André Dias Pereira, Author at Fair Play - Página 3 de 22

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André Dias PereiraAgosto 24, 20233min0

Um mês após Carlos Alcaraz ter vencido Novak Djokovic, em Wimbledon, agora foi a vez de o sérvio ter levado a melhor sobre o espanhol em Cincinnati (5-7, 7-6 e 7-6).

Todos os adjetivos são poucos para qualificar a final entre os dois melhores tenistas da atualidade. É a terceira vez que os dois jogadores se enfrentam este ano. Roland Garros, primeiro, foi como que uma falsa partida para o espetáculo que ambos podem proporcionar. E isso se deveu a uma lesão que obrigou Alcaraz a jogar de forma condicionada. Sem surpresa, Nolan levou a melhor. Mas em Wimbledon foi a vez de o espanhol dominar em um dos grandes jogos do ano, que culminou com o primeiro título do espanhol no All England Club.

Em Cincinnati não foi diferente. Mais um grande jogo, que durou quase 4 horas (3h50). Debaixo de 33 graus, Djokovic esteve a perder por 7-5 e 4-2, mas soube levar o jogo para tie-break, onde conseguiu salvar um match point. No terceiro set, Alcaraz recupera de 3-5 para 6-5, salvou quatro match points, mas acabou por não levar a melhor sobre Djokovic.

São agora quatro títulos para Nolan em 2023 e um embalo importante para o US Open, onde volta a ser o grande favorito a par de Alcaraz. A vitória em Cincinnati foi a 39 do sérvio em Masters 1000 e 95 título ATP da carreira. Números impressionantes para aquele que é também o recordista de Grand Slams.

Caminhada imparável

Se alguém duvidava do momento de Nolan, as interrogações terminaram com o seu percurso imaculado. E a verdade é que até à final, Djokovic não cedeu qualquer set. Para trás ficaram Alejandro Fokina (6-4, RET), Gael Monfils (6-3, 6-2), Taylor Fritz (6-4, 6-0) e Alexander Zverev (7-6, 7-5).

Mas nem só de Djokovic e Alcaraz viveu Cincinnati. Zverev e Hucrkacz estiverm à porta da final, mas cairam nas semin-finais. Para Zverev isso representaria um importante capital de confiança para o US Open. O alemão não está a ter seu melhor ano e busca ainda o seu prmeiro Major. Mas olhando para 2023, é pouco provável que aconteça em Nova Iorque.

Também Max Purcell fez uma caminhada diga de reconhecimento. O australiano, 47 do mundo, caiu os quartos de final, tendo deixado para trás, entre outros, Wawrinka e Casper Ruud.

Agora, segue-se o US Open, entre 28 de agosto e 10 de setembro.

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André Dias PereiraAgosto 16, 20233min0

Jack Sinner conquistou pela primeira vez um Masters 1000. Em Toronto, Sinner tornou-se apenas o segundo italiano a conquistar um torneio desta natureza. O primeiro foi Fabio Fognini, em 2009

Sinner levou a melhor na final sobre De Minaur, por 6-4 e 6-1. Com apenas 22 anos, o italiano sobe à sexta posição do ranking ATP. E olhando o seu talento é bem possível que permaneça por um bom tempo no top-10.

Não se pode dizer que a final entre Sinner e Minaur fosse a mais esperada. Mas sem dúvida foi merecida e colocou em court jogadores em busca de títulos relevantes. Desde que é profissional, o italiano soma oito títulos mas todos em categorias menores. Este ano, ganhou também em Montpellier. Por seu lado, De Minaur soma sete títulos, tendo ganho em 2023 o torneio de Acapulco.

Para chegar à final, Sinner deixou para trás adversários como Matteo Berretini (6-4, 6-3), Andy Murray (desistência), Gael Monfils (6-4, 4-6 e 6-3) e Tommy Paul (6-4, 6-4).

Andy Murray, que desistiu do torneio por motivo de lesão, também não vai participar em Cincinnatti e deverá voltar apenas para o US Open.

