Premiership 16ª Jor – Exeter ganha no último suspiro e Sale ganha fôlego

Helena AmorimAgosto 27, 20205min0

Premiership 16ª Jor – Exeter ganha no último suspiro e Sale ganha fôlego

Helena AmorimAgosto 27, 20205min0
Um jogo decidido no último lance, umas quantas surpresas noutros e a primeira vitória dos Tigers em muito tempo. Este é o resumo total da 16ª jornada da Premiership em que os Exeter Chiefs continuam a sedimentar o seu primeiro lugar!

Numa jornada (16ª) realizada a meio da semana, dois embates houve que  devido ao posicionamento na tabela classificativa, suscitaram toda a curiosidade; a saber, um Wasps-Sale e um Bristol-Exeter.

No embate entre terceiros e quartos (Wasps com 43 e Sale com 41), os Sale tinham obrigatoriamente de ganhar se queriam continuar a lutar activamente por uma posição no top 4. De lembrar que Sale recomeçou o campeonato em segundo e ao fim de duas jornadas já ia em quarto (depois de duas derrotas), com Bath e Saints à perna, a um ponto de distância.

Steve Diamond não gostando do desempenho e resultados da equipa vez uma mudança significativa no plantel dos Sharks. A primeira parte resumiu-se a troca de penalidades, com combatividade mas com falta de assertividade na execução e com as defesas a bloquearem todos os aspectos ofensivos da outra equipa; também não houve assim grandes rasgos a não ser o trabalho do asa Jack Willis e as perfurações e pés rápidos do segundo centro Malakai Fekitoa, pelos Wasps.

A segunda parte entrou da mesma forma e só aos 60 minutos, depois de seis fases e com uma boa finalização no canto, os Sale Sharks se colocaram em vantagem. Um ensaio com boa protecção de bola e finalização milimétrica.

Os Wasps não deitaram a toalha ao chão e aos 76 minutos, também após seis fase de jogo, num movimento muito inteligente no ruck, Jack Willis mergulha para o ensaio Londrino. Não foi um jogo bonito mas foi uma importante lufada de ar fresco para os Sale Sharks.

No embate mais importante da jornada, Bristol recebeu os Exeter, naquele que foi um jogo com três ensaios para cada lado e muita disputa acesa. As equipas entraram para jornada separadas por oito pontos com vantagem para Exeter mas os Bears têm vindo a continuar um bom trabalho com resultados e uma vontade imensa de fazer algo mais este ano.

Muito por causa das jornadas a meio da semana e tendo em conta as iniciativas para o bem-estar do jogador emanadas pela Professional Rugby Board, as mudanças de jogadores fizeram-se notar nesta jornada; Rob Baxter promoveu 14 mexidas e Bristol, nove.

Exeter começou melhor com mais território e dois ensaios aos 13 e 22 minutos pelo veterano de 35 anos , o centro Phil Dollman e pelo formação Hidalgo-Clyne, permitindo construir uma agradável vantagem. Bristol com uma penalidade convertida por Callum Sheedy, conseguiu ir para o intervalo a perder por 3-15.

Na segunda parte, um jogo mais fluido e organizado dos Bears, gerou dois ensaios, O’Connor e Morahan aos 48 e 51 minutos. O jovem defesa Lloyd faz toque de meta aos 69 minutos e num esforço final, Billy Keast, o pilar dos Exeter, sela a vitória para os Chiefs.

Este jogo poderá facilmente repetir-se na final a 24 de Outubro, se as equipas continuarem a mostrar estes desempenhos e resultados.

Pat Lam fez entretanto três contratações para cobrir lesões: Peter McCabe, pilar do Connacht e Niyi Adeolokun, asa do Connacht fizeram contractos a curto termo e o pilar Kieron Assiratti foi emprestado pelos Cardiff Blues.

No jogo entre Leicester Tigers e London Irish, a estreia de Nemani Nadolo foi deveras auspiciosa: 80 minutos, 6 carries, 3 defesas batidos, 55m, 5 passes, 1 clean braek, 3 offloads, 5 placagens em sete e 1 turnover. A equipa de Borthwick conseguiu mostrar jogo e com dois ensaios na primeira parte, marcou definitivamente o resultados. Leicester mostrou boas linhas de corrida, um handling muito fluido e fases estáticas muito afinadas em relação a uns “Exilados” relativamente caóticos na abordagem às jogadas.

No jogo entre Saracens e Gloucester, que ficou em 36-20 de registar o poker do talonador dos sarries, Tom Woolstencroft. Os Saracens não andam a dormir e continuam a mostrar o quão grande equipa são, mesmo com -52 pontos!

Worcester marcou uma posição interessante frente aos desanimados Harlequins, conseguindo uma vitória por 29-14, inclusivamente registando um impressionante 26-0 ao intervalo fruto de quatro ensaios por Cornell Du Preez, Ollie Lawrence, Niall Annett e François Hougaard. Bons alinhamentos e a conseguirem meter muita gente nos mauls dinâmicos, num jogo agradável com um solzinho bonito a banhar o estádio.

OS DESTAQUES DA JORNADA: KVESIC, HUGHES E STEENSON

Apesar disso, Matt Kvesic estive abaixo da sua performance normal. Os Harlequins acordaram mas já muito tarde, mesmo assim dois ensaios por Chris Ashton e Elia Elia. No derradeiro jogo da jornada Saints e Bath (ambos com 40 pontos na tabela classificativa) defrontaram-se no Franklin´s Gardens com vitória do Bath por 3-18.

Ensaios só na segunda parte por Tom de Glanville, o defesa  e Ruaridh McConnochie, o segundo centro que entrou para substituir Max Clark. Basicamente, assim que Bath decidiu meter pressão e jogar ao pé, os Saints não souberam lidar com a bola e por isso pagaram caro.

Nesta jornada, de destacar o asa Daniel Thomas e o “8” Nathan Hughes pelo Bristol, com muito trabalho mostrado. Jannes Kirsten, o asa dos Exeter teve números muito interessantes: 29m, 14 carries, 2 passes e 11 placagens; Gareth Steenson, o abertura teve um desempenho táctico muito importante para a vitória dos Chiefs.

O asa e o “8” dos Leicester com boas exibições, respectivamente Tommy Reffell e Jordan Taufua. Taqele Naiyaravoro continua a fazer estragos com a sua velocidade, peso e poderio e daí , os Saints estão bem servidos.

Na próxima jornada haverá um Sale-Bristol no sábado e um Wasps-Bath na segunda, que serão em teoria os jogos mais importantes.


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS