3 MVPs dos Quartos do Mundial de Rugby 2023

Francisco IsaacOutubro 15, 20234min0

3 MVPs dos Quartos do Mundial de Rugby 2023

Francisco IsaacOutubro 15, 20234min0
Francisco Isaac escolhe os 3 MVPs dos Quartos do Mundial de Rugby 2023 com Cheslin Kolbe a conquistar um dos três lugares

Aaa

SAM CANE ERGUE-SE NOS ALL ABLACKS

Durante anos Sam Cane ouviu que não era Richie McCaw, e que estava bem longe de ser um jogador fundamental para os All Blacks, sendo muitas vezes visto como a cara da desilusão da era Ian Foster. A verdade é que num dos momentos mais importante da carreira, Sam Cane elevou-se a um nível espectacular e que foi fulcral para matar com uma série de boas movimentações e jogadas da Irlanda, com as 21 placagens efectivas a serem todas decisivas.

O asa ainda realizou dois turnovers, um roubo no alinhamento, cinco entradas no contacto e quatro placagens dominantes, impondo aquilo que foi uma prestação extremamente gigantesca e que inspirou a equipa a segui-lo.

Num ano em que toda a gente dizia que a Nova Zelândia teria poucos argumentos para chegar às meias-finais do Mundial, a verdade é que Cane é o exemplo do que é ir ao “fundo do poço”, recuperar a ambição e ir atrás do sonho. Sam Cane merece todas as vénias possíveis e, como nota pessoal, devo dizer que o capitão dos All Blacks calou-me e mostrou que é um dos grandes 3ªlinhas dos últimos 10 anos.

BEN EARL O ARÍETE COM UM MOTOR V8

Não foi a vitória mais bonita da Inglaterra (mais uma, mas o que interessa é ganhar!), mas efectivamente conseguiu sobreviver a uma Fiji entusiasmante e que tentou criar problemas em todos os pontos do campo. Cinco jogadores da Inglaterra acabaram por ser decisivos como Courtney Lawes, Ellis Genge, ou Ben Earl, sendo este último um dos nossos MVPS deste encontro dos quartos-de-final.

O número 8 foi “gigante” em todos os momentos, tendo iniciado e quase terminado duas das jogadas que acabaram por dar ensaios à selecção da “Rosa”, impondo uma prestação de estupenda qualidade e que foi decisiva. Nos 92 metros corridos, Earl provocou duas quebras-de-linha, seis defesas batidos e sete tackle-busts, sendo um dos jogadores mais complicados de parar e meter fora de serviço deste encontro. Não há melhor aríete no campo de rugby que um como Ben Earl.

CHESLIN KOLBE, UM FANTASISTA INESQUECÍVEL

Seja pelo belíssimo ensaio marcado, ou pelas inúmeras placagens realizadas (12 efectivas), Cheslin Kolbe ofereceu um espectáculo imenso e que deverá ter sido das suas melhores prestações pelos “Springboks”. Porém, o grande momento do jogo para Cheslin Kolbe não esteve nos sprints, fintas, steps, ou placagens, mas sim naquele bloqueio que fez ao pontapé de Thomas Ramos, impendido o defesa da França em acrescentar dois pontos que, no fim de contas, seriam decisivos para chegar às meias-finais.

Kolbe foi um dos jogadores que melhor mostrou aquele acreditar e ambição dos Springboks, nunca virando a cara à luta, sempre no máximo das suas faculdades, perseguindo o sonho até ao limite. Mas bem, se não vos chega então os números do ponta deverão ser suficientes: 126 metros conquistados, cinco defesas batidos, duas quebras-de-linha, cinco offloads, um ensaio, três pontapés altos captados e dez vezes a linha-vantagem conquistadas.


Entre na discussão


Quem somos

É com Fair Play que pretendemos trazer uma diversificada panóplia de assuntos e temas. A análise ao detalhe que definiu o jogo; a perspectiva histórica que faz sentido enquadrar; a equipa que tacticamente tem subjugado os seus concorrentes; a individualidade que teima em não deixar de brilhar – é tudo disso que é feito o Fair Play. Que o leitor poderá e deverá não só ler e acompanhar, mas dele participar, através do comentário, fomentando, assim, ainda mais o debate e a partilha.


CONTACTE-NOS