The Rugby Championship 2024: o que esperar de uma luta a 4?

Helena AmorimAgosto 8, 20244min0

The Rugby Championship 2024: o que esperar de uma luta a 4?

Helena AmorimAgosto 8, 20244min0
Está de regresso a maior competição de selecções do Hemisfério Sul e Helena Amorim faz uma antevisão ao The Rugby Championship 2024

Está a chegar mais um Rugby Championsship onde as quatro selecções sul-americanas dominantes da modalidade se encontram depois de uma pré-temporada de testes variados.

Antes de mais, recordar que desde que o Três Nações se renomeou para Rugby Champioship em 2012, portanto em 14 edições , apenas por duas vezes , a Nova Zelândia não foi a vencedora (Austrália em 2015 e África do Sul em 2019).

Scott Robertson tem ainda muito que provar, porque apesar de ter sido um treinador dominante junto dos Crusaders com sete finais ganhas, uma selecção é um animal totalmente diferente; veremos se o break-dance ainda será a opção de celebração do “The Razor”.

A jornada de abertura é já dia 10, com embates entre Austrália e África do Sul e Nova Zelândia e Argentina.

Os Boks mantêm seis jogadores do embate frente a Portugal (Louw, Reinach, Dixon, Sacha Feinberg-Mngomezulu, RG Snyman  e Kurt-Lee Arendse).  Feinberg-Mngomezulu vai entrar de início a abertura, depois de ter saído do banco por quatro ocasiões nesta fase de jogos de preparação de Verão, seja para abertura ou defesa. Faf de Klerk ainda a revelar algum desconforto físico, continuará a ver Cobus Reinach como formação. Esta nova dupla de médios é algo que irá merecer a nossa atenção, pela novidade que Feinberg trará nas dinâmicas com o experiente Cobus assim como o seu jogo ao pé que começa a ser uma marca.

Os Boks vão apresentar-se com toda a sua força, com Ox, Bongi e Frans na primeira linha, Etzbeth e Snyman a 2ª linha, Kolisi, Du Toit e Elrigh Louw na terceira linha. Médios serão Allende e Kril, alas Kolbe e Arendse e o longevo defesa le Roux.

Pelos Australianos, também há mudanças no treinador: Joe Schmidt, que também já tem atrás de si um currículo impressionante, quer reabilitar a imagens dos Wallabies; de lembrar que uma das imagens de marca é a selecção Irlandesa a jogar de maneira extremamente clínica com um rigor fora do normal a nível das fases estáticas do jogo, mão do Joe Schmidt.

Schmidt está a renovar a equipa mas vai mantendo alguns jogadores com mais experiência para guiar os mais novos: Alaalatoa a pilar direito, Salakaia-Loto a segunda linha, Rob Valetini a asa fechado , Ikitau e Kellaway a segundo centro e ponta direito respectivamente. Jake Gordon e Noah Lolesio garantem a dupla de médios, tendo estado nos dois jogos e vitórias frente a Gales, e uma estreia absoluta para Carlo Tizzano a asa do lado aberto.

O embate será teoricamente desigual mas talvez jogar em casa no Suncorp Stadium em Bisbane seja um ponto importante.

Por seu lado em Wellington, no Sky Stadium, Ardie Savea irá capitanear a equipa dos All Blacks com TJ Perenara de regresso a formação. Sam Darry merece uma segunda selecção depois do brilhante desempenho frente a Fiji, combinando assim a segunda linha com Tupou Vaa’i.

Damian McKenzie será o abertura e a dupla de centros será Jordie Barrett e Lienert-Brown, perfazendo em conjunto 133 selecções.

Pelos Pumas, Felipe Contemponi, viu o seu lado ganhar dois dos três embates de Verão e vai começar logo com toda a dureza: dois jogos a abrir frente aos All Balcks.

Registe-se o regresso de Juan Martin Gonzalez a “8”, Juan Cruz Mallía a defesa e Lucio Cinti a segundo centro. A dupla de médios será Bertranou e Santiago Carreras com Pablo Matera e Marcos Kremer , experientes e duros a comandarem as asas da formação ordenada. No banco estará Efraín Elías, capitão dos Pumitas, que se entrar, terá a sua primeira internacionalização com os séniores.

Esta primeira jornada será importante para avaliar a verdadeira condição física e tática das equipas, não nos podendo esquecer que os Pumas tendem a crescer ao longo do torneio e que as lesões que surgirem, dependendo do jogador, podem ser impactantes no desenvolver do torneio.

Há aqui um velho furão destas andanças que é Erasmus, que anda atrás deste título com todo o seu ardor e estratégia. Sem dúvida que este poderá ser novamente o ano dos Springboks, até por uma questão de os Pumas não terem aquela consistêincia que se necessita num torneio desta natureza e os All Blacks e Wallabies estarem a reencontrar-se (mais os Wallabies, é certo, mas Robertson ao comando também traz a sua disrupção).

Para Joe Schmidt um terceiro lugar será um bom indicativo e para Robertson menos que isso, será despedimento.

 


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