Arquivo de Hyeon Chung - Fair Play

André Dias PereiraOutubro 6, 20192min0

Se dúvidas havia dúvidas quanto à condição física de Novak Djokovic, elas foram desfeitas. Em Tóquio, o sérvio conseguiu uma vitória dominadora, sem problemas físicos e sem perder qualquer set. Esta foi a sua primeira aparição em torneios ATP após ter sido afastado, precisamente por lesão no ombro, no US Open.

Esta foi, de resto, a primeira vez que Nolan venceu em Tóquio. E a verdade é que precisou de pouco mais de uma hora (1h09) para levar a melhor sobre John Millman, por 6-3 e 6-2.

Ao longo do torneio, Djokovic não concedeu qualquer set. David Goffin, Lucas Pouille, Go Soeda e Alexei Popyrin foram as outras vítimas do sérvio neste torneio.

“Foi uma semana sensacional em todos os sentidos. Senti-me bem no court, fui bem recebido pelos japoneses fora dele, não perdi um set, joguei em bom nível, saquei bem. De forma geral, uma grande experiência”, sintetizou Nolan que já começa a preparar o ATP Finals.

O número 1 do mundo regressa desta forma às vitórias, após Wimbledon, Madrid e Australian Open. Esta foi, de resto, a quinta vitória de Nolan em torneios de categoria 500. Das 110 finais já jogadas esta foi a sua 76ª vitória.

Djokovic consolida assim a liderança mundial, pelo menos até ao ATP Paris que arranca a 28 de outubro. O sérvio tem agora 10365 pontos, contra 9225 de Rafael Nadal.

Para John Millamn esta foi a segunda chance de vencer um torneio ATP. A outra foi em Budapeste, o ano passado, onde foi igualmente finalista vencido. Atualmente em 58º do ranking ATP, Millman teve uma boa semana. Para trás deixou George Harris, Taro Daniel e Reilly Opelka. E tal como Djokovic, o australiano chegou à final sem ceder qualquer set.

Destaque neste torneio também para David Goffin. O belga foi eliminado nas meias-finais por Djokovic, depois de ter afastado o coreano Hyeon-Chung nos quartos de final.

isner.jpg
André Dias PereiraAbril 2, 20183min0

Ao longo da sua carreira o norte americano John Isner convive com a referência à sua altura. 2,08 metros. Este domingo, e aos 32 anos, foi o dia em que Isner foi gigante também no ténis. Natural de Greensboro, Carolina do Norte, foi em Miami que o norte-americano conquistou o mais relevante troféu da sua carreira.

E que semana foi esta para John Isner. O ponto alto foi este domingo com uma vitória na final diante o alemão Alexander Zverev: 6-7(4), 6-4 e 6-4. E Isner até perdeu o set inicial, mas recuperou nas duas partidas seguintes, terminando com nada menos que 18 ases. De resto, permitiu apenas três pontos de break a Zverev.

A caminhada para a vitória começou com Jiri Vasely (7-6, 1-6 e 6-3) e prosseguiu com Marin Cilic (7-5 e 7-6). Depois, venceu Hyeon Chung, carrasco de João Sousa, por 6-1 e 6-4, e Del Potro (6-1 e 7-6)

Já Zverev deixou eliminou Dimitri Medveded (6-4, 1-6 e 7-6), David Ferrer (duplo 6-2), Nick Kyrgios (duplo 6-3), Borna Coric (7-6, 4-6 e 6-4) e Pablo Carreño Busta (6-4, 5-7 e 7-6).

O norte americano aumentou para treze os títulos conquistados no circuito ATP. Contudo, este foi o primeiro da categoria Masters 1000, tendo sido finalista vencido em outros três anteriormente. Desde Andy Roddick, em 2010, que nenhum tenista norte-americano conseguia vencer o Masters de Miami. E com a vitória de Sloane Stephans no quadro feminino, foi quebrado o jejum da ‘dobradinha’ que perdurava desde 2004, ano em que Roddick e Serena Williams venceram em ambos os quadros.

Já para Zverev perdeu a chance de vencer o seu terceiro Masters 1000, depois das conquistas no Canadá e em Roma, em 2017.

