Portugueses a jogar pelo Mundo: André Simões, o “tanque” ao meio do AEK

Francisco IsaacNovembro 6, 20183min0

Portugueses a jogar pelo Mundo: André Simões, o “tanque” ao meio do AEK

Francisco IsaacNovembro 6, 20183min0
O AEK está de volta à Liga dos Campeões e André Simões é um dos porta-estandartes dos atenienses. O que sabes sobre o trinco formado no FC Porto?

Esta rubrica é direccionada a todos os leitores que queiram ficar a perceber quem são alguns dos nossos atletas a actuar fora-de-portas. De Espanha a Inglaterra, da Holanda à MLS, fiquem a saber um pouco mais sobre estes jogadores, em que liga podem observá-los, o que de bom têm e como jogam.

NA LOJA À ESQUERDA DO SIMÕES QUE ENCANTA ATENAS

Depois de 7 anos consecutivos a ganhar o título de campeão grego, o Olympiakos caiu no “fosso” de ficar em 3º, abrindo caminho para um novo detentor do troféu de futebol mais importante na terra dos Helenos. E nada melhor que um campeão para fazer jus à história da hélade como o AEK de Atenas. A formação ateniense realizou uma temporada soberba e no final arrebatou o seu 12º título de campeão, que lhe fugia desde 1994.

No meio deste sucesso todo, como sempre, esteve um jogador português que vingou no centro do terreno dos Énosis com muitos detalhes de requinte e outros tantos de pura manifestação física. Este jogador é André Simões, atleta formado nas escolas do FC Porto (emprestado a certa altura ao Padroense) e Leixões SC. Em 40 jogos possíveis do AEK, o médio actuou por 29 ocasiões, praticamente todas como titular, sendo que no final da época envergou a braçadeira de capitão do plantel treinado por Manolo Jiménez.

Saiu para a Grécia em 2015, depois de uma estupenda época pelo Moreirense em que marcou 6 golos e assistiu por 5 vezes os seus colegas de equipa, evidenciando um protagonismo bem interessante para um jogador que não acabou no radar de clubes como o SC Braga. Mediante o fim de contrato no emblema cónego, André Simões apostou numa saída para a Super Liga Grega e lá, como já dissemos, tem conquistado um papel importante.

Um trinco móvel, complicado de parar na recuperação de bola e que sabe combinar dureza física com inteligência no posicionamento, foi conquistando boas referências no AEK ao ponto de se afirmar como um titular (quase) indiscutível. A usa influência enquanto trinco vai muito para além do trabalho de “roubo” do esférico aos invasores no seu meio-campo defensivo ou à simples destruição de jogo ofensivo desses também.

André Simões é um jogador inteligente, com excelentes rotinas de jogo, munido de detalhes e pormenores muito similares ao internacional Rúben Neves do Wolves de Nuno Espírito Santo. Isto significa que sabe não só recuperar o controlo da bola como tem capacidade de metê-la nos espaços mais complicados possíveis de uma forma eficiente e rápida. Fecha bem os espaços, gosta de participar na organização do meio-campo e tem poder de comando, evidenciando-se como uma das peças fulcrais para o controlo de jogo do AEK.

Não desilude a nível físico, já que faz uso de uma passada larga, provando-se como um “bombeiro” de serviço nos momentos mais críticos a nível de rotura defensiva… é nisso que tem primado no AEK e assumiu total importância na caminhada até à fase-de-grupos da Liga dos Campeões. Fica também o registo de 120 jogos em três anos de serviço ao AEK, send 2018/2019 a sua 4ª época fora de Portugal.

Um trinco com cultura de jogo, capacidade de mudar o timbre de jogo com um bom passe pelo chão ou ar e que ostenta uma inteligência física no assumir da liderança do “miolo” do AEK. O médio de 28 anos vai agora ter direito à sua primeira experiência na fase-de-grupos da maior prova de futebol de clubes da UEFA.


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