O Baú de “Mister’s”: Ottmar Hitzfeld, Der General de Munique
A Alemanha sempre foi um país propício a atletas ou treinadores duros, rigídos, desprovidos, por vezes, de emoção e de grandes festejos, focados só no objectivo de atingir as metas traçadas pré-jogo/época. Seja Franz Beckenbauer, Gerd Müller, Jupp Heynckes, Udo Lattek, Dettmar Cramer, Hennes Weisweiler ou o saudoso Helmut Schön os germânicos sempre tiveram um Universo de grandes treinadores. A marca deixada por todos estes foi sem dúvida impressionante, com vários títulos europeus no “bolso”.
Mas houve e há um que deixou grandes saudades no futebol alemão, dotado de uma grande humanidade e de uma ambição espectacular. De quem falamos? Ottmar Hitzfeld. Um técnico com uma grande “costela” suíça, onde passou boa parte da carreira de jogador/treinador, deixa, ainda hoje, saudades eternas no futebol mundial.
Mas vamos por partes… quando e onde é que Hitzfeld nasceu para o futebol?
O GOLEADOR AMADOR QUE SÓ QUERIA JOGAR
Nascido em Lörrach, mesmo na fronteira entre a Alemanha e a Suíça, da geração do pós-2ª Grande Guerra (1949), Hitzfeld jogou sempre na sua cidade-natal, destacando-se como um avançado móvel, inteligente e rápido (um pouco mais baixo para a média de alturas na Alemanha com 1,76), singrou em equipas suíças no início da sua carreira de jogador.
O primeiro clube a nível sénior não foi alemão, mas sim suíço, aliás, um até que ficava muito perto de sua casa: Basileia. Para os curiosos, a distância entre Lörrach e Basileia é só de 18 Km’s, ou seja, um “saltinho” entre países! Hitzfeld aproveitou dessa forma para começar a golear equipas com o seu futebol cheio de visão e inteligência, surgindo bem dentro da área para desviar a bola para dentro da baliza.
No Basileia levantou por duas vezes o título de campeão da Suíça, mais uma taça, acompanhado sempre de golos e mais golos atingindo a meta dos 60 e isto numa altura que nos campos de futebol atletas profissionais e amadores jogavam juntos. Este é um pormenor muito importante para a história do Der General, pois é através do seu estatuto de amador que Hitzfeld vai participar nos Jogos Olímpicos como atleta da Alemanha.
Mas o ser amador não era para ter a possibilidade de participar nesse evento, não. Então porquê manter o amadorismo? É que Ottmar Hitzfeld via mais à frente e aproveitou durante os seus primeiros anos de carreira para tirar um curso em Matemática Aplicada. Um fast forward até 2007 e vemos o treinador a fazer alusão a esse capítulo da sua vida,
“Eu espero que ainda me lembre bem dos básicos da matemática aplicada ao futebol para tentar aplicá-los no jogo”.
Veremos mais à frente que o treinador alemão será atacado por algumas lendas do Bayern Munique devido ao seu approach matemático ao jogo. Mas voltemos à carreira de jogador, precisamente ao ano de 1972 quando o avançado Hitzfeld é convocado para a selecção olímpica da RFA treinada por Jupp Derwall, um dos maiores nomes do futebol alemão.
Nessa formação despontavam nomes como Manfred Kaltz ou Uli Hoeneß, composta maioritariamente por atletas amadores como já tínhamos referido. Nessa competição a RFA vai ate à 2ª fase-de-grupos perdendo o acesso à final devido uma derrota por 3-2 contra a RDA. Um jogo mítico para a altura (em 1974 será o pico desses confrontos entre ambas selecções), a RFA não consegue impedir que Eberhard Vogel desfaça a igualdade, com o médio a fazer o golo da vitória.
