O Diário do Atleta de Simão Van Zeller: ensaios, pontos e… lesão
Mais uma vez, queria agradecer ao Francisco Isaac e ao Fair Play pelo desafio.
Desde o último diário, muito se passou. Já foram jogadas 4 jornadas de rugby universitário e mais umas no Nuneaton.
Na faculdade fui (finalmente) convocado sempre para jogar a 15, a posição que me sinto melhor a jogar. Fizemos 4 jogos, perdemos dois e ganhámos os restantes. Os jogos perdidos foram contra as universidades topo da tabela: UEA e Nottingham. Dois jogos muito físicos, que puxavam mais pelos avançados do que pela linha de 3/4’s. Enquanto que os ganhos foram contra os eternos rivais de Coventry – Warwick – e contra os vizinhos de Birmingham. Duas vitórias muito importantes que nos lançam para lutar por uma promoção para a divisão de cima.
Os treinos têm sido muito direcionados para a movimentação coletiva e modelo de jogo. É mais uma tentativa de implementar alguma estrutura e obrigar a que haja uma certa continuidade no que se faz dentro de campo. Apesar de ter sido sempre convocado para jogar como defesa, algumas vezes ainda salto para abertura no fim do jogo (por insistência do treinador).
No Nuneaton a experiência tem sido outra. Consegui a estreia na primeira equipa, num jogo para a taça contra Broadstreet RFC. Um jogo muito complicado, considerado um derby. Foi uma derrota pesada, mas serviu para mostrar aos treinadores que valia a pena apostar em mim. Tenho sempre treinado pela primeira equipa nas posições de 12 (que para mim foi uma surpresa mas estou a gostar muito) , 15 e por vezes 10, mas não tem sido fácil ser convocado e, por isso, tenho cumprido minutos pela equipa “b”.
Estava tudo a correr bem: jogos, treinos, ginásio e (obviamente) a faculdade até ao dia 3 de novembro. Num jogo pela equipa do Nuneaton, tive o azar de me lesionar de maneira um pouco grave. Fiz uma pequena fractura doperónio e também houve uma grande danificação dos ligamentos (ainda à espera de fazer a ressonância magnética para ter certezas), o que me põe de fora dos relvados durante pelo menos 2/3 meses. Foi o que me foi dito até hoje pelos médicos, mas mais tarde terei a certeza de quanto tempo de fora vou estar e da gravidade da lesão.
Agora neste tempo parado, vou manter a disciplina de ginásio e fisioterapia para voltar o mais rápido e forte possível. Assim acaba mais um diário de atleta, infelizmente não da melhor maneira. E agradeço desde já às pessoas que têm mandado mensagens de boa sorte nesta aventura em Inglaterra.