José Mourinho parece estar de pedra e cal no SL Benfica, e Ricardo João Lopes explica o que o treinador pretende no próximo Mercado de transferências
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Será que Roberto Martínez estará a escolher os melhores? Uma leitura ao momento da selecção nacional neste artigo do Fair Play
O futebol de formação, seja no feminino ou no masculino, é a etapa mais importante e determinante na vida de qualquer praticante da modalidade, quer seja pelo facto de ser nesta etapa em que lhes são ensinados os princípios básicos do futebol, e em que é fomentado o amor e paixão pela modalidade, como, e talvez mais importante, pelo facto de ser neste momento do seu desenvolvimento afetivo e emocional que a sua personalidade se começa a formar, e começam a adotar os comportamentos que testemunham pelas figuras de “autoridade” que as rodeiam.
O futebol de formação no feminino está ainda em desenvolvimento e, em muitos casos, a dar os primeiros (pequenos) passos. São cada vez mais os clubes que apostam na formação das atletas femininas, mas muitos ainda de forma insegura e pouco estruturada. Sabemos que o futebol de formação está “refém” da boa vontade dos seus intervenientes, dada a forma como a formação ainda é vista no nosso país – uma necessidade, mas não uma prioridade. No feminino, isto não é exceção, e é até ainda mais difícil atrair e fixar recursos humanos (treinadores, diretores, massagistas, etc.), estando os clubes dependentes do esforço e dedicação, muitas vezes hercúleo, dos seus membros, desde os pais, que assumem posições de diretores e até treinadores e massagistas, aos treinadores. No entanto, considero que é muito importante não cair na tentação de que “o que vem à rede é peixe” e saber selecionar as pessoas certas, para os cargos certos, no futebol de formação, pois além de formar desportivamente, estamos a ter uma influência direta na formação da personalidade de inúmeras crianças, e essa é uma enorme responsabilidade.
Todos nós, quer estejamos envolvidos ou não em clubes, já testemunhámos ou ouvimos histórias sobre pais, treinadores, diretores, que ofendem árbitros, que ofendem outros treinadores ou pais, e, mais grave, que ofendem ou dão ordens para agredir (o famoso “parte-lhe uma perna”) jogadores (crianças) adversários. Estas atitudes de falta de respeito, desportivismo e educação, por parte dos adultos, contagia largamente as crianças que assistem a estes momentos jogo após jogo, levando-as a sentir legitimidade para replicar esses comportamentos em momentos de maior pressão. Além dos comportamentos “expostos ao público”, perduram também comportamentos antiéticos nos bastidores, invisíveis a olho nu, mas que impactam negativamente quem tenta agir de forma correta. Podia enumerar várias atitudes de bastidores, como por exemplo, o contacto direto com atletas menores, vinculadas a clubes, ainda durante o decorrer de épocas desportivas, com o intuito de as aliciarem para outros projetos desportivos, com falsas promessas e manipulações. Será isto correto?! Manipular crianças prometendo-lhes “mundos e fundos”, só para conseguirmos ganhar jogos, ou por planos mesquinhos de vingança para com outros clubes?! Por outro lado, também nos “bastidores”, as pressões de “vencer, vencer, vencer” que são colocadas sobre as atletas, muitas delas com 11, 12, 13 anos, são absurdas, e levam muitas vezes a que os próprios treinadores condicionem o desenvolvimento de jovens que, numa determinada faixa etária, estão menos aptas e desenvolvidas, em prol do “resultadismo” e da vitória.
A minha ainda curta carreira como treinadora tem-me ensinado muito – o que fazer, como agir. Mas, acima de tudo, tem-me ensinado como não agir! Sou sempre fiel aos meus princípios e valores, e considero que o respeito pelo outro, a empatia e a ética desportiva são essenciais para o desempenho das minhas funções, e para o sucesso do futebol no feminino. Considero que, no geral, os clubes estão a tentar replicar demasiadas atitudes e posturas que são vividas no futebol masculino, e que tal não trará sustentabilidade e saúde à modalidade no feminino. Devemos sim replicar o que é bem feito, e deixar do outro lado da porta tudo o que seja negativo – ofensas verbais e físicas, hiper competitividade, intolerância ao erro, contactos diretos a atletas ainda vinculadas a clubes, tentativas de destruir os projetos existentes para conseguir ter sucesso no seu, etc., não têm espaço no desporto, e é preciso agir enquanto ainda é tempo!
