África do Sul e Argentina: o que se passa nestes países do hemisfério sul?

Helena AmorimAgosto 9, 20203min0

África do Sul e Argentina: o que se passa nestes países do hemisfério sul?

Helena AmorimAgosto 9, 20203min0
Enquanto na Europa, Austrália e Nova Zelândia o rugby já recomeçou, na África do Sul e Argentina continua a se preparar o retorno à actividade apesar das dúvidas em diferentes pontos. Voltarão estas nações do Hemisfério Sul à sua força máxima este ano?

Ainda na senda das reorganizações de vários torneios e campeonatos derivado ao Sars-Cov2, a questão põe-se, sobre o rugby na África do Sul, envolto em profundas dúvidas, tanto em relação à data do retorno de algum tipo de competição – as franquias já estão a treinar, seguindo regras específicas similares ao futebol na Europa ou o rugby na Austrália – ou como se processará uma possível liga.

Por terras neozelandesas, Crusaders são os campeões do Super Rugby Aotearoa, na Austrália temos o Super Rugby Au; duas inovações em termos de torneio de modo a ultrapassar a dificuldade de manter o Super Rugby no seu formato vigente até à pandemia, de viagens entre diferentes Continentes.

No entanto, a África do Sul, país detentor do título de campeão do Mundo em 2019 – naquela final inesquecível frente à Inglaterra – tem demorado a fazer sair uma versão de torneio para os seus clubes e jogadores.

A South Africa Rugby quer introduzir uma Currie Cup em formato mais extenso, tentando recrutar ou manter os jogadores de elevado perfil, de forma a garantir uma competição forte e apelativa em tempos de grande indeterminação. Nos últimos anos, a Currie Cup tinha vindo a perder o seu encanto, em parte devido ao “desvio” de jogadores de topo para equipas financeira ou competitivamente mais estimulantes, tendo por outro lado lançado inúmeros novos atletas no caminho do rugby profissional sénior. A vontade dominante passa pela inclusão de 14 uniões mas muito provavelmente só as habituais 8 farão parte da divisão principal.

Para já, o ministro dos Desportos comunicou ao CEO do SA Rugby, Jurie Roux, que a haver luz verde para a retoma das competições de rugby têm de ser adoptadas determinadas medidas sanitárias, nomeadamente, estádios vazios de público e com um número limitado de staff, sendo estas as duas “principais” regras para já.

As oito franquias já voltaram aos treinos, mas serão necessárias mais algumas semanas para garantir as condições físicas e técnicas para se dar início à competição. A expectativa é que as ligas de rugby na África do Sul possam acontecer a partir da primeira ou segunda semana de Setembro com uma estrutura competitiva ainda por definir, conferindo tempo de jogo essencial para os atletas que poderão vir a integrar os Springboks na luta pela revalidação do título no The Rugby Championship (a ser jogado entre Novembro e Dezembro deste ano).

Por terras argentinas, de relembrar que o campeonato nacional de seniores acabou em Novembro do ano passado, com o Hindú a derrotar os Jockeys de Rosario por 18-13, tendo-se tornado pentacampeões, sendo que à data não há novidades para o retorno das ligas de clubes do país das Pampas. Para já, há novos critérios referentes ao scrum, ruck e tackle assim como um programa on-line destinado a informar dos programas de apoio de emergência como por exemplo subsídios para infra-estruturas, clubes de bairro e programas de assistência ao trabalho.

Apesar de aqui e a ali, se estarem a retomar as actividades, no que concerne a escalões inferiores, as decisões estão de uma maneira geral mais longe e incertas, com alguns jogadores e dirigentes preocupados com a sustentabilidade do rugby e desporto na Argentina.


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