Domínio total de Portugal – o “maul” do Europeu de sub-20

Portugal não deixou dúvidas e entrou nos sub-20 a dominar, demolindo a Polónia por uns 122-00 numa prestação extremamente positiva e que deixa a antever um bom jogo nas meias-finais do Europeu de sub-20.

MVP: MATEUS FERREIRA (NÚMERO 8)

Duro, agressivo, físico e… técnico. Mateus Ferreira é um 3ª linha que possui todos os elementos que o tornam uma constante ameaça para a equipa contrária, conseguindo não só furar a linha-de-vantagem mesmo que tenha alguns defesas sobre si, como encontra formas diferentes de manter a bola viva, seja pelo offload ou um passe rápido antes do contacto.

Num encontro em que Portugal ganhou por mais de cem pontos e que nunca perdeu o controlo do jogo, é sempre difícil de dizer que jogar A ou B mereciam ser MVPs, até porque Manuel Vareiro, Alfredo Almeida, Luís Lopes ou Afonso Castiñeira somaram exibições de alta classe, mas a fisicalidade e domínio total de Mateus Ferreira nas suas funções de 3ª linha foram uma pequena demonstração do que estes sub-20 podem fazer neste Campeonato da Europa, denotando-se uma evolução gritante entre 2022 e 2023.

Dois ensaios, três assistências e uma prestação de elevada categoria que marca o tom para o que se segue.

PONTO ALTO: JOGAR, JOGAR E JOGAR

Portugal soube dominar nas fases-estáticas, conseguiu ser rei e senhor no jogo aéreo, controlou o fluxo de bola e fez questão de mostrar constantes apontamentos técnicos na movimentação da oval, somando um das maiores vitórias de sempre nos sub-20.

A letalidade que injectaram a cada jogada ou movimentação significou ensaios com a Polónia a não ter capacidade anímica ou física para contrariar o total domínio destes “Lobos” sub-20 que só realizaram três erros de posse de bola, num jogo em que a disciplina também roçou a perfeição.

Alinhamentos e formações-ordenadas bem calibradas e a serem plataformas estáveis para sair a jogar e uma sintonia entre peças e unidades que espelhou total domínio do princípio ao fim do encontro

O jogo tem muito para contar com o resultado dilatado a ser totalmente justificado perante aquilo que Portugal produziu durante 80 minutos. Um apontamento que vale a pena ser mencionado também é a questão física destes sub-20: não só fisicamente hábeis na agilidade e no se impor no contacto, como apresentarem uma dimensão fisionomicamente superior.

Que se repita agora frente aos Países Baixos.

PONTO A MELHORAR: NADA A APONTAR

Não houve nada de negativo na exibição portuguesa, para além de um cartão amarelo e de algumas tentativas de criar burburinho físico com a Polónia. Exibição de excelência.

MARCADORES

Ensaios: Mateus Ferreira (2), Alfredo Almeida (5), Manuel Salgado (3), Gonçalo Costa (1), Santiago Lopes (1), Isaías Câmara (1), Rodrigo Marques (1), Lourenço Pedras (1), Manuel Vallera (1), Sebastião Petronilho (1) e Pedro Cunha (1)

Conversões: Manuel Vareiro (12) e Gonçalo Costa (4)