Terão os Tupis uma das melhores formações-ordenadas do Mundo?

Helena AmorimMarço 12, 20193min0

Terão os Tupis uma das melhores formações-ordenadas do Mundo?

Helena AmorimMarço 12, 20193min0
O Brasil tem assustado vários dos seus adversários à conta de um "scrum" pesado, demolidor e letal. Até que ponto será uma das "pedras" para um futuro melhor para o rugby brasileiro?

A selecção brasileira de rugby, conhecida por “Tupis” tem estado nas parangonas das notícias à custa da excelência das mêlées que tem produzido.

Com base no estádio Martins Pereira em São José dos Campos (capacidade de 15, 317 lugares) e com o argentino Rodolfo Ambrosio como treinador, a selecção tornou-se campeã do campeonato Sul Americano no ano transacto, ocupando actualmente o 25º lugar do ranking do IRB.

Os primeiros jogos começaram nos anos 50, com o primeiro jogo internacional a ser um Uruguai-Brasil que ficou em 8-6, em Setembro de 1950. Em 1964 foi campeã do Campeonato Sul Americano e detem o título do campeonato Sul Americano B em 2000, 2001, 2002, 2006, 2007 e 2011.

O primeiro grande salto qualitativo verificou-se precisamente entre 2008 e 2010 onde, devido às prestações internacionais passou de 45º ao 27º lugar do ranking mundial. O segundo salto qualitativo começou há cerca de 3 anos com Ambrosio, ex- abertura da Itália a ter um carinho especial pela formação ordenada e tornando essa fase estática do jogo como um dos principais elementos-alvo dos seus treinos.

Ambrosio passou essa paixão pela mêlée e por uma boa defesa aos seus jogadores, sendo importantes elementos, tratados a nível das academias nacionais. São José, SPAC, Polirugby, Bandeirantes, Farrapos, Desterro, Pasteur, Curitiba e Jacareí, sãos os principais fornecedores de jogadores para os “Tupis”.

Nomes habituais nas equipas de Ambrosio são os irmãos Lucas Duque (formação) e Moisés Duque (primeiro centro), Lucas Abud, (pilar com 20 internacionalizações), Arthur Bergo (asa), Felipe Sancery (segundo centro) e Joshua Reeves (abertura e pontapeador de serviço que vai com 49 pontos em 4 jornadas do ARC19).

A primeira surpresa vinda do poderoso scrum foi no jogo frente aos Maori All Blacks, frente a 30 mil pessoas, em Novembro de 2018m tendo-se seguido prestações igualmente impressionantes nesse departamento do jogo, nos jogos do ARC19 , mormente frente à Argentina XV.

O ARC ou Americas Rugby Championship existe desde 2009 onde preconizava equipas nacionais, regionais e de desenvolvimento do Norte e Sul da América, tendo sido reformulado em 2016 com a participação apenas de 6 equipas nacionais: Chile, USA, Argentina XV, Uruguai, Canadá e Brasil.

A Argentina Jaguares venceram todas as edições entre 2009 e 2015, onde participaram também equipas como os BC Bears e os Ontario Blues do Canadá. Desde o novo formato, Argentina XV em 2016, USA em 2017 e 18 e novamente Argentina XV este ano têm alteado a tabela classificativa.

Nesta edição do ARC, o Brasil começou por defrontar a Argentina XV, tendo sido cilindrada em termos de resultado com um 54-3 mas a fazer mossa nas incursões da mêlée.

Na segunda jornada recebeu o Canadá e impôs um resultado de 18-10; na terceira jornada foi até ao estádio Dell Diamond em Austin para um embate bastante renhido com os USA, tendo no entanto perdido por 33-28. Na 4ª e penúltima jornada, recebeu o Chile no Estádio Jayme Cintra em Jundiaí e impôs a segunda vitória, desta feita por 15-10. Falta jogar contra o Uruguai a última jornada e entretanto Argentina XV já se sagrou campeã.

Ficam as recorrentes imagens, os vídeos e as comparações com a formação ordenada Georgiana, fazendo antever um futuro risonho para esta potência em formação que é o Brasil.


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