3 prendas no sapatinho para dragões, águias e leões versão 2024

Ricardo Lopes, Rute Ribeiro e Gonçalo Melo Ribeiro juntam-se para escolher três prendas que deviam chegar ao sapatinho do FC Porto, SL Benfica e Sporting CP neste Natal de 2024, com algumas surpresas escolhidas pelos autores do Fair Play.

Um mercado pacífico – Ricardo Lopes

O mercado de inverno na Europa serve geralmente para pequenas correções ou para começar um novo projeto, mas nunca acontece uma revolução, pelo menos ao nível de entradas. O Sporting procura passar por desapercebido no que diz respeito a vendas, com uma série de peças a ser pretendidas. Viktor Gyokeres é o nome mais falado, mas Ousmane Diomande, Geovany Quenda, Morten Hjulmand ou até mesmo Pedro Gonçalves podem deixar Alvalade, contando decerto com interessados um pouco por toda a Europa.

Somente Ruben Amorim prometeu que não viria ao Campo Grande contratar jogadores (é certo que o Manchester United vem às compras no verão) no mercado de janeiro, mas os restantes técnicos não fizeram tal promessa. João Pereira não arrancou com o pé direito a sua aventura, embora não tenha contado com algumas peças importantes, e perder elementos de qualidade não ajudaria na sua tarefa e na recuperação da boa forma que o Sporting vivia até ao começo de novembro.

Os leões deveriam sim fazer pelo menos um ataque ao mercado. É necessário completar o lote de médios, algo que já se previa no verão, face às lesões e sobrecarga de jogos. João Simões tem potencial, mas precisa de mais um ano na equipa B. Esse seria o investimento ideal que Frederico Varandas poderia fazer, não existindo a chance de resgatar Dário Essugo.

Não ficaria mal a chegada um novo ala esquerdo, com caraterísticas mais defensivas (de maneira a Matheus Reis se fixar a central), já que Maxi Araújo é potente na vertente ofensiva, mas fica a desejar quando a outra turma tem a bola.

Da Mudança da Direcção ao regresso de certas tradições – Rute Ribeiro

2024 foi um ano preenchido por toda a variedade de emoções para a nação portista, mas sem dúvida que é possível enumerar alguns acontecimentos que na minha ótica foram uma bela prenda para os adeptos no geral:

• A mudança de direção do clube. Não pensem que não sou grata por tudo o que o presidente Pinto da Costa fez pelo clube, mas também defendia há muito que ele deveria saber sair pela porta grande. Não vou tecer comentários sobre se o fez mas, para mim, a mudança de ares na direção foi uma boa prenda.
• O regresso aos segredos no mercado. A contratação de Samu foi uma agradável surpresa, ainda por cima tendo em conta que, com a existência do Fabrizio Romano, hoje em dia sabemos sempre tudo antes de qualquer oficialização por parte dos clubes. Desta vez, AVB soube fazer bem a coisa e asseguramos o jogador que neste momento conta já com 16 golos e 2 assistências em 20 jogos ao serviço dos Dragões.
• Para terminar, aquela que é notícia ainda fresquinha – o treino de Ano Novo aberto a todos os adeptos está de volta. 8 anos depois, vai ser possível retomar a tradição.
• Esta é um extra em tom de brincadeira e não me levem a mal caros adeptos do Sporting, mas a saída de Ruben Amorim do vosso clube, é obviamente uma espécie de prenda para qualquer adepto dos rivais diretos.

André Villas-Boas é o novo presidente do FC Porto.
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— FC Porto (@FCPorto) April 28, 2024

Tomás Handel – Gonçalo Melo Ribeiro

O médio do Vtória SC tem sido apontado à saida há alguns meses, e numa fase em que o meio campo do Benfica parece acusar alguma falta de frescura, o jovem internacional sub21 português pode ser uma solução bastante interessante.

Handel tem sido um dos esteios da turma de Rui Borges, destacando-se pela sua enorme qualidade com bola e facilidade na ocupação de espaços.

É um jogador habituado a jogar como médio mais recuado, um 6 no papel, mas a sua visão de jogo e capacidade com bola tornam  o jogador de 24 anos num médio muitissimo completo, capaz de desempenhar funções de todos os tipos no meio campo.

No lote de médios que o Benfica possui de momento, parece faltar um jogador que paute melhor os ritmos de jogo da equipa, e que saiba temporizar e acalmar o jogo em certos contextos e cenários (Kokcu apesar da sua qualidade, eclipsa-se de forma recorrente e tem alguma tendência em partir o jogo).

Juntando todos estes fatores, não esquecendo o facto do Benfica necessitar de jogadores formados localmente e ainda ter um médio constantemente lesionado, tornam o interesse em Tomas Handel totalmente legítimo e coerente.

O valor de mercado do jovem médio é de 10 milhões de euros, sendo que o contrato do mesmo termina em 2026, pelo que restam dois mercados de transferências para o Vitoria conseguir um encaixe com o jogador (se o mesmo não renovar, claro).