6 Nações Feminino: Inglaterra: de ensaio a ensaio até ao Hexa?

Helena AmorimAbril 7, 20243min0

6 Nações Feminino: Inglaterra: de ensaio a ensaio até ao Hexa?

Helena AmorimAbril 7, 20243min0
Helena Amorim traz-te o melhor do 6 Nações feminino que já teve as suas duas primeiras jornadas com a Inglaterra em alta!

Decorridas as duas primeiras jornadas do 6 Nações feminino 2024, fica uma revisão dos principais acontecimentos ocorridos neste importante torneio e das jogadoras a ter debaixo de olho!

Este torneio feminino começou em 95/96 num formato de quatro nações, estando a atual versão de Seis Nações ativa desde 2002. As equipas que fazem parte são as mesmas que a versão masculina com a selecção Espanhola a ter feito parte em sete torneios (entre 2000 e 2006, sendo colher de pau apenas em dois momentos).

A equipa Inglesa é a atual pentacampeã com 19 títulos em 27 possíveis. Nos últimos anos, a superioridade Inglesa tem sido não só consensual como avassaladora!

Na primeira jornada defrontou a Itália e em terreno Italiano inflingiu um rotundo 0-48; na segunda jornada derrotou Gales por 46-10. Frente á equipa Italiana, só se viu a verdadeira fluidez de jogo Inglês na segunda parte e com Sarah Beckett a ser expulsa aos 10 minutos de jogo, há que dizer que o resultado falou mais que a exibição.

No jogo frente a Gales, já se viu mais dinâmica e inter-relação entre as jogadoras com a dupla de centros a fazer muita disrupção (Tatyana Heard e Megan Jones), exibindo ainda a equipa a impressionante estatística: 175 placagens, 13 falhadas e 11 dominantes. Alex Matthews assumiu o papel de Sarah Beckett a “8” sem dificuldade de maior. Ellie Kildunne, a defesa, é uma máquina de ataque com uma consistência e qualidade de passe assinaláveis; boa finalizadora, com corridas inteligentes, esta jogadora dos Harlequins é já um dado adquirido nesta selecção.

O lado Galês tem apresentado nestas duas jornadas um maior sentido de disciplina, com jogadoras em destaque como Keira Beaven e Alisha Butchers (que faz quebras de linhas em qualquer situação e local!). Houve mudanças significativas com a “reforma” de algumas jogadoras importantes em termos de experiência e gestão de jogo mas tirando os alinhamentos (perdeu 6 frente à Inglaterra), está a conseguir mostrar trabalho de melhoria.

A equipa Francesa ganhou com alguma facilidade frente à Irlanda com um excelente jogo de offloads e ganhou à Escócia na segunda jornada, com mais dificuldade, muito por conta de uma equipa Escocesa mais confiante e a destacar-se logo a seguir às melhores equipas no momento (precisamente a Inglaterra e França).

Pauline Bourdon Sansus está uma jogadora muito envolvida no jogo e a entrosar muito bem com as colegas, nomeadamente, a fazer uma excelente parceria com a abertura Lina Queyroi. Sansus é extremamente rápida no breackdown e um perigo constante.

A Irlanda tem em Aoife Wafer, a asa do lado fechado, a personificação do combate e resiliência; a equipa ainda precisa de trabalhar para a acompanhar mas é sem dúvida um valoroso produto da Enniscorthy RFC da província do Leinster que tem um campo com capacidade de 1000 lugares, daqui já se vendo que não é preciso ter a formação feita num “tubarão” para se tornar grande! Esta jogadora de 21 anos, 1.70m e 85kg merece a nossa atenção, assim como a pequena evolução que o lado de Scott Bemand tem evidenciado.

Na próxima jornada a 13 e 14 de Abril o grande jogo será a Escócia-Inglaterra, o verdadeiro teste para o novo optimismo Escocês e o momento de se perceber se a Inglaterra vai conseguir fazer 8 ensaios em cada embate neste seis Nações!


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