Alcaraz, Medvedev e Ruud caem cedo

Uma das boas surpresas do torneio foi Tommy Paul. Ainda que o norte-americano, 13 do mundo, tenha caído nas meias finais, deixou para trás Carlos Alcaraz (6-3, 4-6, 6-3), o principal candidato ao título. Daniil Medvedev e Casper Ruud também caíram de forma precoce. O russo foi afastado Minaur (6-7, 5-7), nos quartos de final, e o noruguês por Alejandro Fokina (6-7, 6-4, 6-7) nos oitavos de final. Mas não nos equivoquemos Ainda que os principais cabeças de série tenham caído cedo, o nível de jogo foi alto e deixa uma boa antecâmara para o US Open.

E quem aproveitou a saída precoce de Alcaraz foi Djokovic, que retornou esta semana à liderança mundial.

Sinner, claro, não poderia estar mais radiante e confiante. “Significa muito para mim. Gosto muito como lidei com a situação, encarando cada adversário com a atitude certa”, disse.

O italiano é, por certo, um nome a ter em conta no presente e no futuro. Até pela idade.

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André Dias PereiraJulho 28, 20232min0

O circuito ATP tem um novo campeão na área. Quando Pedro Cachin, 90 do mundo, entrou no torneio de Gstaad, na Suíça, contava apenas com uma participação em quartos de final no circuito ATP. Mas aos 28 anos de idade conseguiu o seu primeiro troféu.

Diante do experiente Albert Ramos Vinolas, o argentino venceu a final do torneio suíço por 3-6, 6-0 e 7-5. Esta foi, aliás, a sua estreia em Gstaad. E não fez por menos. Cachin não perdeu qualquer set até chegar à final.

“No início da partida eu estava nervoso e cometi alguns erros”, começou por explicar Cachin após o triunfo, sem esconder a sua felicidade. “Foi a primeira vez que joguei contra um canhoto no torneio, tentei ser positivo, agressivo e ir `rede”.

O argentino deixou para trás adversários como Taro Daniel, Bautista Agut, Jaume Munar, Hamad Medjedovic e, claro, Ramos Vinolas. Vinolas, de resto, acabaria por ser assistido por conta de bolhas. Ele era um dos favoritos ao torneio que já ganhou por quatro vezes.

Cachin é apenas o terceiro argentino a ganhar um torneio ATP este ano. Os outros foram Francisco Cerundolo (Eastbourne) e Sebastian Baez (Cordoba). Com este triunfo, ele entra no top-50 pela primeira vez na carreira. Ele é também o quinto campeão estreante da temporada, juntando-se a Tallon Griekpoor, Yibing Wu, Arthur Fils e Christopher Eubanks.

Vinolas falha o tri

O espanhol Carlos Alberto Viñolas era, porventura, o grande favorito a vencer o toreio. O experiente jogador buscava o seu segundo título na Suíça depois de ganhar em 2019. Aos 35 anos, Viñolas soma quatro títulos, entre eles o do Estoril, em 2021.

O torneio de Gstaad tinha também a possibilidade de ter uma final entre sérvios. Porém, Miomir Kecmanovic e Hamad Medjedovic acabaram afastados nas semi-finais. Pela negativa, destaque para Dominic Thiem e Stan Wawrinka, eliminados nos oitavos de final.

O triunfo de Pedro Cachin também o fez recordar do inicio de carreira e solidação que viveu em Barcelona. O argentino é uma história de preserverança e não tem dúvidas ao afirmar que “ser campeão e estar no top-50” vai mudar a sua vida. Sobre o futuro, diz só quer continuar a sonhar.

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André Dias PereiraJunho 30, 20233min0

Todos os Grand Slam são especiais. Mas o torneio de Wimbledon, até por ser o mais antigo, continua a ser a prova rainha do ténis. Aquele torneio que separa os meninos dos cavalheiros, como é habitualmente denominado. Já com Federer aposentado, a questão que se coloca é se algum tenista em atividade personifica tão bem a prova quanto o suíço o fazia.

Há Djokovic, claro, mas o sérvio é um todo o terreno, um mestre da eficácia, sem a elegância de movimentos que caracterizou Federer. E, talvez por isso, mesmo que Nolan se torne campeão e o maior vencedor do torneio com 8 troféus, porventura Federer continuará a ser a grande referência do All England Club.

Vencedor de Roland Garros e maior campeão de Majors, Djokovic é o grande favorito a vencer em Londres. Atravessa uma boa forma e já provou que nos momentos-chave não facilita.