Hitzfeld pelo seu lado foi o 2º melhor marcador da RFA com 5 golos, atrás de Bernd Nickel, ficando na retina os tais atributos que iriam acompanhá-lo na sua vida no Mundo do Futebol. Depois de mais uns anos no Basileia aceita o convite para jogar no Estugarda. Die Roten tinham descido em 1975 para a 2. Bundesliga.
Na primeira temporada marcou uns quantos golos, só que não os suficientes para dar a promoção… que chegaria na temporada seguinte pela mão de Jürgen Sundermann, outro treinador lendário do futebol germânico. Na temporada de 1976/77 o Estugarda sobe de divisão (foi o melhor 1º classificado) com Hitzfeld a concretizar 22 oportunidades, assumindo-se como o 3º melhor marcador da divisão sul da 2. Bundesliga.
Até ao final da carreira, vai jogar por uma vez na Bundesliga, ao serviço do Estugarda, conquistando um espectacular 4º lugar, para depois regressar à Suíça, para se apresentar ao serviço do Lugano e Luzern. O registo oficial final de Ottmar Hitzfeld: 150 golos em 300 jogos, com várias honras para mais tarde lembrar.
Fica ainda um recorde que perdura na 2ª divisão alemã. Qual? O jogador com mais golos num só jogo: seis frente ao SSV Jahn Regensburg. Um ponta-de-lança com cadência para fugir aos defesas, delicado no momento de pontapear e inteligente nas movimentações, Ottmar Hitzfeld levou sempre muito a sério o seu estatuto de amador/semi-profissional durante toda a carreira.
O golo de Hitzfeld nos Jogos Olímpicos em 1972 frente à Hungria
E TUDO TEM UM INÍCIO…
Aos 34 anos de idade tirou as chuteiras e pegou na “prancheta” de treinador, assumindo o lugar de treinador do Zug 94 da 2ª divisão da Suíça, isto em 1983. O bom trabalho captou o interesse do Aarau onde viria a conquistar a Taça da Suíça (1985) para além de dois vice-campeonatos, algo que não era muito usual na formação sediada em Aarau.
A forma como os seus jogadores se mexiam dentro do terreno, organizados de uma forma irrepreensível e calculada, combinando bem a eficácia atacante e a saída “matemática” na defesa, foram alguns pormenores que levaram o Grasshopper a convidá-lo para o lugar de treinador principal no final da temporada em 1988.
Os “gafanhotos” estavam há quatro temporadas fora da luta pelo título de campeão da Suíça e as fracas prestações europeias eram duas preocupações da direcção do clube de Zurique. Hitzfeld era visto como um treinador objectivo, ambicioso e que conhecia o futebol helvético por dentro… ganhar o seu primeiro título de campeão seria só uma questão de tempo!
Se na primeira época só conquistou a Taça local (como nota, o Grasshopper fica em igualdade com o FC Luzern no Campeonato mas tinha menos dois pontos bónus que a equipa de Luzerna), logo na seguinte levanta o título de campeão. Futebol autoritário, lógico e ambicioso eram marcas do futebol de Ottmar Hitzfeld e o Grasshopper viria a beneficiá-los no futuro.
Foi com o treinador germânico que os suíços conseguiram atingir os quartos-de-final da Taça das Taças (já tinham o conseguido fazer na Taça UEFA, em 80/81, onde derrotaram, entre várias equipas, o FC Porto), isto logo no ano de entrada do treinador.
A construção da identidade futebolística de Hitzfeld tinha dado passos largos em Zurique e o bicampeonato, entre outros troféus, valeram-lhe uma chamada telefónica da Alemanha no Verão de 1991. De quem? Borussia Dortmund. O BVB desde 1976 que não conseguia chegar ao top-3 da liga alemã, tendo dificuldades em rivalizar com o Bayern de Munique, Hamburgo ou o Werder Bremen.
