À atenção dos Grandes: jogadores a seguir que se destacaram no Euro 2020
Estamos na fase mais apreciada por alguns adeptos, e certamente mais rentável para todos os canais envolvidos na comunicação relativa ao futebol. No mercado de transferências, são diariamente reportados interesses, contactos ou abordagens num número desmedido de jogadores por parte da imprensa desportiva, e os adeptos do desporto rei vão sonhando até ao final de Agosto com os craques que podem juntar-se ao seu clube.
Neste artigo falamos de alguns nomes que se destacaram no europeu e que poderiam ser reforços interessantes para os grandes portugueses.
Ludwig Augustinsson, lateral esquerdo, 27 anos
O lateral esquerdo sueco já foi outrora associado ao forte interesse do Benfica, e esse interesse pode reacender-se numa altura em que o Benfica conta apenas com Grimaldo para o lado esquerdo da defesa. No FC Porto o sueco também seria uma tremenda adição, e um upgrade claro a Zaidu.
Um lateral completo, que fecha bem o seu corredor e tem qualidade técnica e resistência para ajudar o ataque, dificilmente ficará em Bremen, não só pelo facto da equipa ter descido, mas por só ter mais um ano de contrato.
Dominik Livakovic, guarda redes, 26 anos
Custa a acreditar que ainda esteja no Dinamo Zagreb, um dos jogadores surpresa do Euro. Titular indiscutível na seleção croata desde 2018, Livakovic é um dos guarda redes que poderá a qualquer momento saltar para uma das principais ligas europeias, estando avaliado em 15 milhões de euros.
O Benfica parece ser a equipa com mais interrogações na baliza, pois Vlachodimos é dado como transferível, e Helton Leite parece não convencer totalmente. O croata é muito forte nos postes, e destaca-se pela velocidade com que fecha o espaço aos adversários quando os mesmos se encontram em situação de finalização, não sendo ainda de ignorar o seu jogo de pés. Um investimento certamente avultado, mas que garantiria um guardião e alto nível para os próximos 7/8 anos.
Tomás Holes, médio defensivo, 28 anos
Um dos maiores destaques e jogadores de uma nova e empolgante seleção checa. O médio do Slavia de Praga faz parte de uma forte geração da Chéquia que se vem afirmando na seleção (têm aparecido gerações muito talentosas com elementos nascidos 92, 93, 94 e 95, sobretudo), onde se destacam Coufal, Soucek, Jankto, Masopust ou Barak, não esquecendo a estrela Schick, este nascido em 1996.
Holes partia para o europeu quase como um mero desconhecido, mas foi dos mais utilizados no certame europeu, estando presente nos 5 jogos e marcando um golo. Um médio muito intenso, agressivo e rápido, que encaixaria como uma luva no meio campo de Sérgio Conceição, e que seria também uma boa alternativa a João Palhinha, por um preço certamente aceitável.
Glen Kamara, médio centro, 25 anos
Certamente um conhecido dos adeptos benfiquistas, pois Kamara defrontou os encarnados na ultima Liga Europa, ao serviço do Rangers. Uma das figuras da turma de Steven Gerrard, realizou uns impressionantes 90 jogos nas duas ultimas épocas, sendo um dos principais jogadores não só do emblema escocês mas da selecção finlandesa.
Kamara foi também o grande destaque da estreante Finlândia, a par do super guarda redes Hradecky. Filho de serra-leoneses, Kamara destaca-se pela enorme disponibilidade física (daqueles médios que parece estar em todo o lado, absolutamente incansável), técnica e capacidade de levar a equipa para a frente, capaz de jogar como médio mais recuado, mas mais à vontade sobretudo como “8”. Seria o box to box ideal para o Benfica, e um substituto muito interessante para João Mário.
Kristoffer Olsson, médio centro, 26 anos
Mais um interessante médio desta lista de jogadores, o sueco foi um dos destaques da sua seleção no europeu, e está certamente pronto para dar o salto para um patamar mais competitivo, algo que poderá não conseguir se continuar ao serviço do Krasnodar.
Muito dotado tecnicamente, intenso, rápido, e com muito critério com bola, Olsson é o motor da seleção sueca, e poderia ser muito útil em qualquer meio campo. Um 8 de raiz, pode fazer qualquer posição no meio campo, sendo que a sua velocidade e técnica permitem-lhe ser opção também para uma ala num 4-4-2. Um nome que certamente poderia chegar ao nosso campeonato por valores abaixo dos 10 milhões de euros.
András Schafer, médio centro, 22 anos
Foi uma das mais agradáveis surpresas da empolgante e apaixonante Hungria, e um elemento que joga ainda num campeonato de pouca pressão, ao serviço do Dunasjka Streda, ele que já fez parte dos quadros do Génova. Com apenas 22 anos, Schafer destaca-se pela intensidade que traz ao jogo, sendo um elemento que gosta de pressionar alto e de se juntar aos elementos de ataque na fase ofensiva.
Um elemento que estica o jogo, rápido e muito agressivo, que poderá em breve aparecer um contexto competitivo mais próximo da elite.
Karol Swiderski, avançado, 24 anos
Viu-se de repente com a responsabilidade de ser a “muleta” de Lewandowski no ataque polaco, devido às ausências de Milik e Piatek. E a verdade é que o avançado do PAOK foi dos elementos mais esclarecidos de uma seleção que nunca pareceu encontrar-se durante o europeu.
Swiderski é um avançado muito móvel, com técnica e capacidade de aparecer em todas as zonas do ataque, e a sua idade permite-nos acreditar que ainda poderá melhorar a relação com a baliza. Ainda assim, em duas épocas e meia na Grécia, apontou 31 golos e fez 11 assistências, em cerca de 100 aparições. Um elemento de futuro, certamente.