Gabriel Pop. “A ER Galiza será sempre a minha 1ª casa”
Gabriel, fizeste para da convocatória de jogadores ue foram ao Mundial “B” de sub-20. Foi muito duro a preparação?
Os treinos foram muito duros fisicamente e mentalmente, a época acabou relativamente cedo pelo que tivemos um tempo sem tocar numa bola de rugby e claro como todos os jovens aproveitar um pouco a praia e descuidar um pouco da parte física. Eu propriamente continuei sempre a trabalhar pois tinha medo de ficar no “fat club” que seria para os jogadores que não tinham os valores de “Bronco” dentro da sua média.
Como é que a equipa respondeu perante o desafio apresentado pela equipa técnica comandada por Luís Pissarra? Sentiste-te bem durante todo o processo?
Tivemos uma reunião no início de junho e o Lois apresentou-nos os planos para julho, seria duro, muito duro, 3 semanas intensas e com pouco descanso. Logo aí alguns jogadores desistiram pois não queriam “perder o seu Verão” nos treinos, alguns continuaram mas foram desistindo durante os treinos. A maior parte da equipa mostrou interesse e continuou a trabalhar e a lutar pelo lugar até ao ultimo momento .
O quão é importante para ti fazer parte deste elenco de jogadores?
Para mim era muito importante fazer parte do elenco pois no último ano fiquei fora da equipa que disputou os 2 Europeus e o Mundial porque não consegui conciliar os estudos com o rugby, falta de empenho meu e por lesões. Este ano esforcei-me ao máximo e todo esse esforço valeu a pena.
Algumas lesões impossibilitaram-te de marcar presença nos Europeus anteriores de sub-20 mas agora estás no máximo das tuas capacidades. O que trouxeste à Selecção Nacional?
Andei com uma pubalgia durante a época passada o que me impossibilitou empenhar me ao máximo tanto no Cascais como na Seleção Nacional. Agora recuperado procuro focar-me a 100% neste Mundial, trazer ainda mais animo a equipa e procurar dar o melhor de mim em cada minuto que jogar.
Hoje em dia jogas no GDS Cascais, sendo que começaste a praticar rugby na ER Galiza. O que destacas da Galiza e tens saudades desse tempo?
A Galiza é e será sempre a minha 1a casa, não procurando ganhar títulos como outros clubes mas sim formar pessoas e jogadores, tenho saudades de jogar com os meus amigos de infância e do ânimos dos treinadores e colegas nos treinos e jogos.
Lembras-te quem foram os teus primeiros colegas de equipa? Quem é que ainda joga contigo hoje em dia?
Lembro-me perfeitamente, comecei a jogar com 8 anos e desde então fui fazendo muitos amigos mas quem ficou sempre na mente e no coração foi o Zé Vieira que muitos jogadores da nossa idade o conhecem pela sua dureza nas placagens e o Afonso Carreira que me acompanha tanto no Cascais como na seleção.
Foste um dos primeiros produtos de sucesso dos Jaguares, a fusão entre ER Galiza e St. Julians. O que destacas dessa parceria entre os dois clubes?
Desde pequeno que gostava de jogar contra St Julians pois havia uma certa rivalidade sendo 2 clubes da zona queríamos sempre ver que era o melhor.
Quando juntamos as equipas o ânimo aumentou, 2 clubes rivais se juntam, o melhor de cada clube numa só equipa prometia algo. Subimos para a 1a divisão e o nível aumentou, a seriedade nos treinos e nos jogos era outra como tal evoluíamos mais como jogadores. Essa parceria é muito boa pois da a oportunidade aos jogadores da Galiza e do St Julians de jogarem num campeonato competitivo e de os preparar melhor para a subida ao escalão Senior.
Porquê o Cascais? Foi só motivação geográfica ou o clube sempre te atraiu?
Sempre fui um admirador do prof Tomaz Morais e com ele no comando do Cascais no mesmo ano em que eu subia para o escalão sénior e querendo eu um nível mais competitivo decidi fazer tal mudança.
És um atleta que facilmente joga a qualquer uma das posições do três-de-trás, mas qual é que gostas mais: defesa, ponta aberto ou ponta fechado?
Durante os meus 2 anos de Jaguar´s joguei a 10/12/13/15 e gostei sempre de 13 e 15. No Cascais sendo eu Senior de 1o ano comecei como defesa na Challange , jogando também alguns jogos a 13. Gosto mais de jogar a 15 mas com o método de defesa dos sub-20 que é de fora para dentro gosto de jogar a 13.
Tens facilidade em jogar ao pé, és rápido no contra-ataque, bom placador e finalizador… o que te falta para chegar a um patamar mais cimeiro?
Acho que me falta um pouco mais de velocidade e mais uns 3/4 kg em cima.
Trabalhar com o Tomaz Morais, fácil ou desafiador? O que aprendeste com o antigo seleccionador nacional?
Para mim foi um desafio pois subi ao escalão sénior e não estava habituado a treinos tão duros e intensos. Aprendi a ter calma nos momentos importantes e não ir abaixo quando algo corre mal.
Gostavas de jogar fora de Portugal ou o teu objectivo é ficar por cá?
Gostava sim, o meu objetivo era um dia jogar pelo Baia-Mare ex-campeão nacional da Roménia.
Achas que o Cascais tem possibilidades de ser Campeão nos próximos anos? Quem destacas dos teus colegas?
O Cascais tem evoluído muito nos últimos anos e não duvido que sejamos campeões nos próximos anos. Dos meus colegas destaco o António Vidinha pela forma como ele consegue liderar e acalmar os jogadores durante o jogo e o Nuno Mascarenhas pelo animo que ele tem dentro e fora de campo.
Ponta ou defesa preferido a nível internacional? E o teu jogador-exemplo em Portugal?
Leigh Halfpenny e Diogo Miranda
És mais de fazer um sidestep perante dois adversários e fugir para o ensaio ou de meter um gruber e apanhá-lo uns bons metros à frente?
Meter um gruber e apanhá-lo uns metros a frente
Se pudesses jogar lá fora, que campeonato seria?
Gostava que fosse no campeonato Romeno ou no Inglês
O que tens a dizer aos nossos adeptos nacional, aos adeptos do Cascais e os teus antigos colegas dos Jaguares?
Aos adeptos nacionais gostava de pedir para continuarem a ver ir ver os jogos não só os jogos grandes mas os pequenos também pois só assim o rugby conseguira evoluir, aos adeptos do Cascais agradecer o apoio que nos tem dado durante o tempo todo e aos meus antigos colegas dos Jaguares dizer que tenho imensas saudades de jogar ao vosso lado.