Zverev recupera forma em Munique de olho em Roland Garros
Foi na Alemanha Natal, em Munique, que o agora número 2 mundial se preparou para atacar Roland Garros, o grande torneio de terra batida, que este ano se joga entre 25 de maio e 8 de junho. Alexander Zverev venceu a final do ATP Bitpanda diante do norte americano Ben Shelton, por 6-2 e 6-4. O torneio alemão é uma estreia na categoria de 500 pontos e contou, entre outros, com Alexander Muller (vencedor ATP Hong Kong), Ben Shelton, Bautista Agut, Felix Auger Aliassime, David Gofin, Denis Shapovalov, entre outros.
Zverev precisou apenas de 71 minutos para conquistar o seu 24 título em um torneio ATP. E o terceiro em Munique. Os outros títulos foram em 2017 e 2018, igualando o recorde de Phillip Kohlshreiber (2007, 2012 e 2016).
Zverev deixou para trás adversários como Alexandre Muller (6-4, 6-1), Daniel Altmaier (6-3, 6-2), Tallon Griekpoor (6-7, 7-6, 6-4) e Fabian Marozsan (7-6, 6-3).
Este foi o primeiro título do alemão este ano, mas é bom lembrar que foi finalista vencido no Australian Open. Esta tem sido, aliás, a grande ´cruz´do número 2 do mundo. Apesar de ter mais de duas dezenas de torneios conquistados, alguns com grande precocidade, a verdade é que continua a faltar um Major na sua carreira. Algo que tem pesado demais no seu percurso. E se antes tinha adversários como Federer, Djokovic ou Nadal, agora tem outros favoritos como Sinner e Alcaraz. Mas se há jogador que já provou poder vencer qualquer jogo e em um bom momento ganhar qualquer torneio, é Zverev.
Roland Garro, por se tratar de terra batida, tem caraterísticas e candidatos muito específicos. Esse é o seu piso preferencial, mas a verdade é que tem batido por demasiadas vezes na trave. O ano passado foi finalista vencido em Paris, mas já perdeu também finais em Masters de Miami, Roma e Shangai.
As chances em Paris
Mas se Zverev teve desaires em finais de terra batida, também já venceu vários títulos nesse piso: Roma, Chengdu, Hamburgo, Madrid, Acapulco, Cincinnati, Tóquio (Olimpíadas), Genebra, Washington e Canadá. Não dá, por isso, para desconsiderar o seu nome entre os candidatos ao título de Roland Garros. Mas poderá ele superar Carlos Alcaraz ou Sinner, os dois nomes mais dominantes do circuito? O espanhol está a contas com uma lesão e tornou-se uma baixa de peso no ATP Madrid, que já ganhou por duas vezes.
O ATP de Madrid é, de resto, o próximo passo da preparação de Zverev, que joga diante Bautista Agut nos 32 avos de final. Esta é uma oportunidade para o alemão consolidar a vice-liderança mundial, já que tem apenas 100 pontos para defender no torneio. Caso faça uma boa participação, pode deixar bem para trás Alcaraz, que teria 1000 pontos para defender.
Quem também está ausente do torneio madrileno é o líder da hierarquia mundial, Jannik Sinner. O italiano deverá regressar à competição no ATP Munique, que arranca a 7 de maio. Certo é que Sinner será líder mundial quando jogar Roland Garros. Isto quer dizer que serão 52 semanas consecutivas no topo da hierarquia, feito só alcançado por Roger Federer (237), Jimmy Connors (160), Lleyton Heywitt (75) e Novak Djokovic (52).