O Adeus do mágico, Juan Martin Hernandez.

João OliveiraJunho 1, 20183min0

O Adeus do mágico, Juan Martin Hernandez.

João OliveiraJunho 1, 20183min0
Uma homenagem merecida a um dos maiores jogadores da Argentina de sempre: Juan Martin Hernandez. Mas porquê é que temos de recordá-lo? Relembra-o aqui!

Juan Martín Hernández, um dos jogadores mais talentosos do rugby mundial anunciou a sua retirada dos relvados e o Fair Play, presta-lhe uma merecida e justa homenagem.

Com 35 anos e após consecutivas lesões no joelho direito, o “Maradona do Rugby”, foi obrigado abandonar o desporto que tanto ama e a quem tando deu. Foram 74 jogos ao serviço dos Pumas e um Mundial de 2007 em França que ficará na memória de todos os amantes deste desporto.

Foram 18 anos de carreira ao mais alto nível, a nível de clubes foram 860 pontos marcados, 65 no Super Rugby, 107 na European Rugby Championship, 628 no Top14 e 60 na Currie Cup. Um currículo invejável, com passagens em clubes de elite como o Stade Français, Natal Sharks, Racing 92, Toulon e Jaguares.

O seu percurso na seleção argentina, começou no dia 27 de abril 2003, frente ao Paraguai. A partir daí foi uma ascensão em crescendo, tornando-se numa figura incontornável dos Pumas com participação em três mundiais: Austrália em 2003, França 2007 e Inglaterra 2015.

Mas foi o Mundial de França em 2007, que consolidou Hernández como um dos grandes ídolos da história do rugby internacional. O terceiro lugar histórico conquistado pela seleção celeste, refletiu muito a importância imposta pelo número 10 e médio abertura nesse mundial, onde foi apelidado como o “El Mago”, tal não era a magia e imprevisibilidade imposta pelo criativo argentino.

A seleção argentina superou o “Grupo da Morte”, passou a fase de grupos em primeiro lugar, afastando as poderosas seleções de Irlanda e Escócia, com prestações absolutamente fantásticas do astro argentino, especialmente com o hat-trick feito em drops  no jogo contra a Irlanda que mereceu o forte aplauso daquele que é para muitos o melhor jogador da história, o neozelandês Jonah Lomu.

Foi dos jogadores que escreveu a ouro várias páginas na história do desporto e em particular do Rugby. Uma classe desmedida dentro de campo, uma calma fora do normal que controlava o sangue quente dos seus companheiros que é intrínseco ao típico jogador argentino. Todos esses fatores fizeram de El Mago Hernández, um mestre, um ídolo e uma referência.

Terminou a sua bonita carreira com a mesma descrição do seu começo, com humildade, reconhecimento e simplicidade, muito à imagem daquilo que são os valores do rugby. Mais um exemplo da sua grandeza, mostrando que a sua qualidade humana é tão grande como a rugbística.

Anunciou a sua retirada dos relvados numa entrevista dada ao órgão de comunicação francês, Midi Olympique, dizendo,

“Me voy a tomar seis meses para mí y mis hijos. Seré un hombre de familia, tranquilo. Llevará a los chicos a la escuela a la mañana y los irá a buscar a la tarde. Y después… No sé si seré entrenador o dirigente, veremos”

Um jogador que ficará para a história e essa jamais será apagada. Obrigado El Mago!


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