Esta vitória por 2-1 contra o Neuchâtel Xamax foi fundamental para o título de 90′ do Grasshopper
HÁ NOVO GENERAL EM DORTMUND
A direcção do Dortmund tinha outros sonhos e Hitzfeld era o comandante certo para levá-los a esse patamar. Durante os primeiros anos não houve “prata” no Museu, mas a lógica deste novo Borussia era criar uma equipa demolidora no espaço de uns anos. Entre 91 e 94, conseguiram terminar no top-5 da Bundesliga, com 1992 a ser o ponto mais alto, quando terminaram no segundo lugar com os mesmos pontos que o Estugarda… mas a diferença de golos e o confronto directo funcionou a favor do clube em que Hitzfeld ajudou a subir em 77.
Outro ponto alto e que pode ser significativo para o desfecho da história de Der General em Dortmund foi a excelente campanha dos alemães na Taça UEFA em 1992/1993. Foi a 2ª vez que Hitzfeld fez sentir o seu “punho de ferro” na Europa, com o tal futebol mecanizado, analítico e organizado que criava sérias dificuldades nos seus adversários.
No caminho derrotaram o Floriana (Malta), Rangers (Escócia), Saragoça (Espanha), Roma (Itália) e Auxerre (França). As meias-finais contra os franceses foram estupendamente recheadas de emoção, especialmente a 2ª mão.
Os alemães tinham conquistado uma boa vantagem por 2-0 em casa, mas iam-na perder logo na primeira parte, com uma entrada espectacular do Auxerre, onde Corentin Martins liderava um meio-campo formidável. Ottmar Hitzfeld conseguiu equilibrar o miolo de jogo, impedindo novas possibilidades de golo dos seus adversários, tentando, por outro lado, encontrar o caminho para a baliza.
Para apimentar ainda mais o encontro, Günter Kutowski leva com o 2º amarelo mesmo no final do tempo regulamentar, o que aplicou uma pressão extra no Borussia de Dortmund. E agora? Bem, a verdade é que aguentaram esta desvantagem levando o jogo para o prolongamento e penaltis. Aí a perseverança da sorte trabalhou a favor dos alemães que chegavam, deste modo, à final.
Nas duas mãos o resultado final foi desmotivador… sempre era a Juventus do outro lado do campo, a Vecchia Signora dos Baggio (não há relação familiar entre Dino e Roberto) e Möller, treinada por Giovanni Trapattoni, que “facilmente” resolveu a final com um 6-1 (3-1 e 3-0).
Esta derrota foi como uma lição para Hitzfeld, que sabia que era necessário algo mais para parar o cinismo e eficácia das formações italianas, em especial uma titã como a Juventus. O ano de 1993/1994 não houve grandes feitos para o Dortmund mas logo de seguida começavam os melhores anos de sempre do Borussia Dortmund. O bicampeonato foi conquistado entre 94 e 96, com a melhor defesa no primeiro título e o melhor ataque no segundo.
Despontavam nessa formação o enorme e munido de uma classe inesquecível Stéphane Chapuisat (um dos jogadores que seguiu da Suíça para Dortmund a pedido do treinador), Michael Zorc (campeão do Mundo com a RFA em 1990), o soberano e fantástico Andreas Möller (reforço sonante que chegou em 1994… Hitzfeld tinha-o topado na final contra a Juventus) ou rígido e virtuoso Matthias Sammer.
Esta formação do Dortmund era uma das melhores de sempre do futebol alemão, cheia de estrelas, pérolas, veteranos e outros jogadores com grandes valências. Chega ao ano de 1996 e talvez dos maiores feitos de sempre de Ottmar Hitzfeld: a conquista da Liga dos campeões. Depois de dois campeonatos e duas supertaças, o grande objectivo era tentar o ouro europeu.
Para tal chegaram alguns reforços de peso (e outros nem tanto): Paulo Sousa (aterrou vindo de Turim, onde tinha conquistado uma Liga dos Campeões na época transacta), René Schneider, Jovan Kirovski (lembram-se deste atleta dos EUA que viria a jogar no Sporting CP?), Jörg Heinrich, Paul Lambert (o actual técnico do Stoke City foi um dos atletas escoceses com mais sucesso no futebol) ou Wolfgang Feiersinger.