Com Nadal afastado até final do ano, Carlos Alcaraz é, novamente, o principal rival do sérvio. Foi assim também em Roland Garros. Os dois encontram-se nas meias-finais mas o espanhol ressentiu-se de uma lesão e jogou muito condicionado. O jogo mais esperado do ano acabou por não se traduzir no que todos queriam. E sem Alcaraz, Nolan ficou com caminho aberto para novo título.

Os dois jogadores podem escrever um novo capítulo em Wimbledon. Mas poderá o menino de 20 anos tornar-se tão cedo um cavalheiro?

Essa não é um pergunta de resposta fácil. A relva não é de todo o piso mais favorável a Alcaraz. Até há pouco tempo o espanhol não tinha ganho sequer a ninguém do top-30 neste tipo de piso. Mas se há coisa que estamos a aprender com Alcaraz é a sua capacidade de evoluir. E a verdade é que chega a Wimbledon como número 1 o mundo após triunfo em Queens, uma antecâmara para o All England Club,

Carlitos, o camaleão dos courts

Em Queens, Carlitos deixou para trás adversários como Dimitrov, Korda e De Minaur. É, pelo menos um bom sinal. E também um sinal da sua facilidade de adaptação. Para termos um comparativo, em Madrid, torneio que Alcaraz também venceu, devolvia o primeiro serviço posicionado 4,8 metros atrás da linha de fundo. Mas em Queens, na relva, diminuiu essa distância em 1,4 metros.

Djokovic é o campeão em título e há 4 anos que tem sido sempre assim. Desta vez, talvez, o seu favoritismo seja ainda mais vincado. Mas não dá para descartar Alcaraz, nem Medvedev ou Sinner. O russo tem sido um dos jogadores mais consistentes da temporada, apesar de não ser tão dominante na relva. Já Jack Sinner tem sofrido com lesões o que o obrigou a desistir de Halle. Há ainda alguns ousiders como Kyrgios, Rublev, Tsitsipas ou Bublik mas tudo dependerá da forma como forem evoluindo.

O torneio prolonga-se e 3 e 16 de julho.

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André Dias PereiraMaio 16, 20233min0

Pela primeira vez desde que é profissional, Rafael Nadal está fora de Roland Garros. O tenista espanhol tem vindo a recuperar de uma lesão abdominal, contraída na Austrália. Nas últimas semanas a dúvida sobre se o El Toro Miura ia jogar Paris pairava no circuito. Agora, Nadal confirmou as piores expectativas. “A lesão não evoluiu como queríamos. O mais importante, Roland Garros, é impossível”, disse, reforçando que “foi uma decisão do corpo”.

Dos 22 Grand Slam conquistados, 14 foram em Paris. É, com sobras, o maior campeão de sempre do torneio, ao ponto de já ter uma estátua junto ao recinto principal.

Nadal não joga desde o primeiro Major do ano e a data de retorno ainda é incerta. Por enquanto, vai cair para fora do top-100. Não que isso seja relevante para o maiorquino nesta fase da carreira, onde só quer jogar e ser competitivo. E, quem sabe, tentar competir com Djokovic no duelo particular do número de Grand Slams conquistados. Também por isso, esta é uma ausência que com certeza impacta Nadal.

Na mensagem que confirma a ausência de Roland Garros, Nadal admite pela primeira vez que poderá encerrar a carreira no próximo ano. Quer isso dizer que poderemos não ter mais Nadal a competir até final de carreira? Bom, por enquanto é precoce chegar a essa conclusão. Apesar de ser incerta a sua volta, o espanhol quererá, por certo, jogar ainda mais uma edição, talvez de despedida, de Roland Garros. A ideia, por enquanto, passa por voltar ao circuito no final deste ano.

Uma carreira de títulos e lesões

A carreira de Nadal é marcada por muitos títulos. Mas também lesões. Ao longo dos últimos 19 anos somou pelo menos 14 lesões importantes, algo que pode estar relacionado a um estilo de jogo muito físico e intenso. Joelhos, pés, braços, tendões, pulsos, costas. São muitas as mazelas do espanhol, que nunca dá um desafio como perdido. Em 2022, recorde-se, um problema muscular forçou Nadal a falhar os torneios prévios de Wimbledon, e a desistir nas meias-finais do major britânico. Depois, voltou a ressentir-se no US Open. Já este ano, um problema abdominal condicionou a sua participação no Australian Open.

