To wax or not to wax – Que tipo de aderentes se podem usar nas pranchas
(artigo de opinião pessoal do autor, após testes com estas marcas)
Como isso afeta a performance do surfista na água? Que tipo de wax é o melhor? E o deck que características deve ter para ajudar na evolução, ou é adquirido numa loja só porque é bonito e fixe?
Neste artigo vamos cingir-nos às formas tradicionais porque já existem marcas no mercado que substituem o wax por uma espécie de autocolantes, o qual exploraremos provavelmente no futuro.
Atualmente existem milhares de marcas, as evoluções dos materiais podem confundir os surfistas, porque com tanta oferta, o gosto pessoal emerge como sendo um fator decisivo na sua compra.
Mas se o wax – a cera que se espalha nas pranchas para não escorregar – é bom, porque é que se pode dizer tal. A título pessoal gosto do wax mais mole, que dura uma sessão de 1h a hora e meia de utilização, começando a desaparecer da prancha e as escorregadelas a aumentarem.
Outros preferem marcas mais rijas, e depois riscam com um acessório ao que nós surfistas chamamos de “raspador”, para aumentar o grip na prancha. Existem centenas de marcas de wax mas há umas que eu tenho no topo das minhas escolhas, o Fu Wax Amarelo e o Sex Wax Verde, e porque eu gosto mais destes do que os outros todos?Porque com o passar dos tempos fui experimentando e estes 2 ficaram como sendo os que melhor me serviam.
Ainda se acrescenta que a “trabalheira” que dá limpar um longboard com o wax sujo, ou ainda pior “vidrado” (quando já não tem propriedades de grip), é ingrato ter que limpar uma prancha só porque está o wax castanho escuro. Mas quando fica novo, parece que a prancha volta a rejuvenescer, e nós surfistas voltamos a sentir um sentimento de amor para com a nossa prancha.
Outro fator que deves ter em conta quando escolhes o wax é a temperatura da água quanto mais quente mais rijo deve ser e vice-versa.
Decks, tal como acontece com o wax, existem muitas marcas a fabricarem este acessório para as pranchas. O Deck é no fundo uma borracha colada na parte final da prancha, para que seja mais “fácil” curvar, e manobrar.
As marcas que tenho como sendo boas são: Creatures of Leisure, e Ocean and Earth, porque aguentam bem na minha opinião, mas alerto para o simples facto que nunca fui muito de os usar, prefiro 100% de wax na prancha.
Mas já surfei com decks muito tempo, e devido às características de design dos produtos, as manobras de tail ficam mais fáceis de as realizar. Daí a oferta estar sempre a crescer.
(existem outras marcas de decks, sendo a primeira a Astrodeck do Herbie Fletcher que inovou com esse acessório)
Tenho na memória dois amigos que adoram full deck, o Benetton (Carlos Carvalho) o Paulo “Surf” Vieira e o Luís Simão, adoram esse acessório a cobrir as pranchas todas. Mas para os adquirirem costumam encontrar dificuldades, devido a serem parte de uma minoria que gosta de full decks.
Finalmente, os que gostam de surfar com botas de neopreno, quando as condições não obrigam a tal, entenda-se condições obrigatórias quando um surfista está num surf spot (local de surf) com rochas, fundos de coral, entre outros, aí a necessidade de ter umas calçadas é mais um fator de segurança.
Mas no geral – os que usam botas de neopreno, é para terem comodidade durante o seu surf – na medida que a aderência é superior devido à forma como as mesmas são fabricadas. No inverno quando as temperaturas diminuem muito é normal ver muita gente a usá-las, mas no verão são poucos, eu lembro-me de dois caparicanos que usam sempre, ou quase sempre, o Pedro Simão “Fidji” e o Nuno Pombo, são excelentes surfistas e as botas complementa-os na comodidade de surfarem.
Agradecimento especial ao João “Johnny Reef” Lopes por ajudar na concepção deste artigo, testando os produtos Sexwax e Creatures.
Parceria TheBoardHole
#Aloha