Com este elenco, o Dortmund ultrapassou com nota quase máxima a fase-de-grupos, rivalizando com o Atlético de Madrid (campeão em título de La Liga) o 1º lugar. A passagem à fase seguinte colocou a formação alemã frente-a-frente com uma formação conhecida: Auxerre. Desta vez não houve erros, com o Dortmund a desfazer-se rapidamente dos franceses com um total de 4-1.
Meias-finais frente ao enorme Manchester United de Ferguson, que tinha goleado o FC Porto na ronda anterior (4-0)… conseguira Hitzfeld fazer frente ao Fergie Time? No final das das duas mãos, os alemães apresentaram uma defesa inteligente e autoritária, tirando espaço de manobra a Cantona, Andy Cole e Ryan Giggs.
Quem os esperava na final? Novamente, a Juventus. A mesma Juventus que tinha sido “rapinada” de alguns jogadores que agora jogavam pelo Dortmund como Paulo Sousa, Julio César, Jürgen Kohler ou Andreas Möller.
Ao contrário do que se passara em 1993, o BVB não fraquejou, não tremeu e não duvidou de si próprio, era a hora de Ottmar Hitzfeld atingir o Olimpo dos grandes treinadores europeus. A Juventus de Zidane foi completamente dominada em campo, com o francês a ficar no “bolso” de Paul Lambert, com Paulo Sousa a esticar o jogo de uma forma espectacular. O ataque com Karl-Heinz Riedle, Chapuisat e Möller nas costas foi demolidor, sem que Peruzzi conseguisse esboçar uma baliza segura.
O 3-1 foi a confirmação que Ottmar Hitzfeld era um dos novos soberanos do futebol europeu, em que a sua lógica de jogo era exemplar, forçando os seus jogadores a querer pensar o jogo, a entende-lo quase como uma “ciência” mas sem perderem a ponta do risco e criatividade. Ao mesmo tempo “educava” os movimentos mais primários dos seus atletas assim como lhes pedia para aceitarem um papel a desempenhar no terreno de jogo.
O Dortmund viria a ganhar a Taça Intercontinental nesse ano, mas Hitzfeld já não constava no banco de suplentes do Borussia. Porquê? Tinha aceite o desafio de liderar o Bayern de Munique, o titã alemão que todos os treinadores sonham liderar.
A JUNÇÃO DE BONS ELEMENTOS CRIA UMA FÓRMULA PERFEITA
Hitzfeld substituiu a “Raposa Velha” Trapattoni no banco de suplentes, ficando-lhe incumbido a missão de conseguir um bicampeonato e, porque não, o título europeu. Na sua primeira passagem por Munique, levantou três Bundesligas, duas Taças da Alemanha e três Taças da Liga, castigando com força e potência os seus rivais. Juntou-se o útil (Hitzfeld) ao agradável (Bayern), ou seja, criou-se talvez uma das melhores parelhas do futebol mundial a par do United de Ferguson, o Barcelona de Pep Guardiola ou o Chelsea de José Mourinho.
Para além dos títulos e troféus nacionais, o Bayern de Hitzfeld chegou à final da Liga dos Campeões por duas vezes, às meias-finais, quartos e oitavos por uma vez em cada. O Bayern espalhava “medo” nos seus adversários e com o novo treinador ainda aumentou de tom esse sentimento. Na primeira época com o Hitzfeld os bávaros chegaram à aquela mal-fadada final contra o Manchester United. Lembram-se desse episódio?
Com uma vantagem de 1-0 desde os 6′, o Bayern estava tão perto de levantar o título europeu, algo que não o fazia desde 1976… e depois lá chegaram os minutos finais. Em dois minutos, Sheringham e Solskjær decidiram estragar a festa de Hitzfeld e, em especial, de Lothar Matthaus, o líbero que nunca viria a conquistar uma Liga dos Campeões apesar de uma carreira sensacional.