Mas se Nadal vai sentir falta de Roland Garros, o torneio francês também terá a sombra do espanhol. O torneio, que arrancou a 22 de maio, prolonga-se até 11 de junho. Djokovic e Alcaraz são os grandes favoritos, na ausência de Nadal. É até difícil dizer, neste momento, quem detém maior favoritismo. Certo é que o sérvio perdeu a liderança mundial para o espanhol e só a voltará a conquistar o topo da hierarquia se for finalista. E ainda assim tem que torcer contra as performas de Alcaraz e Medvedev, os dois primeiros do circuito.

Alcaraz e Djokovic, Medvedev e Ruud

Alcaraz está, de resto, em grande forma. Já venceu três títulos este ano, incluindo os Masters de Madrid e Indian Wells, e a terra batida é o seu título preferencial. O sucessor natural de Nadal, que completou recentemente 20 anos, é o maior fenómeno do ténis desde o Big-3. Depois de ganhar o US Open em 2022, vencer Roland Garros parece apenas uma questão de tempo. Mas Djokovic é Djokovic e nunca pode ser descartado, seja em que piso for. E há ainda Casper Ruud e Medvedev, ambos fortes na terra batida. O norueguês foi finalista vencido em 2022 e este ano já ganhou o Estoril Open. Já o russo atravessa um grande momento, ganhando em 2023 nada menos que cinco troféus, entre eles os Masters de Roma e Miami.

Será, pois, um torneio com vários pontos de interesse, mesmo considerando a ausência do ‘rei’ da terra batida.

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André Dias PereiraMaio 12, 20232min0

Durante os últimos 15 anos, Rafael Nadal foi soberano em Espanha. O maiorquino tornou-se, e continua a ser, a maior referência do ténis espanhol, uma das escolas mais tradicionais do mundo. Entretanto, Carlos Alcaraz surgiu em cena, e tem dado sequência ao grande legado de Nadal. E com ele Espanha parece ter ganho um novo rei.

Aos 20 anos de idade, Carlos Alcaraz conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o Masters de Madrid. Este é já o seu quarto título em 2023 e o segundo em Espanha. Recentemente, acumulou o título de Barcelona aos de Indian Wells e Buenos Aires, tendo ainda sido finalista vencido no Rio Janeiro.

Alcaraz até esteve em dúvida para o torneio de Madrid, mas acabou por jogar e em grande estilo. Não que tenha sido fácil. Antes pelo contrário. Mas o triunfo de 6-4, 3-6 e 6-3 sobre Jan Lennard Struff mostrou a sua capacidade de ultrapassar adversidades. E o alemão, a grande sensação do torneio, colocou muitas ao espanhol. Como obrigar o espanhol a jogar muito no fundo do court. Struff mostrou-se letal no seu jogo de saque e a aproveitar os erros de Alcaraz, sobretudo nos segundo e terceiros sets. Mas nos momentos certos, o jogador da casa não cedeu e arrecadou mais um título.

Alcaraz venceu mas não deixou de passar por alguns sustos. Como no primeiro jogo, com Emiil Ruusuvuori em que precisou de virar o jogo (2-6, 6-4 e 6-2). Seguiram-se vitórias sobre Dimitrov (6-2 e 7-5) e Zverev (6-1 e 6-2), Khachanov (6-4 e 7-5) e Coric (6-4 e 6-3).

Struff para a história

Número 2 do mundo, Alcaraz segue agora para o seu primeiro Master de Roma. Com Roland Garros no horizonte, o espanhol mira ainda o retorno à liderança mundial. Apenas 5 pontos distam os dois primeiros lugares de um ranking ainda liderado por Djokovic.

Sim, Alcaraz foi o grande nome do torneio. O jogador da casa renovou o título alcançado o ano passado, onde deixou para trás Djokovic e Nadal. Mas é importante reforçar o percurso do finalista vencido deste ano. Jen-Lennard Struff entrou na competição como lucky looser e pela primeira vez na história de um Masters um jogador nessa condição atingiu a final. O alemão perdeu para Alen Karatsvev, na fase de qualificação, acabou repescado e daí para a frente foi história.

Até à final, Struss deixou para trás Lorenzo Sonego (6-3, 6-1), Ben Shelton (4-6, 7-6 e 7-5), Dusan Lajovic (6-7, 6-3, 6-3), Pedro Cachin (7-6, 6-7 e 6-3), Stefanos Tsitsipas (7-6, 5-7 e 6-3) e Aslan Karatsev (4-6, 6-3 e 6-4). Com esta performance, o alemão deu um salto de 37 posições e é agor 28 do ranking mundial e líder do ranking alemão. No sentido inverso, Alexander Zverev, cai para fora do top-20, situação que não acontecia desde 2017.

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André Dias PereiraAbril 21, 20233min0

A pergunta tem sido recorrente nos últimos anos mas agora começa a ganhar mais força. Até quando o corpo de Rafael Nadal vai ainda aguentar ao mais alto nível?

O tenista espanhol confirmou a desistência do Masters de Madrid, que arranca na terça-feira, 25 de abril. Este é mais um golpe duro para o maiorquino que recusa “desistir do corpo”. Desde o Australian Open, o agora 14 do mundo enfrenta uma lesão muscular de grau 2, no psoas ilíaco da perna esquerda. As lesões têm sido recorrentes ao longo da carreira e nos últimos anos têm-se intensificado, fruto de um estilo de jogo mais físico, por vezes além dos limites. E também por isso, Nadal tem selecionado cada vez mais criteriosamente os torneios em que participa, por forma a se resguardar.

O ano de 2022 foi muito bom para o espanhol. Conquistou quatro títulos, entre eles o Australian Open e Roland Garros. Mas também o ano passado enfrentou algumas lesões.

A ausência do torneio de Madrid faz soar os alarmes, ou pelo menos a dúvida, sobre se recuperará a tempo de Roland Garros, a 28 maio desde ano. Nesta fase da sua carreira, Nadal não joga mais por posições no ranking, mas Roland Garros é o seu Graal. Até porque é a melhor chance que tem de vencer mais um Grand Slam e se destacar como o maior vencedor. Atualmente, Novak Djokovic e Rafael Nadal somam 22 Majors. Federer, aposentado desde o ano passado, tem 20. O sérvio, até por ser mais novo, parece ter alguma vantagem nesta luta a dois.

O que esperar este ano de Nadal

Só que agora há um novo nome na parada. Carlos Alcaraz. Também ele espanhol, parece ser o herdeiro natural de Nadal. Pelo estilo de jogo e sobretudo pela mentalidade competitiva. O atual número 2 do mundo tem confirmado em 2023 todo o seu talento e o que de bom fez em 2022. Só este ano já ganhou os títulos de Indian Wells e Buenos Aires, e foi finalista vencido (por lesão) no Rio de Janeiro. Agora, e na altura em que este texto é escrito, está nos quartos de final do ATP Barcelona. E é o grande favorito também em todos os torneios de terra batida, incluindo Roland Garros.

É, pois, nesta conjuntura, que Nadal se encontra. E é por isso que esta temporada e o seu futuro são uma incógnita. Por enquanto, o maiorquino tenta recuperar-se a 100% para poder voltar. Mas sabemos que a sua condição física já não é, naturalmente, a de antes. É por isso importante entender as condições em que vai regressar e se ainda é suficientemente competitivo para lutar por títulos relevantes. E isto apesar do seu grande 2022. Até porque com o seu compatriota em ascensão, a tendência é vermos cada vez menos Nadal nas decisões. Roland Garros é, nesse sentido, um barómetro chave.

Apesar de Nadal dizer que se recusa a perder para o corpo da mesma forma que recusa a perder em court, a verdade também é que já disse que jogará enquanto se sentir competitivo. Foi isso que aconteceu com Federer. Ademais, a saída de cena do suíço também retirou uma parte do espanhol. Afinal, muito do que é se transformou Rafa se deve à rivalidade com Federer. O que agora já não acontece, mesmo com Djokovic, que também, diga-se, caminha para o final de carreira.

Até quando jogará Nadal? Essa é uma pergunta ainda sem resposta mas que o resto desta temporada ajudará certamente a definir.


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