3 carvões no sapatinho para dragões e águias versão 2024
Nem todos os presentes são do melhor e, por isso, escolhemos três pedras/carvões que têm de ser retirados do sapatinho do FC Porto, SL Benfica e Sporting CP para ajudar a equipa a subir de patamar ou simplesmente deixar o clube a respirar melhor.
O carvão que ninguém queria no sapatinho – Rute Ribeiro
Infelizmente, nem só de dias felizes têm vivido os portistas e a atual situação em termos de exibições em campo deixa muito a desejar:
- Perdemos contra os 2 rivais diretos na primeira volta do campeonato, sendo que a derrota contra o Benfica na Luz foi bem pesada.
- A nossa prestação na Liga Europa está muito aquém daquilo a que estamos habituados. Somos um clube de Champions e neste momento nem na segunda competição europeia de clubes mais importante estamos a conseguir mostrar resultados positivos – temos neste momento 8 pontos em 18 possíveis.
- A eliminação extremamente precoce da Taça de Portugal foi um choque para a massa adepta portista. Somos os atuais vencedores da prova e acabamos eliminados na quarta ronda contra o Moreirense.
- Por fim, mas o mais importante, a nossa posição atual na tabela do campeonato. Somos um clube que só pode ambicionar ser campeão e por isso, tudo o que não seja estar em 1.º na tabela não agrada a nenhum portista.
Vangelis Pavlidis – Gonçalo Melo
Parece unânime, Pavlidis é o elo mais fraco do 11 base de Bruno Lage esta época.
O avançado grego parece um corpo estranho, comete erros atrás de erros, tanto de finalização como de posicionamento (a quantidade de vezes que é apanhado em fora de jogo ou que impossibilita os colegas de o servirem por estar claramente à frente do ultimo defesa são no minimo absurdas), e nem o seu trabalho sem bola parece ser suficiente para convencer o terceiro anel da Luz.
Em final de contrato com o AZ, Pavlidis custou quase 20 milhões de euros ao Benfica. Desde que Gonçalo Ramos saiu, o Benfica já gastou 20+5 milhões em Arthur Cabral, 18 em Marcos Leonardo e 18 em Pavlidis, e parece preparar-se para gastar mais 20 em Zeki Amdouni no proximo verão.
Ora fica aqui notório que o Benfica não tem qualquer critério na aquisição dos seus avançados, pois olhando ao detalhe, todos estes jogadores parecem ter caracteristicas totalmente diferentes.
Voltando ao grego, soma apenas 6 golos em 22 jogos esta temporada. Numeros bastante fracos quando comparados com os pontas de lança dos rivais FC Porto e Sporting, e ainda mais fracos parecem ser quando Amdouni, que soma sensivelmente menos 1000 minutos nas pernas, apresente o mesmo número de golos. Vai o Benfica continuar a errar numa posição fulcral, onde já vimos enterrar dinheiro em nomes como Raul de Tomas, Carlos Vinicius, Nicolás Castillo ou Casper Tengstedt?
Os maus adeptos do clube – Ricardo Lopes
O FC Porto é um clube de uma exigência máxima, que procura vitórias em todas as competições, seja no futebol ou nas restantes modalidades. Tudo isto foi alimentado na era de Pinto da Costa, que criou um ‘pequeno monstro’, com o seu discurso do centralismo (que ele e poucos mais conseguem ver).
Os tempos mudaram e a realidade da equipa principal de futebol está longe da de ser com André Villas-Boas enquanto treinador. O agora dirigente tem a missão de recuperar o emblema do Dragão de uma crise sem precedentes, alimentada pela anterior direção, e os objetivos terão que ser maiores e deixar de pensar a curto prazo, pelo menos para já.
É óbvio que o FC Porto tem um plantel inferior ao dos rivais, um técnico a viver a sua experiência, num claro ‘ano zero’, que nunca foi assumido, naquele que foi um dos maiores erros de André Villas-Boas. Porém, os aficionados deveriam ter consciência disso, e apoiar os jogadores, que procuram sempre a vitória. Tarjas e assobios não ajudam em nada a situação, até porque a equipa se encontra a lutar pelo título, quando praticamente conta com um bom onze inicial e dois ou três suplentes de qualidade.
Maus adeptos existem em todos os recintos, da Primeira Liga até à última Distrital. Contudo, esperava-se mais paciência por parte das bancadas do Dragão, já que acredito que os adeptos têm consciência que não se vive uma geração de ouro, mas quer-se chegar a tal.