A desilusão e tristeza não beliscaram a ambição deste Bayern, para além de terem mantido sempre uma postura sempre série e correcta (vejam o vídeo no final em que Ferguson fala de um episódio com a equipa do Bayern passado um ano daquela final) que viria a colher frutos em 2001. Nesse ano, os bávaros voltaram à final e levantaram o título frente ao Valência de Hector Cuper (tinham perdido no ano anterior para o Real Madrid).
Na caminhada até à conquista do troféu, Hitzfeld construiu uma super-defesa que só consentiu 12 golos em 17 jogos, para além de nunca terem perdido em casa durante toda a campanha e, como curiosidade, as duas únicas derrotas foram contra formações francesas, o Lyon e PSG. Com Giovane Élber na frente de ataque (6 golos), o Bayern tinha uma das melhores equipas da Europa, derrotando o Manchester United, Real Madrid ou Arsenal.
A história de Ottmar Hitzfeld já vai longa e vamos apressar-nos a “fechar”. Hitzfeld acabaria por sair do Bayern de Munique em 2004, para voltar em 2007, conquistando o campeonato e a taça novamente. Nessa segunda passagem acabou por chocar com a administração bávara, em especial com Karl-Heinz Rummenigge. O antigo internacional alemão soltou algumas palavras venenosas após uma derrota com o Bolton para a Taça UEFA,
“Estou desapontado. Em frente ao nosso público tínhamos de meter o nosso melhor onze. Era uma vitória fácil e acabámos por perder… o futebol não é matemática!”.
O treinador que começou a carreira na Suíça, decidiu pôr fim ao seu tempo como treinador de clubes nesse ano de 2008, aceitando o cargo de guiar a selecção helvética. Fica para a história o facto de ter derrotado a Espanha no Mundial de 2010, a única derrota da Roja nessa prova (acabariam por se tornar campeões do Mundo).
Ottmar Hitzfeld agora descansa e aprecia a glória que atingiu tanto no Grasshopper, como no Dortmund e no Bayern, somando títulos atrás de títulos numa altura em que o futebol era mais “complicado” para os bávaros do que hoje em dia. Um dos ídolos de Jürgen Klopp (que viria também a conquistar dois campeonatos para o Dortmund, mas faltou-lhe a Liga dos Campeões) e de outros treinadores, Hitzfeld deu outro formato ao futebol, introduzindo algumas nuances “cientificas” ao jogo.
Lançou as bases certas para a Suíça começar a construir um futuro vencedor, tendo chegado aos oitavos-de-final do Euro 2016, para além de não falharem mundiais desde 2006 (já antes da entrada de Hitzfeld tinham participado no de 2006).
Gostava de fazer os seus jogadores pensar, incitando-os a procurar mais, a descobrir outros caminhos, a seguirem uma lógica real de jogo dentro de uma ordem pré-estabelecida que poderia sofrer alguns desvios. O irrascivel e “louco”, mas carismático Oliver Kahn descreveu desta forma o seu antigo treinador nos anos 2000,
“Ottmar Hitzfeld is the ultimate Bayern coach. He understands everything about football. He has the most modern methods and is very clever psychologically. He can handle the stars. He has everything a Bayern coach needs.”
Um professor de matemática, que foi formidável como futebolista amador, um líder que nunca se entregava ao desespero mesmo quando as coisas corriam mal e um “filósofo” prático do futebol moderno. Der General foi um dos grandes nomes do futebol alemão (e porque não Suíço) dos últimos 30 anos. Como nota, em 395 jogos pelo Bayern conquistou cerca de 238 vitórias, bem acima de Pep Guardiola e Jupp Heyncke.
As tais palavras de Ferguson sobre o Bayern de Hitzfeld