Surf&Go: O regresso às ondas com algumas cautelas
Passámos por um período de confinamento algo longo, devido à pandemia declarada que escuso em falar por estarmos todos já algo saturados da mesma e do que obrigou. O surf esteve interdito pelas autoridades nacionais durante um período longo, para isso as principais organizações portuguesas de surf criaram uma proposta que foi aceite posteriormente pelo governo de Portugal e foi autorizada a prática de surf perante algumas “regras” que apelam a todos sermos responsáveis e cívicos.
Não é justa no esplendor, mas é um princípio de um plano cuidadoso de desConfinamento, não é justa porque apenas permite aos surfistas e pescadores lúdicos aceder às praias, deixando de fora os restantes membros desse ecossistema que é a praia, tais como banhistas, escolas, atl, entre tantos outros que ocupam o mesmo ecossistema.
A proposta da FPS, ANS E WSL é simples e fácil, mas como em tudo na vida há quem se ache mais esperto e não irá acatar essas regras que servem o total, sendo normal que tal aconteça a quem terá que se deslocar fora do seu concelho, é compreensível em certa parte mas não justifica nenhum abuso.
O Plano SURF pós-Covid-19 será maior rotatividade entre surfistas, apelar à consciência de não criarem aglomerados fora do surf, para não permanecerem na praia e nos parques de estacionamento, basicamente será algo como:
– podem surfar durante 90 minutos;
– não devem permanecer na praia, nem no estacionamento;
– tentarem não criar aglomerados de gente quer dentro de água quer no exterior (claro que existem ondas que tal não é possível cumprir, mas aí mais uma vez será a regra do bom senso a imperar);
No fundo é simples como a sigla o transmite SURF&Go. Do ponto de vista de competições tudo se mantém parado, sem grandes novidades até finais de junho (presumo).
As entidades FPS, ANS e WSL ainda não preveem um início dos campeonatos. muitos foram cancelados, e é expectável que este ano surjam novas formas de atribuir os principais títulos de cada entidade (títulos regionais, nacionais e mundiais (sendo que os últimos terão o carimbo da WSL)).
Do ponto de vista competitivo tudo se mantém parado até novas indicações, neste aspecto também surgem os clubes regionais que também foram obrigados a escalar todas as etapas para o segundo semestre do ano, caso possível.
O surf voltou num ponto de vista lúdico e de lazer para muitos e de um regresso aos treinos para os que levam os que levam o surf mais de forma profissional. Este será um ano muito diferente em todos os níveis, mas é de salutar o empenho e a responsabilidade de grande parte dos surfistas. Vamos ver como será o 2020 em termos de títulos.
Vamos acreditar que todos serão responsáveis, cívicos, e que se respeitem entre todos.
Aloha.