionáveis/opção, muitos deles na mesma faixa etária,  vislumbra-se estreias para além das já consagradas (este ano) de Alejandro Garnacho (15 de Junho) e Facundo Buonanotte (19 de Junho).

Tradicionalmente guarda-redes são, a par dos defesas (particularmente os centrais) os jogadores mais maduros de qualquer clube ou selecção. A albiceleste conta com: Emiliano Martinez (30) – titular indiscutível -, Walter Benítez (30), e Gerónimo Rulli (31).

No centro da defesa, Nehuén Pérez (de 23 anos; estreou-se a 24 de Setembro, 2022), Facundo Medina (24), e Leonardo Balerdi (24) deverão cimentar a sua posição, enquanto habituais convocados, ao lado de Cristian Romero (25) e Lautaro Martinez (25). Lucas Martinez Quarta (27), jogador do Fiorentina, pode também ambicionar um lugar de volta.

Do lado direito, a albiceleste já conta com um dos melhores laterais do mundo, Nahuel Molina, de 25 anos, assegurará provavelmente essa posição até, no mínimo, ao próximo campeonato do mundo, em 2026.

À esquerda, há espaço para novas entradas a médio prazo. Julian Aude (20) e Valentin Barco (19) ocupam a posição nos Sub-20. Lautaro Blanco (24), Malcolm Braida (26), Matias Melluso (25), Brian Aguirre (22), também são opções.

No meio campo, Enzo Pérez (22), Alexis Mac Allister (24) e Rodrigo De Paul (29), provavelmente continuarão a ser titulares-indiscutíveis, sendo que haverá alguma margem para novos integrantes face a menor “expressividade” de Guido Rodriguez (29) e do próprio Paredes (29), que se deverá manter nas contas de Scaloni até à Copa Sul-Americana. Na calha estará Máximo Perrone, do Manchester City, atualmente representante do Sub-20 albiceleste.

É a partir daqui que as opções se tornam mais interessantes. 

O já referido, jogador do Manchester United, Garnacho (19) deverá assumir a titularidade, mas não podemos descartar ainda jogadores como Ángel Correa (28), apesar de não parecer estar nas contas do seleccionador. Scaloni deverá contar com Nicolás González (25), da Fiorentina, recuperado de lesão e em destaque – utilização – nos recentes jogos-amigáveis.

Contudo, se contemplarmos a hipótese de Scaloni promover o jogo interior, para explorar e promover dinâmicas e competências de jogadores como Buonanotte (18), J. Correa (28), Dybala (29) e/ou Echeverri (17) – que, mais cedo ou mais tarde, não duvido que seja catapultado para este patamar, poderíamos ver uma Argentina em ruptura total com o modus operandi que nos habituou nos últimos anos.

Na frente de ataque, destaco Lucas Beltrán (22) – segura bem a bola e procura assistir quem esteja em melhor posição de finalização – e Alejo Véliz (19) – fortíssimo no jogo aéreo – internacionais Sub-20. Que se juntaram a Julián Álvarez (23), Lautaro Martinez (25), Giovanni Simeone (28) e os já referidos Paulo Dybala e Joaquin Correa – estes últimos tradicionalmente jogam atrás ou em apoio ao “9”. Não, não me esqueci daquele que foi apontado como alvo do Benfica e que reforçou a Lazio, Taty Castellanos (24).

A Argentina têm muitas e boas alternativas para as mais variadas posições. Gostaria de destacar também: 

Agora só nos resta aguardar e ver o que o futuro reserva, e esperar que ainda outros jogadores surjam… quem poderão ser?


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