Men’s RE Championship 2025: Lobos dominam Stejarii!
Foi com uma prestação a roçar o perfeito que Portugal saiu de Botosani com a sua maior vitória de sempre frente à Roménia, galopando a passos largos para a meia-final do Men’s Rugby Europe Championship 2025, derrotando a equipa da casa por um 34-06, com estes a serem os principais destaques do encontro dos Lobos.
MVP: NICOLÁS MARTINS (ASA)
Mais uma exibição monumental de Nicolás Martins, mais uma prestação em que anulou por completo o alinhamento adversário, conseguindo cinco roubos no alinhamento, reduzindo a cinzas o maul da Roménia que nunca conseguiu ganhar asas e fazer dano a Portugal. Na sua 22ª internacionalização, o asa do Montpellier mostrou o porquê de ser dos melhores jogadores na sua posição neste nível de selecções, onde a sua potente fisicalidade domina por completo o adversário na placagem ou na disputa do alinhamento, isto para além da saída após uma formação-ordenada em que Portugal está a defender.
Se puderem rever o jogo, vão perceber que Nicolás Martins matou o espaço de acção do médio-de-abertura da Roménia, reduzindo as possibilidades da Roménia em conseguir montar uma estratégia ofensiva plena e estável, tornando o jogo mais simples para Portugal no que concerne à defesa ao largo. Depois as 20 placagens efectivas e dois turnovers foram a cereja no topo do bola, para além de um ensaio em que parecia um ponta a acelerar, demonstrando o porquê de ser tão fulcral na estratégia dos Lobos. Destaque também para Raffaele Storti e Simão Bento, duas farpas que não deixaram a Roménia em paz durante os 80 minutos, com Vasco Baptista a se impor muito bem no ataque, e isto sem falar da exibição de sonho de David Costa, Luka Begica e Diogo Hasse Ferreira na formação-ordenada.
🇵🇹 TRY! That man Nicolas Martins runs in to extend @PortugalRugby's lead. #REC25 pic.twitter.com/QQV9Fgvfrf
— Rugby Europe (@rugby_europe) February 15, 2025
MELHOR PONTO: UMA GRANDE DEFESA VALE GRANDES VITÓRIAS
Portugal terminou o encontro com a Roménia com um total de 110 placagens efectivas, falhando outras 15, todas elas fora do seu meio-campo. Dentro dos últimos 22 metros, Portugal só falhou por uma vez, mas Vasco Baptista e Diogo Hasse Ferreira surgiram em conjunto para parar um ataque adversário ameaçador que acabou em turnover para a equipa das Quinas. Em toda a linha Portugal foi superior na defesa, conseguindo criar um caos total no alinhamento romeno, para além de ter semeado constantes problemas juntos ao breakdown.
Outro ponto extremamente importante que entra dentro das estatísticas defensivas foi a resposta ao jogo ao pé adversário, com os Lobos a efectuarem apenas um erro no total nos 14 pontapés esboçados por um jogador opositor, outro dado que ajuda a explicar o domínio total dos Lobos durante a maior parte do encontro. Depois de uns quantos baldes de água fria no encontro ante a Bélgica, Portugal foi subindo na sua forma defensiva, mostrando outra aptidão e capacidade para cerras flancos e impor bons padrões defensivas quando o adversário conseguiu encontrar umas das raras fagulhas de espaço para correr. Veja-se a recuperação de bola de Iliesa Tiqe, com o ponta a ter sido caçado por duas vezes pela defensiva portuguesa, que não entrou em pânico e soube manter a linha coesa e segura, sem comprometer unidades em excesso. Claramente uma defesa ao nível do que se viu em 2023.
PONTO A MELHORAR: NADA A APONTAR
Os únicos erros de Portugal foram um par de pontapés que não encontraram a melhor direcção por parte de Samuel Marques e uma ligeira quezília entre Vasco Baptista e um jogador romeno, sendo que no geral e no detalhe, Portugal foi uma equipa a roçar o perfeito. A melhor exibição desde 2023.
QUADRO FINAL
Portugal garantiu a meia-final em casa e terá de esperar pelo resultado do Espanha-Geórgia para saber se volta a jogar em casa caso garante uma vitória na meia-final. A equipa com melhor point average assegura a final, e neste momento os Lobos têm mais um ponto que a Geórgia na classificação geral. Caso os Lelos não conseguiam ganhar, ou não sejam capazes de garantir uma vitória bonificada, Portugal garante uma final em casa, bastando, claro, derrotar o outro semifinalista.
Foto de destaque da Federação Portuguesa de Rugby