Tudo o que muda no Mundo do Atletismo já em 2021
Desde o início do mês têm sido anunciadas várias alterações no Atletismo. Não se percam, está aqui o fundamental!
O que muda na Diamond League
Depois de ameaças de redução de meetings que parecia – e estava para 2020 – certa, a Diamond League mantém-se com as suas 13 reuniões. A Grã-Bretanha perdeu o meeting de Birmingham, mas em compensação há um evento extra na China, em cidade a designar.
Uma das maiores polémicas da remodelada Diamond League anunciada para 2020 era a exclusão de vários eventos, nomeadamente, o Triplo Salto, os 200 Metros, o Lançamento do Disco, os 3.000 metros obstáculos e os 5.000 metros. A World Athletics analisou a situação e agora está tudo de regresso. Excepto o Martelo, que continua de fora há vários anos.
A DL continuará com o formato de apuramento por pontos, para uma final única, que se realizará em Zurique. A final divide-se, na verdade, em dois dias. No primeiro dia, 7 eventos conhecem os seus vencedores nas ruas de Zurique. No dia seguinte, as restantes provas têm as suas finais no estádio.
Além do prémio final para quem vença a final, a DL tem também agora um prémio de regularidade, para o atleta que mais se destaque em 5 distintos grupos: Sprints, Distância, Barreiras, Saltos e Lançamentos. 1 vencedor masculino e 1 feminino por categoria, totalizando 10 vencedores. O prémio será de 50.000 euros para cada um deles.
Os prémios dos meetings mudam o seu sistema e o seu valor. Por confirmar está como se redistribuem os 25.000 USD atribuídos a cada prova por meeting (até ao ano passado, era 30.000 no total, com o vencedor a levar 10.000), sendo que a pontuação segue a lógica habitual (um ponto a mais por cada lugar, 8 para o vencedor). Vencer a final dá, além do troféu, 30.000 USD, com outros 30.000 USD a serem divididos pelos restantes atletas, de acordo a sua classificação.
A WA deixou cair a ideia de meetings com apenas 90 minutos de transmissão televisiva. Voltamos ao modelo anterior de 2 horas. A sessão final de Zurique, no estádio, terá 3 horas! Uma das mais controversas inovações para esta edição é o modelo competitivo utilizado para os Saltos horizontais e para os Lançamentos. Os atletas terão agora dois saltos para 3 deles se apurarem para um 3° salto final, que é o que decidirá o vencedor, independentemente do que tenham feito antes. Podem bater um recorde mundial no 1° salto, melhorar no 2° salto e perder o concurso na mesma, porque isso será decidido só no último salto! Este modelo competitivo será aplicado em todos os meetings, excepto na final. Não será aplicado nos Jogos de Tóquio, ficando para já restrito aos meetings.
A edição 2021 da Diamond League decorre de 23 Maio a 9 de Setembro e o calendário pode ser consultado no link.
O que muda no Atletismo em Jogos Olímpicos
A partir de Paris 2024, os 50km Marcha desaparecem do programa. Depois de tanto se ter lutado para as mulheres terem as mesmas oportunidades que os homens na distância, o COI preferiu igualá-los na completa eliminação. Os 20 km mantêm-se e não se sabe se a WA mantém a ideia de reduzir as distâncias para os seus Campeonatos Mundiais ou se irá adotar o formato dos JO. A WA tinha como grande plano para Paris a reintrodução do Corta-Mato, 100 anos depois do evento ter feito, pela última vez, parte dos JO, também em Paris. A Organização propôs um modelo de estafetas mistas, mas o COI rejeitou a proposta. O Crosse voltará a ser pensado para 2028, em Los Angeles.
O COI aprovou um novo evento misto de atletismo. A WA poderá utilizar qualquer evento e qualquer recinto aprovado para o fazer, mas a Organização já fez saber que apenas pensa em utilizar essa prova para a Marcha, tentando, minimamente, compensar a perda dos 50km.
A situação Russa
Parece que estamos cada vez mais próximos de uma resolução e a WA já admite readmitir a Federação Russa durante o ano de 2021. A nova direção da RUSADA tomou um conjunto de medidas que visam a transparência dos processos e a WA refere que um importante passo foi dado e que, se a colaboração continuar, é possível vermos a Rússia representada em Tóquio.
O que muda nos ténis que batem recordes
As grandes marcas fizeram o seu lobby e a WA voltou atrás e agora já permite a utilização de protótipos em competições internacionais. Já não é obrigatório que os ténis existam previamente no mercado, desde que cumpram com as regulamentações em vigor. A regra não se aplica, para já, aos Jogos Olímpicos e Mundiais. O protótipo pode ser utilizado por um período de 12 meses.