Quartos-de-final do Mundial de Rugby Feminino: siga para as meias!

Helena AmorimOutubro 30, 20224min0

Quartos-de-final do Mundial de Rugby Feminino: siga para as meias!

Helena AmorimOutubro 30, 20224min0
Já temos as nossas semifinalistas de 2022, com Inglaterra, Nova Zelândia, França e Canadá a marcarem presença no top-4 da competição

E já temos semi-finalistas do Mundial de Rugby feminino! O tempo passa rápido quando nos estamos a divertir, e é um facto: estes jogos têm sido muito mais interessantes e entretidos que os respectivos masculinos dos últimos tempos! Neste último fim-de-semana, realizaram-se os quartos de final do Mundial feminino com quatro jogos de alta tensão.

No embate entre Francesas e Italianas, a selecção transalpina deu muita luta na primeira parte permitindo apenas um ensaio à França e indo para o intervalo com um esperançoso 10-3.

Mas foi no último quarto de hora que a França marcou quatro dos seus cinco ensaios, levando o resultado para os finais 39-3. Joanna Grisez, a ponta direito marcou um hat-trick com a talonadora que entrou em substituição, Laure Touye a marcar um ensaio e ainda a registar um ensaio de penalidade.

A segunda parte foi jogada sob um vento considerável e a Itália não conseguiu incomodar muito a França, graças também a dois amarelos sofridos. Emilie Boulard foi a Player of the Match (POM) com 1 assistência, 13 quebras de linha 106 metros ganhos e 2 offloads.

É a oitava vez que a França chega às meias finais em nove edições, sem nunca, no entanto, tendo passado à final; desta vez não será fácil chegar à final, pois irá defrontar a Nova Zelândia que derrotou Gales nos quartos por 55-3.
É virtualmente impossível fazer frente às Black Ferns, uma máquina muito bem oleada e que, sem muita dificuldade, enviou nove bolas para lá da linha de ensaio, com bis de Portia Woodman e Luka Connor. A primeiro centro, Theresa Fitzpatrick foi a POM.

Gales entrou bem, aproveitando a mêlée como plataforma para um ataque muito incisivo que deu origem a uma penalidade, que caso tivesse sido convertida pela abertura Elinor Snowsill, talvez o andamento do jogo tivesse sido diferente; frente a uma equipa tão poderosa como as Black Ferns, estes momentos não podem ser desperdiçados. O jogo continuou com um bom alinhamento e boas mêlées de Gales, uma boa resposta ao contacto e durante 10 minutos, a Nova Zelândia não teve muitas oportunidades.

A questão é mesmo esta: A Nova Zelândia não precisa de muito espaço nem de muito tempo para fazer estragos e a partir do minuto 13, com o primeiro ensaio de Portia (a jogar a ponta direito e a deixar o seu habitual lugar para Ayesha Leti-L’iga), tudo se sucedeu com “aparente” normalidade, com aquele “rendilhado” das três-quartos, que já se conhece e que tem feito mossa neste Mundial. Uma penalidade convertida por Bevan aos 16 minutos ainda deu uma confiança às Galesas mas foi sol de pouca dura.

No jogo entre Canadá e USA, as Americanas conseguiram fazer uma primeira parte interessante, estando bem dentro do resultado ao intervalo, mas a entrada demolidora do Canadá na segunda parte, não deu hipótese, tendo o resultado final sido 32-11. O lado de Kevin Rouet vai agora defrontar Inglaterra, equipa que venceu a Austrália por 41-5.

As Inglesas voltaram a montar uma plataforma de jogo através do poderio das avançadas com todos os sete ensaios a serem marcados por uma das oito jogadoras da frente; de mencionar o hat-trick de Marlie Packer e um ensaio de Sarah Parker, naquela que foi a sua 138ª internacionalização, um marco inatingido ainda por qualquer outra jogadora Inglesa.

A questão que se coloca continua a ser: e quando os três quartos Ingleses tiverem de produzir? Será que estarão à altura? É que a maior parte das despesas do jogo têm estado nas avançadas e nesse sentido, não há uns três-quartos devidamente “oleados”, caso a exigência do jogo o solicite. Naturalmente que se está a falar de um nível de profissionalismo que não põe em causa a qualidade das jogadoras, longe disso, mas é de facto uma preocupação generalizada, para todos aqueles que querem ver a Inglaterra ganhar.

Seguem-se as meias-finais deste emotivo e intenso Mundial!


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