Voleibol: Poder e Precisão em Quadra
Voleibol
O voleibol não é, de todo, o desporto mais popular em Portugal. Não existe a tradição, sequer, de apoiar a seleção nacional nos grandes certames europeus e mundiais, ao contrário de outros desportos que, não estando no topo das preferências dos portugueses, conseguem galvanizar os adeptos lusos nesses momentos, como o rugby, o hóquei em patins ou o andebol.
Na verdade, nem dentro do universo das apostas o voleibol é um dos jogos favoritos dos apostadores nacionais. Isto apesar de muitos sites de jogo oferecerem a possibilidade de apostar nas mais diversas competições deste desporto e de disponibilizarem os melhores bónus de casino e de desporto para o fazer.
História e Origens
Criado em 1895, nos Estados Unidos da América, por William George Morgan, um professor de educação física de uma associação de jovens cristãos norte-americanos, a ACM. A ideia de Morgan foi a de criar um jogo fácil de jogar, acessível a todos os jogadores, sem contacto físico e de risco de lesão bastante diminuto.
O jogo popularizou-se pelo país e foi em poucas décadas que atravessou o Atlântico e se espalhou por toda a Europa. O registo histórico indica que o primeiro contacto europeu significativo com o jogo se deu em 1915, aquando da presença de tropas americanas nas praias de França e da Grã-Bretanha, que aproveitavam as pausas no conflito para se divertirem.
Daí a espalhar-se por todo o continente foi uma questão de apenas alguns meses e, nos anos seguintes, foi crescendo em popularidade. Dos países mais frios surgiu a adaptação do jogo aos pavilhões, devido ao clima e que se tornou na versão oficial do jogo, apesar da variante de praia.
Nas décadas posteriores foi crescendo em notoriedade até se tornar naquilo que é hoje: um desporto fascinante, empolgante e verdadeiramente espetacular de assistir, sobretudo quando praticado pelos melhores atletas.
Criação do Desporto Em Portugal
Em Portugal, a modalidade é trazida, também, diretamente por militares norte-americanos, que acabaram por ser verdadeiros embaixadores involuntários do jogo. No tempo da Primeira Guerra Mundial, a base militar das Lajes, nos Açores, era local de trânsito e estacionamento de tropas norte-americanas, de quem Portugal era aliado no conflito.
Também no arquipélago açoriano os militares passavam as suas horas vagas a jogar voleibol, sendo rapidamente adotado pela população autóctone, que se tornou fã da modalidade. O jogo chegou ao continente, mais propriamente a Lisboa, pela mão de António Cavaco, um micaelense que estudou engenharia na capital e promoveu o jogo no meio universitário.
Daí, o curso do voleibol galgou para outras margens da sociedade e começaram a surgir, nos anos 1930 e 1940, diversos clubes de voleibol por todo o país e campeonatos de âmbito geográfico cada vez mais amplo, crescendo e desenvolvendo-se até à forma atual, de um campeonato profissional com as melhores equipas nacionais.
A Federação Portuguesa de Voleibol nasceu em 1947 e a seleção nacional foi criada nesse mesmo ano, tendo disputado o primeiro europeu da modalidade no ano seguinte, com um honroso 4º lugar.
Regras e Táticas
No recinto de jogo estão 12 jogadores, seis de cada lado da rede. O jogo começa com o serviço, que deve ser efetuado atrás da linha de fundo, atravessar todo o campo e passar por cima da rede para cair na área de jogo da equipa adversária. Este gesto técnico marca o início de cada jogada e de cada ponto.
A disposição dos jogadores no campo respeita as posições táticas naturais do jogo: os três jogadores colocados ao longo da linha de rede são os atacantes e ocupam as posições 4 (à esquerda da rede), 3 (ao centro) e 2 (à direita da rede); já os três jogadores ao longo da linha de fundo ocupam as posições 5 (à esquerda da linha), 6 (ao centro) e 4 (à direita da linha).
Normalmente, cada jogador tem uma função atribuída, seja a de bloqueador de remates, recetor de bolas de serviço, levantador, passador ou rematador, embora os elementos da equipa possam cumprir todas as missões consoante o desenrolar da jogada.
Regras Básicas
De forma muito básica, e na sua essência mais tradicional, o voleibol é um desporto coletivo jogado entre duas equipas de seis elementos num retângulo de jogo separado a meio por uma rede com 2,43 metros de altura. A partida é disputada à melhor de três sets de 25 pontos, pelo que terá um mínimo de três e um máximo de cinco. O quinto set, porém, é disputado apenas até aos 15 pontos.
Os sets terão de ser ganhos por dois pontos de vantagem, o que implica que poderão ir indefinidamente para lá dos 25 pontos, até que uma das equipas obtenha essa diferença. O mesmo se aplica ao quinto set, que poderá ir para lá dos 15 pontos. O tempo não é cronometrado no voleibol, pelo que o jogo também não ter duração máxima ou mínima previstas.
O objetivo de cada equipa é o de fazer a bola tocar no chão do campo adversário podendo, para tal, dar um máximo de três toques na bola sem nunca a deixar cair no seu próprio campo. O jogo, apesar de maioritariamente jogado com as mãos, permite ser jogado pelos jogadores com todo o corpo, incluindo pés, cabeça, peito, ombros e pernas.
Estratégias de Jogo
Existem várias estratégias de jogo do voleibol com o intuito de ludibriar a equipa adversária e marcar pontos. Uma delas é a variação do sistema tático. Os treinadores das equipas podem atribuir um cariz mais ofensivo ou defensivo aos seus conjuntos consoante as necessidades táticas da equipa.
O sistema de 6×0, por exemplo, é o esquema mais comum, em que todos atacam e defendem. Mas existe, também, o sistema 5×1, que destaca um jogador, especialmente habilidoso, para as funções de levantador de bolas, atribuindo uma maior acutilância ofensiva à equipa. O sistema 4×2, por outro lado, atribui essa função a dois jogadores, com os restantes quatro a revezar-se entre ataque e defesa.
Competições de Elite
Em Portugal, o panorama competitivo do voleibol compreende a primeira divisão do campeonato nacional, com os 14 principais clubes nacionais, este ano designada Liga Una Seguros. Existem ainda mais dois patamares competitivos, o segundo e terceiro escalões. Além destes, existe também uma Taça de Portugal e uma Supertaça de Portugal. Isto, naturalmente, para lá do voleibol de formação.
A nível europeu, a elite do voleibol continental conta com duas principais competições, a CEV Champions League Volley, a maior competição de voleibol internacional de clubes, e a CEV Challenge, uma espécie de segunda divisão das competições europeias.
Ao nível de seleções, a equipa das quinas está habilitada a disputar, mediante a obtenção da qualificação, o Campeonato do Mundo, o maior certame internacional de vólei, o Campeonato da Europa, também conhecido por EuroVolley, a Liga das Nações e a Golden League, naqueles que são os eventos de voleibol mais populares e mais vistos do mundo.