5 momentos insólitos/fantásticos/divertidos/improváveis do rugby

Francisco IsaacDezembro 23, 20206min0

5 momentos insólitos/fantásticos/divertidos/improváveis do rugby

Francisco IsaacDezembro 23, 20206min0
Um jogador ficou sem calções, outro passou a bola por cima de si, sendo estes dois exemplos de momentos insólitos do Planeta Oval que queremos desvendar neste artigo!

E que tal falarmos da parte mais divertida ou de episódios insólitos do rugby? Daqueles episódios caricatos e que acontecem uma vez (ou no máximo dos máximos, duas) numa época ou era e que vale a pena recordar, reviver e relembrar estes episódios diferentes mas altamente apaixonantes, cómicos e divertidos do Planeta da Bola Oval!

YOU’RE F****** BORING ME!

Corria o fim da temporada de 2019 e os Harlequins foram visitar o campo dos Exeter Chiefs, emblema que procurava resgatar o título de campeão depois de tê-lo perdido nos dois anos anteriores para os Saracens. Os Chiefs fizeram uso do seu jogo mais táctico, recorrendo sempre a uma velocidade extremamente moderada e, por vezes, mastigada para desacelerar o ritmo da partida, o que causou irritação na equipa contrária, já que esta vê-se sem bola e sem capacidade para tentar recuperá-la. Um dos estratagemas levados até ao extremo pelos Exeter Chiefs é o comboio junto ao ruck, técnica utilizada para dar espaço e tempo ao formação de poder pontapear a oval para longe ou para fora.

Só que depois de utilizar este estratagema durante várias jornadas dessa temporada da Premiership, chegou ao dia em que se depararam com os Harlequins do bad boy Joe Marler, que ao fim de alguns minutos tinha perdido a paciência para a esperteza e manha dos Exeter Chiefs. O pilar lançou uma farpa bem medida, que encaixou na perfeição porque naquele momento não se ouvia o público, estando presente um silêncio total no recinto de jogo. Joe Marler, um dos pilares mais icónicos do Hemisfério Norte do século XXI, consegue ser extremamente perspicaz num comentário a meio de um jogo: génio ou thug?

SHANE WILLIAMS, O FEITICEIRO GALÊS

Será Shane Williams um adivinho, feiticeiro, jedi (ou sith), vidente ou todas estas coisas em conjunto? O ponta que marcou uma era no rugby galês, que conquistou diversas Seis Nações e levantou uma série de títulos pelos clubes por onde passou, foi sempre responsável por conseguir fazer jogadas inacreditáveis, levantando o público das suas cadeiras para aplaudirem, somando ensaios estupendos e icónicos. Neste caso, a jogada escolhida é outra que não um sprint para o ensaio ou uma série de sidesteps que desequilibram potenciais placadores, e é sim um apanhar de um capacete a meio do ar, do nada e sem que ninguém o tivesse alertado da “chegada” de tal objecto junto das uas imediações. É ver o vídeo e perceber quais são os poderes místicos do travesso e genial Shane Williams.

BOD DOBRA AS REGRAS… E O ESPAÇO-TEMPO

Se um jogador atirar a bola por cima de forma deliberada e captá-la no momento seguinte, é ou não avant? Este tema já foi alvo de um debate intenso, com várias facções a afirmar que se um dado jogador perder o controle da bola no ar para a frente é avant, independentemente que a agarre na mesma antes de cair no chão, enquanto outros argumentam que o facto da oval nunca ter caído é suficiente para não ser considerado avant.

Mas, e retornando à conjectura inicial, e se um dado jogador, ou antes ser divino do rugby, fizesse um passe para si mesmo, atirando a oval por cima de si para a agarrar uns centímetros mais à frente, seria isto avant ou até uma falta? Sem mais rodeios, o lance aqui falado é o de Brian O’Driscoll num encontro entre o “seu” Leinster e o Ulster, com o centro a fazer uma travessura à defesa adversária sem que num primeiro (segundo e terceiro) momento alguém se apercebesse do que se tinha passado. É ou não um pormenor e momento magnífico, legal e inteligente de um dos melhores jogadores de sempre a passar pelos relvados da modalidade?

SE NÃO PODES GANHAR, JUNTA-TE A ELES!

Depois de sofrer um ensaio, qual seria a 2ª pior coisa que poderia acontecer a alguém? Bem, Aaron Cruden pode dizer que ser apanhado no meio do festejo da equipa adversária é talvez um dos piores cenários possíveis. Esta situação aconteceu ao abertura em 2016, num encontro dos seus Chiefs frente aos Highlanders e foi dos melhores momentos do recém-falecido Super Rugby, mostrando não só toda aquela energia, agressividade e génio, mas também a animação e positivismo que circulava em redor de cada jogo desta competição de franquias do Hemisfério Sul.

Voltando aos acontecimentos passados nesse clássico entre Highlanders e Chiefs, a formação da casa faz uma jogada daquelas típicas do rugby neozelandês, com um rendilhado de passes e apoios sensacionais, obliterando com a defesa contrária, com Dan Pryor a chegar até à linha de ensaio, lançando-se em grandes festejos. Cruden, que acompanhou a jogada até à área de validação sem que pudesse fazer nada contra a mesma, foi apanhado por Elliot Dixon (ex-All Black) e Ben Smith (um dos maiores All Blacks de sempre) num monumental abraço e lá ficou até conseguir fugir. Cruden riu-se, os Highlanders riram-se e por certo os adeptos dos Chiefs também soltaram umas gargalhadas mesmo tendo acabado por levar um (grande) ensaio dos seus rivais.

O LADO NEGRO DA LUA DE JONO LANCE

Em 2018, o abertura dos Reds à época, Jono Lance (agora jogador da Western Force) foi vítima de um ataque sem precedentes de um adversário, que o quis ridicularizar ao arrancar-lhe os calções à frente de milhares de pessoas… falando agora mais a sério, o nº10 da franquia australiana tentou escapar-se pela ponta e quando iniciou a fuga foi momentaneamente apanhado por Tevita Kuridrani, com o centro a exercer toda a força possível para parar o escape de Lance. Só que, e no meio deste início de sprint, Kuridrani só conseguiu agarrar nos calções acabando o abertura dos Reds por conseguir fugir, sem que antes parte do seu equipamento tenha ficado completamente obliterado, libertando uma lua cheia que ainda hoje deixa “saudades” no Super Rugby.


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