Mundial de Rugby 2023: análise às exibições dos rivais dos “lobos” pt.4

Francisco IsaacAgosto 27, 20236min0

Mundial de Rugby 2023: análise às exibições dos rivais dos “lobos” pt.4

Francisco IsaacAgosto 27, 20236min0
Último fim-de-semana de jogos de preparação para o Mundial de Rugby 2023 e Francisco Isaac analisa as exibições dos adversários dos "Lobos"

Ponto final nos jogos de preparação para o Mundial de Rugby 2023, com só o País de Gales a não entrar em campo, o que significou que Geórgia, Fiji e Austrália estiveram em acção quando estamos a 13 dias do começo da maior prova de selecções da modalidade.

FIJI DECIDE FAZER HISTÓRIA

Pontos Fortes: controlo da bola; fluidez de jogo interrupta, lógica e efusiva; formação-ordenada não cedeu; jogo ao pé efectivo e sem cair em excessos; estratégia defensiva sólida e intensa;

Pontos Fracos: alinhamento comprometeu algumas oportunidades; penalidades excessivas, especialmente na saída “limpa” do ruck; perda de foco em certos momentos;

Lesões: nada a apontar

O que há para dizer sobre um jogo que ficará para sempre na memória das Ilhas Fiji? Uma vitória em pleno Twickenham frente à equipa da casa, a Inglaterra, garantiu um boost mental importante para o Mundial de Rugby 2023, de uma selecção que vinha a ameaçar isto já há algum tempo. Os Fijian Drua, franquia deste país do Pacífico inserida no Super Rugby Pacific, realmente estão a alimentar positivamente a selecção, com os atletas mais bem preparados fisicamente, com as fases-estáticas a revelarem uma consistência sem igual e uma confiança geral contagiante.

Em jogo corrido, as Fiji simplesmente não pararam, tentando esticar e encurtar a movimentação da bola constantemente, forçando a defesa contrária a ter de se adaptar, esperando com isso rasgar a linha-defensiva e provocar erros de acompanhamento ou de placagem individual.

A defender foram praticamente perfeitos à excepção do primeiro ensaio, sendo que no segundo é discutível o posicionamento de Marcus Smith, o que demonstra o quão impermeáveis foram na maior parte do tempo. Aquela agressividade dominante e uma fisicalidade inteligente fizeram sempre a diferença frente a uma Inglaterra que ao fim de uns bons 15 minutos caiu, não tendo pulmão, pernas e cabeça para bloquear o maior fluxo de jogo das Fiji. No global, foi uma das melhores prestações dos últimos 10 anos de uma nação que vem ameaçando o status quo, e esta vitória era algo que lhes faltava.

GEÓRGIA COM UMA 1ª PARTE DE CLASSE

Pontos Fortes: condição física nos primeiros 50 minutos ao nível das principais selecções; defensa inteligente e rápida a cobrir espaços; ataque sólido e de procura em criar acções especiais; jogo ao pé de qualidade;

Pontos Fracos: formação-ordenada e alinhamento não foram tão sólidos como de costume; 12 penalidades cometidas nos últimos 35 minutos; nervosismo a mais nos 22 metros adversários;

Lesões: Nada a apontar;

A Escócia acabou por sair de Murrayfield com uma vitória “gorda”, mas para quem viu o encontro, assistiu um jogo de duas partes, em que nos primeiros 40 minutos só deu Geórgia, com os “lelos” a saírem para o intervalo na frente por 6 pontos.

A equipa de Levan Maisashvili só fracassou na formação-ordenada nessa primeira-parte, concedendo cerca de três penalidades, um ponto que já tínhamos apontado como negativo no jogo frente à Roménia – aí mais por pressa em tentar virar a FO a seu favor antes da bola ser introduzida -, o que pode ter lhes tirado a hipótese de conseguir mais três ou até sete pontos, o que teria sido bastante útil para o que se viria a passar na segunda metade do encontro.

Fisicamente a Geórgia esteve amplamente bem até que veio o pós-intervalo, seguindo-se uma queda ligeira até aos 55′, para se seguir uma descida abrupta na capacidade de dar resposta ao elegante e entusiasmante ataque escocês, que percebeu como quebrar os “lelos” e chegar ao ensaio: criatividade com velocidade. Seja com pontapés inesperados, offloads no contacto, mudanças de direcção de último momento, o facto é que a equipa da casa percebeu que se mantivesse a ideia de ir num combate físico sem inventar, iria acabar por não extrair metade dos ensaios que no fim conseguiu.

A Geórgia mesmo sofrendo 33 pontos na segunda-parte, conseguiu por sete vezes sair de cima da sua linha-de-ensaio e sair para o ataque, faltando-lhes só ter um pouco mais de consistência no segurar a oval e dar sequência às acções ofensivas. O banco de suplentes foi incapaz de oferecer uma “bomba de oxigénio” no final, à excepção de Gela Aprasidze, o que pode ser um ponto preocupante… porém, lembrar que pelo menos 5 titulares não foram convocados por opção/lesão, como Beka Gorgadze, Alexander Todua ou Beka Saghinadze.

AUSTRÁLIA

Pontos Fortes:

Pontos Fracos:

Lesões:

Mundial de Rugby 2023

Foto de Destaque da Summer Nations Cup


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