3 Clubes de diferentes modalidades que foram destaque em 2020

Fair PlayDezembro 30, 20205min0

3 Clubes de diferentes modalidades que foram destaque em 2020

Fair PlayDezembro 30, 20205min0
Que clubes é que podemos considerar com os "reis" em 2020? O Fair Play escolheu um trio que dominou em cada um dos seus "mundos" e podes ler aqui

2020 teve a sua franca quantia de clubes que dominaram desportivamente dentro do campo (seja ele de relva, chão, madeira ou outro material) e o Fair Play escolheu três equipas que impuseram os seus galões, galgaram vitória atrás de vitória até atingirem os seus principais objectivos… somar títulos e dominar a competição!

Fica a saber quem são as nossas 3 escolhas e as razões por termos optado por cada um destes clubes aqui assinalados!

BAYERN MUNIQUE (FUTEBOL)

Por José Nuno Queirós

Falar em 2020 a nível futebolístico, obriga-nos a falar do Bayern de Munique, que é para mim um dos clubes do ano.

Os bávaros foram demolidores e conquistaram, pela segunda vez na sua história, o triplete ao vencerem a Bundesliga, a Taça da Alemanha e a Champions League em Lisboa. Num ano excecional que confirmou ainda mais a equipa alemã como hegemónica no seu país e uma das melhores do mundo, o Bayern recuperou a identidade de outros tempos de um futebol rápido, vertical e de pressão elevada e que não descansa com qualquer resultado, procurando sempre marcar mais golos.

Numa equipa que voltou a ter em Manuel Neuer um muro na baliza e que confirmou ainda mais o estatuto matador de Lewandowski, ao ponto de tornar o polaco no melhor jogador do mundo neste ano civil, o Bayern de Flick não deixou dúvidas a ninguém de que voltaria a conquistar tudo no futebol alemão.

Para além de tudo isto ainda começou a nova época com a conquista da Supertaça alemã e Europeia, garantindo todos os títulos possíveis em 2020!

Pelo meio ficam as notáveis exibições frente ao Borussia Dortmund onde conseguiu sempre ser superior e a humilhação que deu ao Barcelona na Champions League, antes de derrotar os milionários do PSG na final. Tudo isto foi ainda feito sem cometer loucuras de mercado, mantendo a base forte de largas épocas e tendo contratações cirúrgicas e quase sempre “low-cost” para colmatar as inevitáveis saídas.

2020 acabou em grande e o ano de 2021 só perspetiva novos e mais sucessos, como tem sido hábito.

EXETER CHIEFS (RUGBY)

Por Francisco Isaac

Num ano atípico (já leram esta conjugação de palavras repetidamente, e pedimos desculpa por tal) para todas as modalidades, o rugby foi das que sentiu inicialmente mais dificuldades em termos de reestruturar os calendários, sem esquecer as dúvidas em relação às regras de jogo e regulamentos, tendo tudo sido ultrapassado com clareza, assertividade e confiança. Se o Hemisfério Sul reabriu a temporada, com o Super Rugby Aotearoa e AU, foi o Norte que encerrou a época 2019/2020, com a realização da Heineken Champions Cup.

A competição que reunia os melhores clubes das três principais ligas de rugby europeia – Pro14, TOP14 e Premiership -, conseguiu realizar todos os seus jogos, sem interrupções, levando a que no final tivéssemos um embate entre os sempre candidatos Racing 92 e, os falsos-underdogs, Exeter Chiefs. Ao fim de 80 minutos (quase 84, porque houve um erro de comunicação entre o árbitro do encontro e o TMO), os ingleses acabariam por levantar o título e somar a sua primeira dobradinha, naquela que fora a sua primeira final numa prova internacional de clubes, um marco ainda maior quando nos recordamos que os Chiefs subiram para a 1ª divisão inglesa em 2010.

Num dos projectos mais bem trabalhados da última década, seja ao nível de infraestruturas, da formação do plantel sénior ou da sua academia, os Exeter Chiefs foram totalmente dominantes em 2020, já que nunca perderam a liderança durante a fase-regular da Premiership, mantendo a mesma bitola de excelência na fase-final, somando ainda o facto de terem sido campeões europeus sem qualquer derrota registada na fase-de-grupos.

Rugby duro e eficaz, trabalho pormenorizado, fisicalidade ditatorial e uma capacidade de sobreviver à pressão, independentemente de quem é o adversário.

LA LAKERS (BASQUETBOL)

Por Rui Mesquita

Para a NBA, 2020 foi o ano da bolha. Durante a época as equipas melhor classificadas juntaram-se na Disney em Orlando para, em segurança, acabarem a temporada. Os Lakers eram um dos favoritos depois de juntarem Anthony Davis a LeBron James, mas não eram os únicos favoritos e o que é certo é que, na bolha, foram a equipa mais dominadora e competente. Limparam as 4 séries até chegarem ao título em 5 jogos e parecerem sempre a melhor equipa. Uma hegemonia em Orlando que os Lakers querem trazer para a nova época que já arrancou.

O registo de perderem apenas 1 jogo em cada série é imponente, mas a forma como o fizeram foi ainda mais. LeBron e Davis mostraram ser, de longe, a melhor dupla da NBA. Complementam-se na perfeição e são 2 jogadores do top 5 da Liga atualmente. O resto da equipa completou a qualidade das estrelas e o treinador Frank Vogel mostrou estar à altura do desafio e levou a equipa até ao tão desejado título.

2020 foi um ano absolutamente histórico e marcante para os Lakers, nem sempre pelas melhores razões. A conquista do título foi o espelho do domínio da NBA, mas foi ainda mais histórico porque colocou os Lakers empatados com os Celtics como equipa com mais títulos da Liga: 17. Em sentido totalmente oposto está a morte de Kobe Bryant que chocou o mundo e os Lakers de forma especial. Uma das lendas do clube partiu cedo de mais e este campeonato foi, claro, totalmente dedicado a ele.

2021 pode também ser histórico para os Lakers, já que mais um título faz a equipa de Los Angeles ultrapassar os rivais de Boston. E é bem possível que aconteça já que os Lakers se reforçaram-se bem e continuam com a melhor dupla da Liga. É esperar para ver.


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É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


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