Os jogos olímpicos já lá vão e como ficou tudo?

Palex FerreiraAgosto 14, 20215min0

Os jogos olímpicos já lá vão e como ficou tudo?

Palex FerreiraAgosto 14, 20215min0
O Surf estreou-se nos Jogos Olímpicos e Portugal marcou presença no feminino, com boas prestações de Yolanda Hopkins e Teresa Bonvalot!

Os jogos olímpicos já lá vão e como ficou tudo?

O surf chegou pela primeira vez aos jogos olímpicos, o resultado final foi positivo, tirando o facto de termos tido azar com a não ida do nosso embaixador Frederico Morais ao Japão, devido ao facto de ter testado positivo ao Covid.

Mas as meninas estiveram lá a representar pela primeira vez o surf nacional, e estivemos bem, parabéns à prestações da Teresa Bonvalot (9º Lugar) e à Yolanda Hopkins (5º lugar).

Mas como foi acompanhar desde o inicio este trajeto, segundo consta a apuração é algo meio complicada ainda, estava a ler no outro dia um artigo do João Valente, catedrático em assuntos de surf global, e de facto não é fácil perceber ainda a forma de como eles se qualificam. Ora vejamos o top 8 entra através dos eventos ISA (Internacional Surfing Association) e a esses qualificados juntam-se os top 10 do World Surf League, foi a melhor forma que encontraram em qualificar os melhores do mundo para irem aos JO.

A Yolanda e Teresa tiveram há uns meses em El Salvador e conseguiram a qualificação, o guerreiro e campeão europeu em título falhou por um lugar, e a meu ver devia ter ido na vaga do Frederico Morais, mas parece que tudo aconteceu muito rápido e em cima do acontecimento e o alternate para o Frederico Morais já não conseguiu ir.

Muitos já o disseram, que devido ao surf ter entrado como modalidade olímpica nunca foi visto por tanta gente no mundo como agora, sendo os JO são dos eventos com mais exposição mediática no planeta, e agora como será? Certamente que a modalidade em si será agora visível por mais potenciais atletas, mas também de outras marcas, entre outros factores, será benéfica para o surf em geral, com aspectos menos positivos, como o aumento de população nas principais ondas.

Yolanda Hopkins chegou aos quartos de final no Jogos Olímpicos (Foto: Getty Images)

Mas falando da prestação portuguesa, temos que falar das surfistas que surfaram bem, e utilizaram a estratégia definida pelo selecionador nacional, David Raimundo para irem com a força de enfrentarem as melhores do mundo de igual para igual.

São duas atletas diferentes com elevado nível de surf no pé, a Teresa Bonvalot com patrocínios fortes costuma ser uma presença assídua em vários eventos mundiais, que procura atingir a elite do surf feminino. A Yolanda que tem outro percurso pessoal, muito tem batalhado para conseguir o seu sonho de chegar ao WCT, contra tudo e contra todos, é uma guerreira que tem mostrado muita garra e bastante resiliência tal com tem vindo a demonstrar, e agora mostrou nos JO que tem surf para lá estar, preferencialmente junto com a Teresa Bonvalot. (esperemos que sim, bem como o Vasco Ribeiro fazer dupla lusa com o Frederico Morais.

Daqui a 3 anos (2024) os JO voltam a ser uma realidade, e numa onda mais desafiante, Teahupoo no Tahiti, que foi a onda escolhida para a organização francesa acolher os melhores surfistas olímpicos do mundo.

PORTUGAL tem muito nível para lá chegar, mas precisa de mais apoios do estado para trazer medalhas no surf, recebem apoios, mas segundo consta em conversas de bares de praia que não é assim chorudo, como outras nações. Vamos esperar que esse orçamento no geral para a presença nacional nos JO sejam mais generosos ara podermos sonhar com medalhas, tal como as outra nações, não todas mas algumas já provaram ser essencial para esse fim.

Vão ser 3 anos de muitas provas, para as qualificações (ISA e WCT), entre as já existentes, nos principais circuitos, desejamos muita força a todos que sonham com os JO e que vão com tudo para nos trazerem medalhas, sem investimento será errado exigir-lhes medalhas, já ao contrário já é possível.

Teresa Bonvalot mostrou-se a bom nível em Tóquio (Foto: Getty Images)

O surf português já mostrou estar de boa saúde em termos de surfistas talentosos, logo podemos acreditar que é possível batalhar contra as principais nações fortes no SURF; o Brasil, EUA e Austrália são alguns exemplos disso dentro e tanta soutras como França, Etc etc etc..

Com esta nova realidade do surf, agora será que haverá mais investimento, quer em atletas profissionais, quer em infraestruturas?

O surf continua de boa saúde, e em poucas décadas passou de um desporto praticado por malta da contracultura, que não identificavam com as modalidades mais comuns, para se tornar numa que recebe milhões de novos intervenientes diariamente. Mas como será esse sustentado esse crescimento? Haverá mais investimentos em carreira de atletas profissionais? As empresas fora do mercado de surf voltarão à carga tal com a gigante NIKE o fez há uns anos atrás, onde aparentemente investiu milhões? Estaremos por cá para acompanhar esse lado profissional do surf. Será que as restantes disciplinas do surf, o bodyboard, o Longboard, o Skimming, et cet cetc também atingirão esse nível?! O tempo nos dirá!


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