É essencial saber selecionar os atores nesta história, conseguir formá-los e criar um ambiente mais saudável dentro do futebol feminino, para que nãos e comentam os mesmos erros que se cometeram no futebol masculino, e para que o ambiente desportivo seja um ambiente seguro para cada atleta crescer e viver! Neste âmbito, torna-se essencial existir um maior controlo e acompanhamento por parte das associações distritais de futebol (não basta aparecer nas finais das taças), que devem agir sempre que necessário, alertando, formando ou até punindo os intervenientes que ajam de forma incorreta. O ambiente desportivo tem que ser seguro, saudável e feliz, e para tal, é necessário que as pessoas que nele desempenham funções, também transmitam segurança, saúde e felicidade, dando espaço a que cada criança seja a sua própria pessoa, e se desenvolva ao seu ritmo.
É imperativo entender que, no futebol de formação, não é o treinador ou o diretor quem tem de sobressair – são as atletas! O futebol de formação é delas, para elas! São elas que têm os sonhos, são elas que têm de ter sucesso e, acima de tudo, são elas que têm de se sentir felizes!
Temos de ter noção de que temos nas mãos os sonhos de dezenas de crianças! Crianças inocentes, que só querem divertir-se com uma bola nos pés, e o seu grupo de amigas! Vencer é importante, formar a vencer é muito mais fácil do que formar a perder, mas não vale tudo para ganhar!
O Gil Vicente veio com tudo para esta edição da Liga Portuguesa e segue em grande forma com 13 pontos em 18 possíveis neste arranque de época.
A formação barcelense orientada por César Peixoto apresenta um futebol atrativo e convincente que assenta numa ideia de posse, construção pelo solo e uma forte atitude defensiva. Prova disso são os números com a equipa gilista a conseguir manter a baliza a zeros em 5 dos 6 jogos realizados, apesar de ter defrontado Braga, Moreirense e Famalicão!
Se retirarmos da equação a única derrota (e diga-se merecida) com o FC Porto, o Gil Vicente largou apenas pontos na deslocação a Famalicão, onde foi superior à equipa da casa que somava por vitória todas as partidas disputadas até à data, tendo desperdiçado diversas ocasiões para marcar.
Mas a grande montra deste Gil estava reservada para Braga onde dominou a equipa bracarense na primeira parte, onde o marcador até podia pecar por escasso ao fim de 45 minutos. Uma exibição que fez corar de vergonha os muitos adeptos bracarenses que se fizeram ouvir com assobios e pedidos de demissão para o seu técnico, completamente impotente para quebrar a solidez da equipa de Barcelos.
Pelo meio uma vitória contra o surpreendente e também muito bem orientado Moreirense, de Vasco Botelho, que iniciou a sequência de 3 vitórias da equipa gilista que segue, à condição, no 3º lugar da Liga Portuguesa.
Vários são os nomes de destaque na equipa gilista, a começar pelo guarda-redes Andrew que volta a mostrar nesta temporada o seu ponto mais forte: a agilidade entre os postes. Apenas dois golos sofridos (ambos do Porto) e inúmeros defesas de qualidade nomeadamente na segunda parte em Braga segurando as vantagens gilistas no marcador. A defesa recebeu um enorme upgrade na ala esquerda com Konan a ser uma autêntica flecha e um desequilibrador nato no corredor e no acompanhamento defensivo, numa posição que andou demasiado “cocha” nas últimas épocas com destaque para o fraquíssimo rendimento de Sandro Cruz na época transata.
O meio-campo perdeu Bamba por lesão no início da época, mas nem a ausência de um dos principais ativos da segunda metade da época transata tirou rendimento com Cáceres e Santi a elevarem o nível da equipa com a sua agressividade e pressão sobre o portador da bola, ajudando também na primeira fase de construção. Mas é no “10” que mora o cérebro do Gil: Luís Esteves! O ex-Nacional veio substituir o lendário Fujimoto e não podia estar a ter um início melhor. O criativo português pensa todo o jogo ofensivo e espalha classe e magia em campo com a sua qualidade técnica acima da média que acabam normalmente a servir a figura maior deste início de época do Gil Vicente: Pablo
Antes conhecido como o filho de Penã, o jovem de 21 anos vai mostrando a sua veia goleadora, são já 4 golos no campeonato – 3 de forma consecutiva a Moreirense, Braga e Estoril! O avançado está numa forma estupenda e está prestes a igualar a sua melhor marca da carreira em Setembro. Mas não é só de golos que se faz o jogo do brasileiro formado no Famalicão. Pablo recebe em apoio, toca, inventa jogadas e até introduz nota artística nos lances, portanto, está um caso sério para ser acompanhado nesta edição da liga.
O próximo teste será bem duro para o Gil Vicente com o clube minhoto a visitar o estádio da Luz para defrontar o Benfica de Mourinho. Continuará o Gil a surpreender neste arranque?

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