Os 3 Super Players da 4ª Jornada do Super Rugby 2020
Todas as semanas até ao fim do Super Rugby vamos destacar em particular três jogadores que mostraram os seus melhores atributos, detalhes, pormenores, offloads, quebras-de-linha, tackle busts e muito mais!
A 4ª jornada teve surpresa no campo dos Chiefs, com um dos responsáveis pela derrota da franquia neozelandesa a merecer destaque!
THOMAS BANKS (BRUMBIES)
O defesa dos Brumbies realizou uns soberbos primeiros 40 minutos, deslumbrando com a oval em seu poder, abrindo espaços e brechas de forma genial sem que os seus adversários conseguissem colocar um stop. Thomas banks é um jogador de altos e baixos, tanto faz cinco ensaios em quatro jogos como passa jornadas consecutivas sem chegar à área de validação, prejudicando-o na tentativa de ascender aos Wallabies como uma solução para o três-de-trás. Contudo, esta época arrancou em estilo com ensaios, sucessivos metros devorados, quebras-de-linha impactantes e apontamentos técnicos que têm impulsionado os Brumbies para chegarem a ensaios e até um domínio ofensivo de qualidade, como se viu contra os Chiefs de Warren Gatland.
Vamos então aos números: 110 metros conquistados, 3 quebras-de-linha, 5 defesas batidos, 1 ensaio, 1 assistência, 4 tackle-busts, 4 pontapés conquistados no ar. Na 1ª parte, a assistência que faz para o ensaio de Solomone Kata (outro destaque da jornada, seja pelo ensaio ou pela forma agressiva como luta por cada bola) é recheada de brilhantismo, executando rapidamente um passe que Damian McKenzie não foi capaz de sonegar oferecendo uma vantagem essencial nos primeiros 15 minutos, sendo aumentada 20 minutos depois por Pete Samu (bisou o antigo jogador dos Crusaders, que grita por um lugar nos Wallabies).
A somar à excelente exibição no ataque, a atitude na recepção a pontapés foi essencial para impedir que os Chiefs conseguissem ter acesso a bolas fáceis para iniciar um contra-ataque mostrando confiança e inteligência neste departamento, assim como no controlo defensivo e na reorganização da linha. Prestação de gala e sinal mais para um atleta que merece atenção especial por parte de Dave Rennie, novo seleccionador dos Wallabies.
O ensaio de Banks nesta jornada (00:22)
MICHAEL COLLINS (HIGHLANDERS)
Da penumbra que foi a exibição geral dos Highlanders, Michael Collins foi um dos poucos a rubricar uma exibição digna de registo com 140 metros conquistados com a oval em seu poder, 3 quebras-de-linha e 3 defesas batidos, conseguindo um dos dois ensaios marcados pela sua equipa na derrota ante os Crusaders.
O defesa contratado aos Blues em 2020 tem conquistado o seu lugar na franquia de Otago, sendo dos poucos nomes da equipa treinada por Aaron Mauger a render neste início de temporada seja pela excelência na condução de bola ou na rápida transição entre a postura defensiva para a mentalidade ofensiva, acelerando e executando bons pormenores técnicos que criam sérios desafios a quem está do outro lado do campo.
Na derrota contra os Crusaders tentou rivalizar com David Havili na troca de pontapés e nas saídas para o ataque, abrindo caminho para algumas reacções de qualidade (mas ainda assim poucas) dos Highlanders na primeira-parte, altura em que procuravam assentar o jogo e criar problemas aos tricampeões do Super Rugby. Faltou um melhor entrosamento com Mitch Hunt para dinamizar ainda mais uma exibição de excelência que ainda amenizou o domínio físico imposto pelos Crusaders, ficando na retina os pontapés venenosos que atirou para as costas dos seus adversários ou os sprints constantes que arrancavam aplausos da bancada.
O ensaio de Collins contra os Crusaders (1:37)
MAKAZOLE MAPIMPI (SHARKS)
Campeão do Mundo em 2019, o ponta tem sido um dos grandes nomes dos Sharks que depois da derrota em Wellington, voltaram às vitórias com um 36-24 na visita aos Melbourne Rebels, com Mapimpi a conseguir um bis e uma assistência, para além de mais uma série de outros detalhes que fizeram a diferença.
Veja-se a assistência para o ensaio de Curwin Bosch… Makazole Mapimpi explodiu e sprintou sem que nenhum defesa dos Rebels fosse capaz de pará-lo, correndo triunfalmente até à área de validação e esperou pela vinda do seu abertura para lhe transmitir a oval e permitir que este fizesse o toque de meta. Este simples acto demonstra a grandiosidade do homem que está por detrás de um dos melhores jogadores sul-africanos nesta temporada do Super Rugby, exprimindo o prazer de jogo combinado com a elegância e alta potência quando aparece para captar a oval.
Em Melbourne foi espalhando o pânico nos Rebels, seja pelos sprints especiais que transmitem uma total vibração aos seus colegas ou na capacidade em ganhar metros no contacto, batendo-se bem contra placadores de enorme fisicalidade, não se deixando surpreender quer esteja do outro lado um Wallaby ou All Black. Sem dúvida alguma é uma das peças-chave dos Sharks e quem transmite confiança a um dos melhores trios do três-de-trás da competição.
A tal jogada que acabou nas mãos de Bosch (4:26)