Federer e Djokovic desiludem

Apontado como um dos principais favoritos, Roger Federer foi a grande desilusão do torneio. O suíço caiu logo na primeira ronda para Thanasi Kokkinakis (3-6, 6-3 e 7-6). Foi a segunda derrota da temporada de Federer, que o atira para fora da liderança mundial, a partir desta segunda-feira. Rafael Nadal é outra vez número um do mundo. Quem também desiludiu foi Novak Djokovic. O sérvio perdeu logo na ronda inaugural para o compatriota Filip Krajinovic (6-3 e 6-2). Entretanto, o ex-número um mundial já confirmou o final de sua parceria com André Agassi, seu treinador desde Maio de 2017. Eliminado nos oitavos-de-final do Australian Open, e nas rondas inaugurais de Indian Wells e agora Miami, o sérvio é 12º do ranking.

Com o afastamento de Federer e Djokovic, o caminho parecia aberto para Del Potro. Contudo, o vencedor de Indian Wells, acabaria afastado por Isner, que colocou um ponto final na invencibilidade do argentino. Foram 15 vitórias consecutivas naquele que foi o seu melhor arranque de temporada desde que é profissional.

Surpreendente foi o percurso do português João Sousa. O vimarense tornou-se o primeiro português a atingir os oitavos de final de um Masters 1000. Caiu de cabeça erguida perante o favoritismo de Hyeon Chung (6-4 e 6-3).

Sousa será uma das principais atracções do Estoril Open, que poderá também contar, quem sabe, com Novak Djokovic. Mas, para já, no sol de Miami quem mais brilhou foi o norte-americano John Isner, que se torna, esta segunda-feira, número 9 do mundo.

A vitória de Isner diante Zverev

André Dias PereiraMarço 19, 20183min0

Juan Martin Del Potro. Outra vez ele. A segunda vez em três semanas. O argentino está imparável e Indian Wells dançou ao ritmo de Del Potro. Tal como em Acapulco, no México.

Ao vencer na Califórina, Juan Martin Del Potro conquistou o seu primeiro Masters 1000 da carreira. E também o seu 22º torneio ATP. O argentino quebrou ainda a sequência de 17 vitórias consecutivas de Roger Federer e a partir desta segunda-feira, dia 20, sobe ao sexto lugar do ranking ATP.

Esta final, de resto, colocou frente a frente os dois jogadores que mais pontos somaram em 2018. Foram mais de 2h30 de batalha para chegar ao registo de 6-4, 6-7 (8-10) e 7-6 (7-2). Del Potro ainda chegou a ter um match point desperdiçado, no segundo set, e foi também obrigado a salvar outros dois, no terceiro. O triunfo chegou ao fim de 2H41 de um jogo muito equilibrado.

Esta foi, igualmente, a sexta vitória do argentino diante o suíço, que soma 18 triunfos neste confronto directo. O mais especial continua a ser a vitória em 2009 na final do US Open, até agora a maior conquista da Torre de Tandil.

Mas esta vitória em Indian Wells terá sempre um sabor especial. Conforme salientou Del Potro, houve momentos, entre 2010 e 2015, quando atravessou um calvário de lesões, em que pensou que não voltaria a segurar numa raquete ao mais alto nível. Mas 2018 está a provar o contrário. Para já, sobe mais dois lugares no ranking ATP.

Para atingir a final, deixou para trás adversários como o proeminente Alex De Minaur (6-2 e 6-1), o espanhol David Ferrer (6-4 e 7-3), o compatriota Leonard Mayer (3-7, 7-6 e 6-3), o alemão Philipp Kohlschreiber (3-6, 6-3 e 6-4) e o canadiano Milos Raonic (6-2 e 6-3).

Coric, a surpresa e Djokovic, a desilusão

O croata Borna Coric, um habitué do Estoril Open, foi uma das sensações da competição. Aos 21 anos atingiu as meias-finais de Indian Wells, caindo para Roger Federer (7-5, 4-6 e 4-6). Outra boa prestação foi a do coreano Hyeon Chung. E tal como no Autralian Open foi afastado pelo suíço nos quartos de final.

No sentido oposto, Novak Djokovic desiludiu, caindo na ronda inaugural perante Taro Daniel, 109º mundial. O calvário do sérvio parece continuar e não se vislumbra o regresso ao seu melhor nível. Nolan já alterou a sua equipa técnica, alterou rotinas, mas só o tempo dirá o que será o futuro do ex-número 1 mundial no circuito.

Com o trunfo de Del Potro, Djokovic continua a ser o maior vencedor de Indian Wells, a par de Federer, com cinco conquistas.

 


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS